Chris Pratt conquista o público misturando humor e ação

Revelado em Parks and recreation, o ator ganha mais fãs após a atuação no longa Jurassic World

por Anna Beatriz Lisboa 16/06/2015 11:12

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

RECOMENDAR PARA:

INFORMAÇÕES PESSOAIS:

CORREÇÃO:

Preencha todos os campos.
REUTERS/Brian Snyder
Mesmo no tapete vermelho, o galã nunca perde a piada (foto: REUTERS/Brian Snyder )
Quem via as trapalhadas de Andy Dwyer, assistente de Leslie Knope (Amy Poehler) na série Parks and recreation, talvez não imaginasse que seu intérprete, Chris Pratt, se tornasse o nome da vez para as grandes produções de ação de Hollywood. À frente do elenco de Jurassic World: O mundo dos dinossauros, o ator de 35 anos não parecia a escolha mais óbvia para viver o corajoso ex-militar Owen no reboot da franquia de Steven Spielberg.

As dúvidas em relação ao ator, que conquistou o público com seu jeito bobalhão e bem intencionado, se dissiparam já nas primeiras cenas de Guardiões da galáxia, o inesperado sucesso do verão americano passado: seu personagem, Peter Quill, aparece inicialmente como uma figura intimidadora, inspecionando uma caverna com sua máscara de olhos vermelhos. No entanto, logo vemos o rosto de Pratt, que liga seu walkman e começa a dançar como se ninguém estivesse olhando. Para encarnar o Senhor das Estrelas no filme de James Gunn, ele teve que deixar o bufônico Andy Dwyer para trás — pelo menos fisicamente. Na versão blockbuster, Chris Pratt surge com músculos definidos e 27 quilos mais magro.

Coadjuvante

Antes de consolidar-se como protagonista, Pratt teve papéis de apoio em dramas como O homem que mudou o jogo (2011), vivendo o jogador de beisebol Scott Hatteberg; A hora mais escura (2012), em que interpreta um dos fuzileiros à caça de Bin Laden; e no romance sci-fi Ela (2013). Ele chegou a ser rejeitado em Avatar por não ter aquele “algo mais”, segundo o jornal britânico The guardian.

Se James Cameron não se impressionou com Pratt, Steven Spielberg, produtor executivo de Jurassic World, fez uma aposta acertada: “Não tínhamos certeza nenhuma de que poderíamos ter o Chris Pratt no filme, porque ele atuava em uma série de televisão muito bem-sucedida. Eu e o Colin (Trevorrow, diretor) acreditávamos nele, mas havia um certo risco. Evidentemente, quando Guardiões da galáxia foi lançado, todos nós achamos que havíamos escolhido muito bem”, conta.
Pratt acredita que sua experiência com o humor físico o preparou para as cenas de ação: “Na série Parks and recreation, eu mergulho por cima de obstáculos, bato com carros, desço escada de patins, então já estou acostumado”, lembra. “Tenho um segredo: na verdade, sou um dublê vivendo no corpo de um ator”, completa. A afinidade com a comédia ele compartilha com a mulher, a também humorista Anna Faris (da série Mom), com quem tem um filho.

O carisma de Pratt, que não hesita em correr de salto alto ou fazer karaokê em talk shows, se converte em lucro nas bilheterias. Guardiões da galáxia arrecadou US$ 774 milhões em todo o mundo e o nome do astro vem sendo cotado para os principais reboots planejados por Hollywood para os próximos anos — desde as oitentistas Indiana Jones e Os caça-fantasmas até a versão cinematográfica da série de tevê Super-Máquina.

Com os elogios de Spielberg, Pratt parece estar cada vez mais próximo de reviver Indy no cinema. As semelhanças com Harrison Ford já são perceptíveis em Guardiões da galáxia — o mulherengo e vaidoso Peter Quill tem o charme herdado de Han Solo. No entanto, o certo até agora é que Pratt está no elenco do remake de Sete homens e um destino, previsto para ser lançado em 2017, e no da ficção científica Passengers — ainda na fase de pré-produção — na qual aparece ao lado de Jennifer Lawrence.

27kg
Peso que Pratt teve que perder para viver o protagonista de Guardiões da galáxia

MAIS SOBRE CINEMA