Reynaldo Gianecchini fala do câncer e da vida amorosa em livro

Ator compartilha experiências com a biografia Giane - Vida, Arte e Luta

por Agência Estado 13/12/2012 16:19

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Leo Aversa / Divulgacao
(foto: Leo Aversa / Divulgacao)
Depois de meses sem dizer uma palavra sobre sua vida, no período em que ficou internado para tratar de um linfoma não Hodgkin, entre o final de 2011 e o começo deste ano, Reynaldo Gianecchini de 40 anos, viu que não havia problema em compartilhar suas experiências e contar tudo em Giane - Vida, Arte e Luta, escrito pelo jornalista Guilherme Fiuza, que ele lança esta semana. "Bem contada, a história de todo mundo vale a pena dividir. Mas as pessoas têm de ter, no mínimo, coragem. A minha história é sem a pretensão de ser inspiradora para ninguém", avisa. O ator afirma que o livro não tem como propósito servir de autoajuda para quem encarou um câncer, como ele. De maneira não linear, o livro intercala a fase do tratamento médico com lembranças do passado, desde a infância em Birigui, no interior de São Paulo, passando pela época em que trabalhava como modelo, período em que conheceu a apresentadora Marília Gabriela, com quem foi casado. Para relembrar a própria história Gianecchini teve longas sessões de entrevista com Fiuza. O biografado tampouco se sentiu incomodado em abordar sua intimidade. "Eu falei tudo. Não tive o menor problema. Desde o começo, a relação de confiança se estabeleceu", defende. Porém, o fato de haver figuras conhecidas nos relatos o deixou alerta. "Claro que eu tinha a prerrogativa de não aprovar. Como envolve outras pessoas, minha preocupação era não expor ninguém, nem a mim, desnecessariamente. Foi terapêutico. Quando li, não quis mudar nada." Fiuza ficou espantado com a disposição de Giane. "Fizemos uma sessão que durou sete horas sem pararmos para almoçar nem para ir ao banheiro", recorda o jornalista. O autor também ficou admirado com o preparo de Gianecchini, que apesar da doença grave, não aparentava fraqueza. "Nas sessões, eu fumava. Ficava perto da janela tentando abanar a fumaça, mas ele não estava nem aí." O livro cita sua estreia na Globo, em Laços de Família (2000), em que não se sentia seguro como ator. "Com o tempo, você consegue contar com distanciamento. Eu assistia à novela praticamente com um chicotinho nas costas. Depois, vi de novo, mais condescendente comigo mesmo, tentando achar os acertos e entender a minha trajetória. Hoje, dá para falar do passado sem ficar me cobrando. O que tinha de ser foi, era o que dava para fazer naquela época. É muito bom hoje em dia falar sem dor. GIANE - VIDA, ARTE E LUTA Autor: Guilherme Fiuza Editora: Primeira Pessoa (282 págs., R$ 39,90)

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