Em 'Inferno',Tom Hanks volta a encarnar o papel do professor Robert Langdon

Ator afirma que a adaptação de Ron Howard para o romance de Dan Brown mostra como "criamos o inferno para uma outra parte da humanidade"

por AFP 13/10/2016 13:22

COLUMBIA PICTURES/DIVULGAÇÃO
COLUMBIA PICTURES/DIVULGAÇÃO (foto: COLUMBIA PICTURES/DIVULGAÇÃO)
 

“Florença é uma cidade charmosa. Inventar um plano malvado aqui é uma tarefa impossível, porque há apenas beleza, mistérios e enigmas”, afirma o cineasta Ron Howard, diretor de Inferno, o longa baseado no livro homônimo de Dan Brown, que estreia nesta quinta, 13, nos cinemas brasileiros. Ele esteve na cidade italiana na semana passada para a pré-estreia mundial do filme, ocorrida no sábado.

A encantadora cidade dos Médicis, berço no século 14 do Renascimento, é a verdadeira protagonista do filme. Brown confessou ser fascinado pela arte e arquitetura de Florença. Na tela, é Tom Hanks quem assume o papel do protagonista. Também estão no elenco Omar Sy, Felicity Jones, Irrfan Khan e Ben Foster.

“A ignorância é o maior perigo para a humanidade”, disse Hanks, de 60 anos, na entrevista dada a jornalistas de todo o mundo. Ele comentava um dos aspectos abordados pelo livro, mas também se referia à eleição presidencial em seu país. O encontro da equipe de Inferno com os jornalistas ocorreu no majestoso Salão dos Quinhentos do Palazzo Vecchio, locação de várias cenas do longa.


“Se observarem a história ou se lerem os livros de Dan Brown, poderão perceber que o mundo se encontrou frequentemente diante de uma encruzilhada que o obriga a aprender a conviver uns com os outros”, afirmou o ator, que é simpatizante do Partido Democrata. “Alguns países respondem com simplicidade a problemas complexos”, comentou.


Ganhador de dois Oscars, Hanks encarna o professor Robert Langdon pela terceira vez. Só que agora ele acorda com amnésia em um hospital, onde é atendido pela doutora Sienna Brooks (Felicity Jones). Ela o ajudará a recuperar a memória e evitar a propagação de um vírus que ameaça a metade da população do planeta.

CÍRCULOS Depois de Código da Vinci (2006) e Anjos e demônios (2009), Hanks mergulha na trama do inferno inspirado na obra do poeta florentino Dante com sua descrição de círculos que se atravessa numa jornada particular de vida após a morte.

Com a jovem médica Sienna Brooks, ele encara uma corrida contra o tempo entre Florença, Veneza e Istambul para frustrar o maligno plano de um cientista decidido a exterminar a humanidade com um vírus assassino.

“Dan Brown nos conta um inferno criado na Terra. Dante descreve um lugar bem específico, enquanto o filme narra como o terrorista quer mudar o que considera um inferno”, afirma. “E esse inferno é representado pelos problemas ambientais, as pessoas escravizadas, a superpopulação. Criamos o inferno para uma outra parte da humanidade”, disse Hanks.

Por sua vez, Dan Brown explicou que a ideia partiu de uma estatística que leu: “A população mundial triplicou em 80 anos”. “O filme aborda esse problema, porque, se tivéssemos que rodar cada cena do livro, ele teria durado 35 horas. O diretor centrou no problema da superpopulação. É um fio condutor”, explicou o autor que mais vendeu livros em todo o mundo – cerca de 200 milhões de exemplares.

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