Divulgação/Blad Meneghel/Reprodução/Instagram

Douglas Lima - Especial para o Uai 09/05/2024 09:23

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Convidada para o 8º Prêmio Sim à Igualdade Racial, realizado na noite de quarta-feira (08/05), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, Xuxa Meneghel, a eterna Rainha dos Baixinhos, conversou com à revista Quem sobre a tragédia, que afetou milhares de pessoas no Rio Grande do Sul.

A apresentadora, que é natural de Santa Rosa, interior do estado gaúcho, tem se dedicado a compartilhar ONGs e organizações que estão mobilizadas para ajudar as pessoas e os animais das regiões alagadas. A comunicadora falou que se sente agoniada com tudo que tem acontecido com sua terra natal e que se vê impotente diante da dor de seus conterrâneos, e fez duras críticas a polarização política em meio ao sofrimento que assola a região.

"Minha família ainda está lá, mora no Sul. A maioria das pessoas, meus primos, todos estão lá. Estou bastante agoniada porque estamos vendo tudo isso acontecer e não consigo enxergar um futuro, algo como 'amanhã acabou', não acho que vamos superar esse assunto. Esse desastre deixará marcas por muito tempo em famílias que perderam não só entes queridos, mas muitos perderam suas vidas, seus animais, suas terras, suas histórias. Isso mexe tanto comigo que tento me colocar no lugar delas. Fico muito agoniada porque parece que não podemos fazer nada", lamentou.

"Estão transformando essa situação em uma briga política, de um lado e do outro, direita e esquerda. As pessoas não estão enxergando a grandeza do que está por trás disso tudo, que são vidas. Isso me deixa muito chateada, porque o ser humano não está sendo humano nesse momento. Fico bastante mexida, envergonhada, chateada, agoniada, angustiada. Tenho vários sentimentos. E pior ainda é que vejo que as coisas não vão parar por aí", desabafou.

"Eu digo que é ruim, obviamente, eu sendo gaúcha, estou sentindo bastante [triste], mas acho que todo mundo também está pensando como eu, o que podemos fazer, o que deve ser feito, o que tem que ser feito. Agora não há muito a fazer além de rezar e pedir para que as águas baixem, para que as pessoas tentem... Não tem a palavra 'normal', não dá para voltar ao normal, mas tentem ficar bem, para que possamos ver o que mais podemos fazer e como podemos ajudar. Eu acho que este é o momento de todos se unirem, baterem no mesmo compasso, com o mesmo coração", finalizou.

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