Se hoje Belo Horizonte conta com multifacetado cenário cultural, com grupos e artistas lutando empenhadamente por espaço e para conquistar público, nada mais justo do que lembrar o legado de pioneiros das artes na capital mineira. Vários deles foram professores, transmitindo conhecimento às novas gerações. O documentário Lírico movimento, que estreia hoje no Cine Humberto Mauro, mostra a intensa movimentação da cena de BH nos anos 1940 a 1970.
O média-metragem dirigido por Ana Amélia Arantes traz 13 artistas que desempenharam papel fundamental nesse processo, como o maestro Luiz Aguiar, o cenógrafo e figurinista Raul Belém Machado, o diretor Francisco Mayrink e o ator e diretor Elvécio Guimarães. Maria Helena Buzelin, Zilda Lourenço e Lia Salgado se destacaram no canto lírico. A grande maioria deles era obrigada a ter outra profissão para sobreviver.
Com fotografia e edição de Guilherme Reis, o filme conta como a movimentação gerada por esses artistas deu origem a espaços emblemáticos para a cultura em BH: o Teatro Francisco Nunes e o Palácio das Artes. Além de participar de espetáculos, os pioneiros se desdobravam em outras funções: aprenderam a construir cenários, a produzir montagens e a criar figurinos.
LÍRICO MOVIMENTO
Documentário de Ana Amélia Arantes, com fotografia e edição de Guilherme Reis. Duração: 25min. Estreia hoje, às 22h, no Cine Humberto Mauro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Entrada franca. Distribuição de senhas a partir das 21h30.