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Tendo a direção de arte como um de seus carros-chefes mais qualificados
Se colocarmos nossas mais altas expectativas na mesa, com a história pós-apocalíptica à la zumbis The Last of Us, talvez, terminemos ao final desta primeira temporada, satisfeitos, mas ponderando, uma vez que meditaremos a respeito de uma narrativa que não foi tão longe de muitas coisas já vistas antes, em se tratando da temática sobre zumbis que tomam conta do planeta.
Então, é o caso de tratarmos o material como algo que vai além do tema, e é exatamente isso o que pudemos analisar do segundo episódio 'Infectados' - já disponível na plataforma da HBO Max. É muito prático, ficar circulando pelos tantos valores de produção, vistos neste capítulo mais recente, principalmente, se colocarmos em prática, aquele velho exercício de comparação entre o que foi feito para o jogo de vídeo game e a produção serial original da HBO.
Contudo, o que realmente vale um destaque qualitativo, até o momento, é a forma como esta narrativa trabalha seu bem mais rico, no caso, as personagens. E, em 'Infectados', ninguém chamou mais a atenção do que Anna Torv - intérprete da personagem Tess.
Quem acompanhou Game of Thrones, já sabia que qualidade de produção era garantia certa, em se tratando de HBO. Ano passado, tivemos A Casa do Dragão para provar, mais uma vez, o poder de investimento da rede de televisão americana. E, mais impressionante que os efeitos visuais para criar figuras fantasiosas e dragões, é o primor da direção de arte na construção de cenários incrivelmente imersivos.
Pelo segundo capítulo 'Infectados', testemunhamos o quanto que a HBO se importa com o envolvimento de fãs e assinantes, naquele mundo à parte de tudo o que já viram antes. Sendo que ficam nos menores detalhes, toda aquela riqueza que fazem tantos e mais tantos, ficarem completamente encantados e hipnotizados com aquilo que seus olhos assistem. Por essas e outras, que certamente veremos a HBO na vanguarda, quando o assunto é excelência na transposição do material.
Por volta dos 15 minutos, do mais recente episódio de The Last of Us, terão uma chance de observar um enquadramento que dirá tudo o que precisariam saber dali em diante. Temos três personagens em cena, Ellie (Bella Ramsey), Tess (Anna Torv) e Joel (Pedro Pascal), onde cada um destes encontra-se em uma posição diferente, que resume com precisão o que cada um destes representa ou almeja, naquele específico momento.
A jovem Ellie encontra-se banhada pelo feixe de luz, como a esperança de uma vida e futuro que nem a própria tem a noção que significa; enquanto, Joel está totalmente imerso na escuridão das sombras, sem qualquer traço de fé ou otimismo a respeito de uma realidade diferente daquela que viveu pelos últimos 20 anos.
Agora, quando analisamos Tess, que percebemos aquele que foi o maior trunfo de 'Infectados', pois ela encontra-se entre ambos, a luz e a sombra, como que no meio da esperança e a realidade. Alguém que fez o movimento de sair da escuridão, na busca de uma versão diferente para sua própria vida, através de uma performance nuançada de Anna Torv, que encheu a tela de calor e rigidez. Se The Last of Us continuar apostando nas características e traços de suas personagens, certamente, será (muito) mais do que apenas uma trama de sobrevivência em um mundo de monstros.
Este post The Last of Us, da HBO Max, trabalha luz e sombra, através das personagens foi publicado primeiro no Observatório da TV.