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Carla Bridi atuava na equipe de Brasília desde a fundação do canal de notícias no Brasil
A repórter Carla Bridi anunciou na última quarta-feira (24/08), que está deixando a CNN. A jornalista atuava na equipe de Brasília e estava no canal de notícias desde janeiro de 2020, meses antes de iniciar suas operações oficialmente no Brasil.
Nas redes sociais, a jornalista contou a novidade e agradeceu a oportunidade que o canal lhe deu. Carla ainda revelou que começará um novo trabalho na agência internacional de notícias AP News, em Nova York, nos Estados Unidos, como correspondente, e agora reportará a corrida eleitoral para veículos de todo o mundo.
"A CNN Brasil me trouxe a oportunidade de ser uma repórter de televisão (aquele sonho de infância que vira realidade) e, como se não fosse o suficiente, de fazer parte da imprensa que cobre política nacional na capital do País. Até jornal eu cheguei a apresentar", iniciou ela.
"Hoje um ciclo se encerrou, mas levo pra sempre comigo a experiência de ter visto uma TV nascer do zero. Sou só gratidão. Começo agora uma nova etapa na AP News como correspondente em Brasília para os gringos. Evoé", escreveu ela no Instagram.
Em maio de 2021, Carla Bridi relatou nas redes sociais ter sofrido ameaças por parte da segurança do governo no Palácio do Planalto. Enquanto tentava seguir o comboio do presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), ela disse ter sido intimidada por um segurança sem máscara de proteção contra a Covid-19. No momento, ele ainda se aproximou dela e teria colocado a mão em cima da própria arma.
"Ao entrarmos no carro da emissora para tentar seguir o comboio presidencial, gritaria - segurança sem máscara começou a nos ameaçar, colocou a mão em cima da arma. Dois colegas de outros veículos foram ameaçados por outro segurança - esse de fato tirou a arma do cinto", disse ela em dos tuítes de sua thread no Twitter.
Bridi ainda contou que o segurança disse que anotaria o nome da equipe — o que ela se recusou a passar. Além disso, também houve hostilização por parte dos apoiadores do presidente.
Na ocasião, a CNN Brasil se manifestou por meio de uma nota de repúdio em relação ao tratamento dispensado à repórter. Já a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) afirmou que foi cumprido o protocolo de segurança existente para esse tipo de evento e que a versão publicada pela jornalista "distorce o fato ocorrido e carece de credibilidade".
"Os profissionais de imprensa e os apoiadores do Presidente têm ciência de que, na iminência da sua entrada ou saída do Palácio Alvorada, bem como após suas palavras ao público presente, todos devem aguardar a saída do comboio para se movimentarem", dizia o comunicado oficial.
Confira, abaixo, a thread que Carla Bridi publicou na época:
Após o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro à imprensa - que falou de tratativas com a Rússia sobre a liberação de um brasileiro preso no país, mas sem uma palavra sobre vacinas - começou a hostilização contra a imprensa. Segue o thread %uD83D%uDC47%uD83C%uDFFC
%u2014 Carla Bridi (@acarlabridi) May 2, 2021