CRAV retoma atividades com homenagem a Tony Vieira

Reaberto após reformas, espaço mostra a história do cineasta de Contagem

por Carlos Herculano Lopes 16/07/2014 09:49

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
Euler Júnior/EM/D.A Press
Exposição em BH homenageia Tony Vieira, o cineasta de Contagem (foto: Euler Júnior/EM/D.A Press )
Instalado num belo casarão art nouveau da década de 1920, no início da descida da Avenida Álvares Cabral em direção aos bairros de Lourdes e Santo Agostinho, o Centro de Referência Audiovisual (Crav) foi reaberto ao público ontem, depois de passar por reformas. O imóvel recebeu pintura com tinta de silicato que o fez ficar como na época de sua construção.

Para marcar a reabertura do espaço, onde está guardada boa parte da memória audiovisual da capital mineira, está em cartaz a exposição Tony Vieira: um cineasta mineiro, sobre a história de um artista singular que, durante a década de 1970, em Contagem, produzia e rodava seus filmes com recursos próprios.


A mostra exibe textos, documentos e roteiros de Vieira, além de peças do acervo pessoal do ator Hytagiba Carneiro, que trabalhou com ele, e de Toni Murtes, filho do cineasta. Um dos curadores da exposição, o museólogo Victor Louvisi, diz que a homenagem é mais do que justa. “Com todas as dificuldades e em plena ditadura militar, Tony fez o que mais gostava: cinema. Em termos artísticos, ele se identificava muito com o pessoal da Boca do Lixo paulistana”, afirma.


Leônidas de Oliveira, presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), lembra que o Crav é o símbolo do audiovisual em Belo Horizonte e tem mais de 40 mil peças em seu acervo. Elas estavam locadas em condições não muito adequadas, sobretudo para visitação e consulta. “Também vamos trazer para cá, em parceria com a Agência Nacional de Cinema (Ancine), cursos de formação. Estamos fechando com a entidade um convênio de R$ 600 mil que se somará a outros, oriundos do Fundo Municipal de Cultura, que passará a ser setorial”, informa Oliveira.


Gilvan Rodrigues, gestor do espaço, afirma que será dada continuidade a vários projetos, como Crav ao ar livre, oficina de conservação preventiva do patrimônio cultural audiovisual; Cinepop; e Crav vai à escola. Para Luciana Rocha Féres, diretora de políticas museológicas da FMC, a reabertura do espaço permitirá a reapropriação do casarão pela sociedade, pois o cidadão, além de visitá-lo, poderá fazer pesquisas e frequentar cursos e oficinas.

 

CRAV
Avenida Álvares Cabral, 560, Centro, (31) 3277-6330.
Aberto de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Entrada franca.



MAIS SOBRE E-MAIS