Protestos marcam sessão na ALMG que discutiu o futuro do Klauss Vianna

Reunião, porém, não terminou com alternativas concretas para a cultura

por Ailton Magioli 29/04/2015 18:45

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Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Manifestantes levaram cartazes para a sessão na ALMG (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
O clima esquentou no fim da tarde desta quarta-feira, 29, no Teatro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde foi realizada audiência pública para debater a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) de fechar o Teatro Oi Futuro Klauss Vianna, a partir de julho.

“O presidente do tribunal nos deve um encontro. Ele não abriu as portas aos artistas”, acusou Rômulo Duque, presidente do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas (Sinparc), depois de ouvir explicações técnicas de representantes do órgão sobre a inviabilidade de funcionamento do teatro na nova sede do TJMG. Mais calma, como é de seu feitio, a ex-secretária municipal e estadual de cultura, Berenice Menegale, ressaltou que ela e os demais representantes da categoria estavam ali defendendo os direitos da população belo-horizontina. “A população precisa que o estado se preocupe em ampliar, multiplicar e diversificar a atividade cultural. Nenhum governo vai muito longe sem cultura”, previu Berenice, cuja fala foi encerrada sob aplausos dos artistas presentes no ato.

O atual secretário de estado da cultura, Angelo Oswaldo, representantes (técnicos) do TJMG e da classe artística debateram por mais de duas horas a possibilidade de alternativas para que o teatro não tenha as portas fechadas. A ausência de representantes da Oi Telemar, que patrocina o espaço, no entanto, inviabilizou a possível proposta de construção de um novo espaço para abrigar principlamente a dança na capital. Batizado com o nome de um dos mais importantes coreógrafos da cidade, o Oi Futuro Klauss Vianna vai deixar Belo Horizonte carente de mais de 300 lugares para a cultura.

“Fazer justiça é manter o Teatro Klauss Vianna vivo”, pregava uma faixa afixada na parede lateral do Teatro da Assembléia, enquanto atores da Oficina Multimédia, vestidos de preto, circulavam com cartaz no qual se lia a máxima do filósofo inglês Thomas Hobbes, inspirado em Plauto, de que “O homem é o lobo do homem”. Deputados, vereadores e outros convidados se misturavam à classe artística na audiência pública, cuja trilha foi alternada por aplausos e vaias. Ao fim da audiência foram feitos encaminhamentos em nome da classe artística, alguns dos quais sobre possíveis irregularidades na criação do teatro original nos anos 1980.

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