
Pai e filha? Antônio descobre segredo bombástico de Aline em Terra e Paixão: 'Rica e poderosa!'
Sílvia Constantino relatou preocupação com as três crianças e disse que está impedida de falar com as filhas
A médica Sílvia Constantino Franco foi ao Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, desta quarta-feira (27/09) para expor uma situação envolvendo suas três filhas e Suzane von Richthofen, condenada a mais de 39 anos pela morte dos próprios pais. O ex-marido de Sílvia, o também médico Felipe Zecchini, tem a guarda das três meninas e começou a namorar Suzane, os dois esperam um bebê.
Richthofen deixou o presídio onde cumpria pena em janeiro deste ano, quando a Justiça concedeu a ela a progressão para o regime aberto. Ela vive em Bragança Paulista, interior de São Paulo, onde conheceu Felipe e os dois começaram um relacionamento. Constantino pediu a guarda das herdeiras na Justiça. Isso porque elas moram com o pai desde o divórcio.
Na conversa com Patrícia Poeta, Sílvia contou que se preocupou ao saber da proximidade das crianças com a assassina e que, desde que soube do namoro não conseguiu mais contato com as herdeiras. A profissional de saúde disse que quer a guarda das três por "instinto de proteção", além disso, ela contou que as garotas de 7 e 12 anos tem consciência de quem é Suzane von Richtofen.
"Na verdade foi um instinto de proteção, que eu acho que é a primeira coisa que a gente pensa. Ainda mais sendo da área e tendo acompanhado o caso na época. É um desespero muito grande de imaginar que minhas filhas estão mantendo contato com essa mulher. E uma decepção muito grande também saber que a minha confiança com o pai foi quebrada", desabafou.
"Eu fiquei sabendo por moradores de Bragança, que me mandaram mensagens pela internet, com fotos, de início eu não acreditei, achei que fossem montagens de fotos e coincidiu de eu conseguir falar com a minha filha e ela confirmou para mim a história. Eu fiquei muito assustada, e eu não conseguia entrar em contato com o pai das meninas, e tive que acionar advogado para poder manter contato", explicou.
Depois, ela disse que quando conseguiu falar com o patriarca, ele confirmou o namoro, e desde então sua vida ter sido um "inferno". "Desde então minha vida tem sido um inferno, uma angústia. As minhas filhas, quando eu consegui falar com elas e a história foi confirmada, eu perguntei 'Minha filha, você sabe quem é ela?' e ela disse 'Sim, mamãe, a gente já sabe de tudo'. Depois dessa conversa, eu não consegui falar de novo e agora tudo está sendo resolvido com advogado", acrescentou.
A matriarca relatou que tentou falar com a ex-sogra, também sem sucesso, na tentativa de ver as pequenas pessoalmente. A médica mora em Minas Gerais, mas se desloca com frequência para trabalhar em Bragança Paulista. Mesmo na cidade, não consegue falar ou ver as filhas.
"Pretendo lutar pela guarda delas para tê-las aqui comigo, distante disso tudo. Preservar o anonimato das minhas filhas, é fundamental, elas não crianças [...] eu não posso confiar numa pessoa que eu já não conheço e as referências que eu tenho são as piores possíveis", comentou.
"Um desespero muito grande de imaginar que minhas filhas estão mantendo o contato com essa mulher. Eu não sou psiquiatra, mas eu tenho conhecimento da área. É como se você tivesse juntado dinamite com gasolina, minhas filhas estão do lado".
Sílvia Constantino Franco
"Minha expectativa é que a Justiça enxergue a situação como deve ser enxergada e priorize as minhas filhas inicialmente, porque uma coisa é um casamento que não deu certo, e isso acontece, mas outra coisa é minhas filhas herdarem uma coisa que elas não fizeram, e não têm culpa disso. Eu gostaria muito que essa guarda fosse favorável à mãe, para eu poder afastar minhas filhas disso tudo, porque essa é minha obrigação como mãe", continuou.
Vale destacar, que Sílvia Constantino foi casada por 10 anos e teve uma separação conturbada. Para minimizar os danos e evitar traumatizar as filhas, na época ela optou por ceder a guarda ao ex-marido, pois não queria que as crianças mudassem toda rotina e perdessem seu ciclo de amigos.
O Ministério Público (MP) analisa o pedido de Sílvia Constantino Franco, que foi feito na última segunda-feira (18/09) e logo deve dar um parecer porque a médica entrou com um pedido de tutela de urgência para que a tramitação judicial seja mais célere.
O assassinato de Marísia von Richthofen e Manfred Albert von Richthofen aconteceu em outubro de 2002 e chocou o Brasil. E gerou bastante repercussão. Suzane, na época com 18 anos, ao lado namorado e do cunhado, Daniel e Cristian Cravinhos, a família reprovava o relacionamento e a herdeira planejou o assassinato dos próprios pais com frieza e requintes de crueldade para ficar com a fortuna do casal. O plano deles era simular um roubo seguido de morte para ficar com a herança.
A jovem foi detida algumas semanas depois, eles foram mortos a pauladas enquanto dormiam em sua casa na zona sul de São Paulo, e Suzane foi condenada pelo crime, inicialmente a 39 anos e seis meses de prisão e estava no regime semiaberto desde outubro de 2015, quando passou a ter direito a saídas temporárias. Ela já havia sido autorizada pela Justiça a cursar biomedicina em uma universidade de Taubaté, cidade próxima a Tremembé. É previsto que ela seja liberada de suas obrigações com a Justiça a partir de fevereiro de 2038.