Comédia nacional 'Até que a sorte nos separe 2' estreia nesta sexta

Família azarada perde sua fortuna mais uma vez e vai tentar a sorte em Las Vegas

por Carolina Braga 27/12/2013 08:55

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Gabriel Borges/Divulgação
Camila Morgado assume o papel de Jane em 'Até que a sorte nos separe 2', no lugar de Daniele Winits (foto: Gabriel Borges/Divulgação )
Sempre que fala sobre o que foi fazer 'Até que a sorte nos separe 2', o roteirista Paulo Cursino comenta o tamanho do desafio de dar continuidade à história do gastador Tino (Leandro Hassum). É compreensível O primeiro filme da saga alcançou a marca de 3,5 milhões de espectadores em 2012. Com lançamento grandioso para o padrão nacional – cerca de 750 cópias em todo o país –, os números devem ser parecidos. Mas como sustentar a trama, acrescentar novidades e ainda manter o ritmo da comédia?


O caminho escolhido pela produção foi ambicioso: fazer com que boa parte da trama se passasse em Las Vegas, nos Estados Unidos, inaugurando um movimento contrário no mercado de cinema nacional. São os brasileiros filmando fora e não o oposto. Mas isso não é o suficiente para fazer de 'Até que a sorte nos separe 2' exemplar um pouco mais interessante dentro do cardápio recente de comédias brasileiras.

Falidos e vivendo na Tijuca, Tino, sua mulher Jane (Camila Morgado entra para substituir Daniele Winits, que não foi liberada pela Globo) e os três filhos recebem a notícia de que vão receber parte de uma herança de R$ 100 milhões. Quem deixa essa fortuna é o tio dela. Junto com a grana, o pedido para que as cinzas sejam despejadas no Grand Canyon. E lá vão eles para o paraíso perdido do consumismo.

O roteiro de Cursino repete as curvas dramáticas do primeiro filme. De pobres passam a ricos, gastam demais – principalmente ele – e a fortuna se esvai. Tino esconde da mulher que perdeu todo o dinheiro, se mete em confusão com a máfia, pede perdão e por aí vai. Por mais que a trama seja recheada de pequenos acontecimentos, falta ritmo ao filme dirigido por Roberto Santucci, considerado o rei da comédia. Leandro Hassum é que é o grande trunfo.

Aliás, o elenco é o que há de melhor em 'Até que a sorte nos separe 2'. Hassum faz gato e sapato com seu Tino. É caricato, histriônico, mas domina muito bem o tempo da comédia. Ou seja, sabe fazer piada, no roteiro e fora dele. Camila Morgado, estreando no gênero, também segura a onda. A intérprete da comunista Olga no filme de Jayme Monjardim ganhou inclusive uma homenagem hilária no roteiro. Foi um teste para saber se ela conseguiria rir de si mesma. Ponto para Cursino.

Ainda tem as participações especiais de Anderson Silva e Berta Loran, mas o luxo é poder contar com Jerry Lewis. O astro de hollywood faz uma pontinha como o camareiro do hotel em Las Vegas. Passagem rápida, mas marcante.

Assista o trailer de 'Até que a sorte nos separe 2':

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