Personagens de todas as idades ganharam textos escritos pelos próprios atores, com apenas uma exceção. São eles: Darwin Demarch, Silvetty Montila, Tatiana Thomé (Agnes Zuliani escreveu para ela), Lili (Eraldo Fontiny) e Grace Gianoukas, que também assina a direção de 'Mulheres insanas'.

“É espetáculo para rir muito”, garante Grace Gianoukas. “Meu trabalho foi pontuar as qualidades dos atores, que são ótimos, e trazer para o palco aspectos interessantes e engraçados”, conta. Ela explica que há vários registros – do popular ao sofisticado –, seja falando da infância ou do cotidiano, com direito até a aula de história. A montagem dá vazão a algo que a trupe sempre cultivou: fazer humor sem ser grosseiro e preconceituoso.

A proposta, que surgiu nos anos 1980, buscava “liberdade para criar e pensar”, explica Grace, lembrando que “era tudo uma caretice naquela época”. Terça insana começou em espaços alternativos, passou para o teatro, chegou à internet (com 'Confissões insanas') e até recebeu convites para TV e cinema.

“Se surgir a possibilidade de fazer um trabalho que represente a nossa ideologia, fazemos. Senão, continuamos no palco. Estamos satisfeitos com o teatro. Não temos interesse de nivelar por baixo”, afirma a atriz e diretora, fã de Chico Anysio, Grande Otelo, TV Pirata, Oscarito, Regina Casé e Gregório Duvivier. “São artistas que arriscam e inventam. Gosto disso”, conclui.


MULHERES INSANAS
Sexta, às 21h. Cine Theatro Brasil Vallourec, Praça 7, Centro. R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada). Sábado e domingo, Grace Gianoukas ministra oficina de humor em BH. Informações: (31) 3146-7304.