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Alexandre Pires é alvo da PF por esquema de garimpo; empresário é preso

Cantor mineiro teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada

Alexandre Pires é alvo da Polícia Federal por esquema de garimpo; empresário é preso Divulgação/Reprodução/Instagram
Douglas Lima - Especial para o Uai clock 05/12/2023 11:16
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Alexandre Pires foi alvo de busca e apreensão, nesta segunda-feira (04/12), em uma operação da Polícia Federal (PF) contra o esquema de financiamento e logística do garimpo ilegal na terra indígena Yanomami. O cantor teria recebido pelo menos R$ 1 milhão de uma mineradora sob investigação.

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De acordo com as informações do portal Metrópoles, a operação ganhou o nome de Disco de Ouro e cumpriu mandados expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima. Entre os crimes investigados, está o de lavagem de dinheiro.

 

A polícia rastreou as movimentações financeiras de uma mineradora investigada e chegou a contas bancárias, como a do pagodeiro. A rede incluiria ainda pilotos de aeronaves, postos de combustíveis e lojas de máquinas.

 

Agentes cumpriram dois mandados de prisão, e seis de busca e apreensão em sete cidades. São elas: Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA) e Itapema (SC). 

 

Para cumprir a ordem de buscas, os agentes foram até um cruzeiro onde Alexandre se apresentava nesta segunda, em Santos. O empresário do artista, Matheus Possebon, reconhecido no ramo musical, também estaria ligado ao núcleo financeiro dos crimes, que teria movimentado cerca de R$ 250 milhões, foi detido na manhã desta terça-feira (05/12) após desembarcar do cruzeiro temático do mineiro. Também foi determinado o sequestro de mais de R$ 130 milhões dos suspeitos.

 

Em nota oficial enviada ao portal UAI, o advogado Fábio Tofic Simantob, que representa Alexandre e Matheus, classificou a prisão do empresário como "violência". Segundo ele, "a prisão foi decretada “por conta de uma única transação financeira com uma que Matheus não mantém qualquer relação comercial”. Fábio disse ainda que Matheus não pode nem ao menos esclarecer a transação e afirma que irá comprovar que seu cliente não tem nada a ver com a investigação".

 

Essas medidas foram emitidas como parte de um desdobramento da ação iniciada em janeiro de 2022. Na ocasião, foram apreendidas 30 toneladas de cassiterita extraídas da terra indígena Yanomami, que estariam armazenadas na sede de uma empresa investigada e que seriam enviadas para o exterior.

 

O inquérito policial indica que o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba/PA, e supostamente transportado para Roraima para tratamento. De acordo com investigadores, no entanto, a operação seria somente no papel, já que o minério teria sido explorado do próprio estado de Roraima. Até o fechamento desta materia, a assessoria de Alexandre Pires ainda não se manifestou sobre a investigação.

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