Reprodução/Tv Globo

Douglas Lima - Especial para o Uai 19/11/2023 23:08

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Os pais de Ana Clara Benevides, a jovem que morreu durante o show de Taylor Swift na última sexta-feira (17/11), no Rio de Janeiro, falaram sobre o fato em entrevista exclusiva ao Fantástico, da TV Globo, deste domingo (19/11). A garota de 23 anos estudava psicologia e morava em Rondonópolis, em Mato Grosso, mas era de Sonora, em Mato Grosso do Sul.

Renata Ceribelli encontrou com o pai da Ana Clara, José Weiny Machado, na manhã deste domingo, no Rio. "Ainda não está caindo a ficha. É difícil você, porque está vindo buscar a sua filha... E morta. Isso é difícil, difícil, difícil mesmo", declarou.

"O senhor quer uma apuração do que aconteceu...", questiona a repórter. Na sequêcia, ele destaca que busca um "por quê?".

O Show da Vidatambém conversou, via chamada de vídeo, com a mãe de Ana, Adriana Benevides, que está em Mato Grosso. "Minha filha é o meu anjo. Deus a levou, mas levou ela no momento mais feliz da vida, que era só o que ela queria, era isso. Mãe, se eu não conseguir ir nesse show, eu morro, ela falou pra mim", desabafou, aos prantos.

Ao dominical, o patriarca conta que ficou com receio por causa da violência do Rio de Janeiro. A matriarca também ficou com receio, pelo fato da herdeira não conhecer ninguém na cidade.

Para os patriarca, o que dói muito também é que o corpo da filha segue no IML (Instituto Médico Legal) da capital fluminense, esperando o resultado da causa da morte. "Aí ela falou: 'Mãe, é o show da minha vida'", recordou Adriana.

Em uma das conversas por mensagem, a mãe diz que falou para a herdeira se cuidar, comer e não se esquecesse de manter-se hidratada. "'Mãe, eu vou comer bastante barrinha de cereal, porque eu vou ficar muito tempo lá. Eu quero ser a primeira da fila, eu quero ficar pertinho dela, mãe.' Falei: 'vai, minha filha. Você vai conseguir'", diz um trecho da mensagem.

No dia do show, às 9h43 da manhã. Ana Clara Benevides avisa: "Gente, tô indo pro show". "Divirta-se. Divirta-se", responde José. O pai só não sabia que aquele tinha sido o último contato com a filha.

Por volta das 19h, o pai de Ana Clara recebeu uma chamada telefônica. Ele relata que um médico explicou o que aconteceu e informou que a herdeira dele havia morrido. "Daí eu não ouvi mais nada. Larguei o celular para lá, minha esposa veio falar comigo. Eu saí andando pela rua. Fiquei atônito, não sabia o que fazia. Tentando não acreditar, como até agora tento não acreditar”, contou.

Já a mãe, menciona que o médico comunicou que a assistência foi rápida e que fizeram tentativas de reanimação por mais de 20 minutos.

A delegada da Polícia Civil Juliana Almeida explicou ao dominical que será necessário ter o resultado dos exames para averiguar se houve "responsabilidade penal na modalidade culposa".

"Precisamos do resultado dos exames complementares ao exame de necrópsia, para chegar à conclusão se houve alguma responsabilidade penal na modalidade culposa. Sem esses exames, a Polícia Civil não pode chegar a uma conclusão".

Juliana Almeida

Confira, abaixo, um trecho da entrevista:

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