

A trama se passa em uma noite do ano de 1854. Brahms é chamado às pressas por Clara, após uma tentativa de suicídio de Schumann. “Ele sempre foi um cara extremamente passional. Tinha aquela coisa de viver sempre em êxtase e assim desconstruiu muitas regras para a música clássica da época”, explica. Diante daquele acesso de loucura narrado no espetáculo, a mulher busca conselhos. Deve internar o marido em um hospício ou tentar curá-lo em casa? “É uma peça emocionante, densa e curta, com apenas 70 minutos. Não será nada que vá entediar o público”, garante o bem-humorado ator.
“Esses românticos tinham uma ideia de amor que passava por sexo, desejo, libido, mas era um tipo de amor com grau de veneração, lealdade e dedicação um ao outro muito elevado. Schumann sempre testava as coisas elevando aos montes”, conta. Werner contextualiza lembrando que o século 19 foi um período revolucionário na história mundial. “Napoleão estava passando o rodo na Europa e ao mesmo tempo havia uma fexibilização de costumes. Muitos artistas homossexuais se assumiam, as mulheres também se revelavam autoras e essas coisas que não eram comuns no século anterior”, conta. Com direção musical do maestro Miguel Briamont, a trilha sonora do espetáculo tem, obviamente, composições dos três personagens, assim como obras de Franz Liszt. Querido Brahms estreou no final de janeiro, em São Paulo.
Querido Brahms
Sábado e domingo, às 19h e às 21h. Grande Teatro Palácio das Artes. Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro. Plateias I e II:
R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia); plateia superior, R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).