Cinema italiano tem representantes na disputa pela Palma de Ouro

Filmes 'La grande bellezza' e 'Un castillo en Italia' chamaram atenção em Cannes

22/05/2013 08:15

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ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP
Paolo Sorrentino chama a atenção em Cannes com La grande bellezza, que concorre à Palma de Ouro (foto: ANNE-CHRISTINE POUJOULAT/AFP)
O esplendor e a decadência como apenas o cinema italiano sabe contar, sem perder o senso de humor, se encontraram ontem no Festival de Cannes com 'La grande bellezza' e 'Un castillo en Italia', na disputa pela Palma de Ouro. Com imagens deslumbrantes da Cidade Eterna, 'La grande bellezza', de Paolo Sorrentino, tem Roma no esplendor do verão como coprotagonista onipresente.

Interpretado por seu ator fetiche Tony Servillo ('Il divo', 2008, também dirigido por Sorrentino), Jep é um escritor veterano e de sucesso com as mulheres que se dedica à vida mundana mais do que à literatura. Comparece a todas as festas e organiza outras em seu apartamento com uma vista magnífica para o Coliseu. Felini e o clássico 'La dolce vita' (1960) são lembrados em todos os momentos nessa homenagem explícita ao mestre italiano.

"Falamos de temas parecidos, há uma ressonância", admitiu Sorrentino à imprensa. Mas rejeitou qualquer comparação "porque 'La dolce vita' é obra-prima". Segundo ele, o filme tenta expressar, e não narrar, certa pobreza, “mas não uma pobreza material, e sim uma pobreza de outro tipo."

'Un castillo en Italia' é emotiva comédia familiar com momentos de tragédia, narrada com o olhar terno da diretora franco-italiana Valeria Bruni-Tedeschi, que passou da atuação para a direção no início de 2000 e que agora faz ambas: dirige e interpreta Louise, a protagonista.

O esplendor perdido dos Rossi-Levi, uma família de industriais do Norte da Itália, é apenas o marco da trama. O tema aqui é a mesma família, especialmente as relações entre irmão e irmã, mãe e filha. A história de amor da protagonista com final feliz é quase um acessório narrativo.

O filme alterna cenas graciosas, em particular a inseminação artificial de Louise, momentos de ternura, como o casamento do irmão no hospital, e trágicos, quando este morre. É o terceiro de Bruni-Tedeschi, o primeiro a competir pela Palma de Ouro. O único filme dirigido por uma mulher dos 20 que aspiram ao principal prêmio, que será anunciado no dia 26.

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