Fã de Almeida Jr., Baptista da Costa, Antônio Parreiras e Eliseu Visconti, o pintor mineiro Luiz Pinto tinha paixão por cenas comuns da vida brasileira. Paisagens rurais, igrejas, casebres e quintais surgem em seus quadros como testemunhas da vida pacata tanto no interior quanto de bairros tranquilos que desafiam o furor urbano.
Nascido em Sete Lagoas, o artista plástico morreu em agosto, aos 73 anos, na capital paulista. A família organiza a biografia de Luiz Pinto e planeja para o ano que vem uma retrospectiva de sua obra em BH, cidade onde ele morou por quase três décadas antes de se mudar para São Paulo.
Luiz iniciou sua carreira artística na cidade natal, nos anos 1950. Em BH, teve aulas com Guignard e com Edgar Walter, seu mestre e grande amigo. Pesquisador da luz e da diversidade cromática, o sete-lagoano perseguia o colorido deste nosso país tropical. Dedicou-se a naturezas mortas e paisagens, inicialmente, mas depois passou a pintar fazendas de café, praias e a mata atlântica. Tornou-se nome conhecido da pintura figurativa.
A partir dos anos 1980, influenciado pelas viagens à Europa, suas paisagens ganharam ares impressionistas. Luiz Pinto se manteve fiel às raízes, enquanto o universo das artes plásticas experimentava sucessivas revoluções estéticas.