“É preciso – e necessário – tratar a memória de modo contemporâneo”, afirma Ione de Medeiros, diretora artística do Verão Arte Contemporânea (VAC), ao explicar o tema da oitava edição da mostra. De terça-feira a 16 de fevereiro, serão apresentadas 57 atrações em 31 espaços de BH. A agenda inclui artes cênicas, shows musicais, intervenções urbanas, ações de moda e eventos gastronômicos.

Diversidade e renovação estética são marcas do VAC. A atenção à memória, explica Jonnatha Horta Alves, um dos organizadores do evento, deve-se ao fato de o tema estar presente em várias produções selecionadas. A “conversa” entre o passado e o presente se revela tanto por meio da crítica ao “tempo de imagens sem história” quanto pela articulação dessas ponderações com novo olhar.

Ione de Medeiros lembra que o propósito do VAC é enfatizar a produção recente e a diversidade de enfoques, além de dar espaço à experimentação. “Interessa o atual e, para nós, isso não quer dizer sucesso. Gostaríamos de provocar movimento, de trazer o frescor de pesquisas que se arriscam esteticamente”, explica.

A memória enquanto “inventário de afetos” será evocada de várias formas. Entre elas estão um banquete voltado para a recuperação de receitas antigas e a coleção de objetos à qual o público poderá acrescentar peças, além de trocá-las por outras. A programação inclui seminário sobre urbanismo. Com orçamento de R$ 190,6 mil, o VAC organizou eventos com entrada franca e com ingressos de R$ 5 a R$ 16.