'O homem de aço', nova aventura do Super-Homem, entra em cartaz em BH

O herói de Henry Cavill é bonitão, está mais ágil em 3D, mas deixa a desejar em interpretação

por Carolina Braga 12/07/2013 06:00

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Espaco Z/Divulgação
(foto: Espaco Z/Divulgação)
Certos personagens são imersos em um culto tão antigo que qualquer mudança de rota abre espaço para discussões intermináveis. E tem outro detalhe: o grau de empatia com o protagonista é proporcional ao burburinho. Se o sujeito em questão é o Super-Homem, então, pode saber que o repertório de teorias será vastíssimo. Seja de especialistas ou amadores. Mas 'O homem de aço', a produção que marca a volta dele à telona, protagonizada por Henry Cavill e dirigida por Zack Snyder, não requer tanto. É mais um filme de heróis. Ponto.

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Descontando mudanças na estética – a ausência do calção vermelho é o que mais salta aos olhos – a nova investida, embora pretenda explorar nuances psicológicas de Clark Kent, não traz nada de surpreendente nesse sentido. Seja no roteiro assinado por David Goyer, na experiência em 3D ou mesmo em termos de atuação. A trilogia de Christopher Nolan e Batman, do mesmo roteirista, continua disparada na dianteira. Aí sim, sobra assunto para depois da sessão.

Mesmo com toda a euforia em torno da volta de um dos heróis mais queridos aos cinemas, seria bom baixar a bola. 'O homem de aço' é essencialmente um filme de luta e destruição. Como já demonstrou em outras oportunidades, eis um mar onde Snyder sabe navegar. Se você é amante dos longas de ação, pode se tranquilizar. As sequências de voo e perseguição são mesmo de tirar o fôlego, mas de tão corriqueiras, perdem a graça no emaranhado da trama. Pode ser uma impressão rasa, mas parece que Super-Homem voa mais rápido em 3D.

Tudo começa no nascimento no herói. Durante os primeiros 20 minutos, somos bombardeados com as informações sobre o que levou os pais a despacharem o bebê de Krypton para a Terra. Depois disso, de maneira não linear, é o próprio Clark Kent quem se encarrega a contextualizar seus medos e inseguranças. Aí sim ele dá asas à filosofia com ares hamletianos do ser ou não ser um herói, eis a questão. Isso, claro, até chegar o momento de salvar o mundo das garras do vilão, general Zod (Michael Shannon).

Bem-dotado de beleza física, Henry Cavill é um Super-Homem digno do posto: forte, de olhos azuis. Mas, no quesito interpretação, deixa a desejar. É sabido que o ator pesquisou a fundo os trejeitos do personagem na versão dos quadrinhos, mas não convence, principalmente nas cenas com diálogo. Já o elenco de apoio é reforçado. Destaque para Kevin Costner na pele do pai adotivo do herói e também para Amy Adams como a repórter investigativa Lois Lane.

'O homem de aço' é o sexto filme sobre o herói. Por mais que Christopher Reeve continue imbatível na pele do personagem, comparada com o fiasco que foi a versão com Brandon Routh, a missão de Henry Cavill pode ser considerada bem-sucedida. Sem trair os cânones do personagem, o novo longa visita as origens dele e tira a poeira do mito.

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