Sexo, relacionamentos amorosos e intimidade são os temas de bate-papo com Fabrício Carpinejar

Na noite desta terça-feira ele promete revelar segredos masculinos para as mulheres

por Carolina Braga 18/09/2012 09:49

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Edson Vara/divulgação
Autor de Ai meu Deus, ai meu Jesus, Fabrício Carpinejar escreveu divertido livro de autoajuda afetiva (foto: Edson Vara/divulgação)
 
Quem tem ideia de sexo como aventura encontrará em Ai meu Deus, ai meu Jesus – Crônicas de amor e sexo (Bertrand Brasil), o novo livro de Fabrício Carpinejar, uma visão um pouco diferente. “Tento trazer um outro lado. Falo do tanto que a intimidade surge da sequência do dia a dia em comum. Você não vai confessar suas fantasias no primeiro encontro. Vai querer agradar, primeiro, para tentar atender uma idealização. O sexo se torna mais intenso e desconcertante quando a gente rompe com isso”, diz ele.
Nesta terça-feira à noite, o escritor conversa com o público no Teatro João Ceschiatti, em Belo Horizonte. Apontado como um dos autores mais influentes da internet brasileira, dono de blog com mais de dois milhões de visitantes e seguido por 140 mil pessoas no Twitter, Carpinejar reuniu cerca de 100 crônicas que têm o sexo como ponto em comum.
“Sempre gostei do pornô com história, acho que tem um pouco disso: esse romantismo dentro do erotismo”, resume. É a primeira obra temática do escritor gaúcho depois dos livros Canalha!, Borralheiro, Mulher perdigueira e O amor esquece de começar.
Nos eventos de que participa pelo Brasil, Fabrício Carpinejar pôde detectar a identificação das mulheres com seus textos. “Os homens ficam bravos comigo, parece que estou revelando os segredos deles”, brinca. Para o autor, uma das grandes falhas masculinas é não fazer aqueles testes encontrados nas revistas femininas. “Isso mudaria muito, porque o homem tem medo de múltipla escolha. Ele é monotemático, precisa de uma única resposta e não suporta a dúvida”, afirma. 
Em Ai meu Deus, ai meu Jesus, Carpinejar fala de homens e mulheres, sem distinção, acrescentando muitas doses de humor ao sexo. Inclusive, não perde a chance de dar oportunidade aos machos de experimentar os tais testes. O livro mede o conhecimento desses leitores sobre ciúmes e alma feminina, além de medir o grau de grossura do sujeito. 
“Precisava da combinação entre lirismo e comédia, entre o drama poético e essas cenas urbanas engraçadas”, diz. Assim, surgem casos sobre a paixão da avó por quindins, de certa tara por meias brancas e de razões para amar um careca, além de listas intermináveis de fetiches. “O sexo ainda é muito solene, sagrado, pois o vemos como um lugar em que a gente não pode falhar nem ser natural. Precisamos sempre suprir a necessidade do outro. Esses são os ingredientes do fracasso”, conclui. 
 
FABRÍCIO CARPINEJAR
Projeto Sempre um papo. Teatro João Ceschiatti do Palácio das Artes. Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3261-1501. Nesta terça-feira, 19h30. Entrada franca. 


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