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Deputado federal insinua que cantora recebeu dinheiro por meio da Lei Rouanet após 'pedir L' em show
A cantora Ludmilla conseguiu uma liminar na ação que move contra o deputado federal Mário Frias (PL-SP) por disseminação de fake news. O deputado afirmou que a funkeira havia utilizado R$ 5 milhões através da Lei Rouanet e "pedir L" em show.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou, nesta quinta-feira (08/06), que o parlamentar retire das redes sociais as postagens falsas insinuando que a artista havia recebido dinheiro público pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, por um projeto intitulado "Ludmilla - Solta a Batida", aprovado pela ANCINE. Mário recebeu o prazo de até 48h para obedecer a medida judicial, com multa diária, em caso de descumprimento.
De acordo com a decisão da juíza Bianca Ferreira do Amaral Machado Nigri, o conteúdo de Frias prejudica a imagem de Ludmilla, já que "não há como se mensurar a veracidade dos fatos publicados nas redes sociais do réu".
"Diante de tais fundamentos, tenho por bem em deferir a medida para determinar que o réu retire as publicações das plataformas em que foram postadas, notadamente: a foto da autora abraçada ao atual Presidente da República, Luiz Inácio da Silva, acrescida de dois recortes de notícias, sendo uma sobre uma suposta reportagem da Folha de São Paulo indicando que a autora teria feito 'L' de Lula em seu show e a outra, uma publicação do Diário Oficial, que, segundo o réu, comprovaria que a autora teria recebido quase R$ 5 milhões via Lei Rouanet — no prazo de 48 horas", diz a medida da magistrada.
Na época da postagem, Ludmilla criticou a publicação do ex-secretário Especial de Cultura de Bolsonaro no Twitter. "Sempre dão um jeito de querer me pintar como vilã, pois agora serei uma!", rebateu.
Na sequência, em resposta ao seu tuíte, a cantora anexou um documento e explicou que não existe ligação com o projeto da produtora Filmes do Equador. "Brincadeiras à parte, o projeto existe, mas NÃO TENHO QUALQUER VÍNCULO com o mesmo. Abaixo segue um documento da produtora responsável pelo projeto, explicando o que originou o mal entendido", acrescentou.
A produtora também informou, por nota oficial, que tudo se passou de um grande mal entendido e explicou ainda que como o projeto já estava inscrito na Agência Nacional do Cinema (ANCINE), ele não poderia ter o nome alterado.
"Declaramos para os devidos fins e efeitos, que a cantora e compositora Ludmilla não tem qualquer vínculo com o projeto inscrito na ANCINE, intitulado provisoriamente como 'Ludmilla, solta a batida'. A mesma não participará do programa e nem está envolvida na captação de verba para a realização do mesmo, que vai contar, na realidade, com a apresentação de outro talento", diz o comunicado.