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O que Tati Machado e Micheli Machado têm em comum além do sobrenome?

Especialista em luto gestacional, psicóloga Natália Aguilar fala sobre a dor da perda de um bebê e o silêncio que ainda envolve essa experiência

Tati Machado e Micheli Machado Reprodução Instagram
Luto gestacional: o que Tati Machado e Micheli Machado têm em comum além do sobrenome
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Redação Entretenimento clock 03/06/2025 18:03
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As comunicadoras Tati Machado e Micheli Machado emocionaram o público ao revelarem suas histórias de perda gestacional, unidas não apenas pelo sobrenome, mas pela coragem de dar voz a uma dor profunda e pouco reconhecida socialmente. Ambas compartilham a difícil experiência de perder um filho ainda na gestação e a luta para validar a existência desses bebês que partiram cedo demais.

 

“Meu filho (a) existiu, mesmo que por pouco tempo.” Essa frase, expressa de formas diferentes pelas duas, reflete o sentimento comum a muitas mulheres que enfrentam o luto perinatal em silêncio, muitas vezes sem amparo ou compreensão.

 

O luto que a sociedade prefere ignorar

 

 

Para a psicóloga perinatal e especialista em luto gestacional Natália Aguilar, a reação social diante dessas perdas ainda é marcada pela negação e pelo silêncio.

 

“O luto gestacional é real, ainda que a sociedade tente escondê-lo. O corpo e o coração da mãe sabem o que viveram. Validar essa dor é essencial para que ela não se transforme em sofrimento silencioso”, ressalta Natália, que também é professora e coordenadora da primeira pós-graduação em Luto Perinatal no Brasil.

 

Como acolher uma mulher que vive o luto gestacional?

 

Em uma recente publicação nas redes sociais, Natália compartilhou dicas práticas e emocionais para quem deseja oferecer apoio a quem passou por essa perda. Entre as orientações, destacam-se:

 

Diga o nome do bebê – ele existiu e merece ser lembrado.

 

Esteja presente – o silêncio acolhedor vale mais que palavras vazias.

 

Valide a dor – não minimize, o luto é real mesmo sem manifestações externas.

 

Respeite o tempo – não pressione para superar, apenas acompanhe.

 

Cuide dos detalhes – mensagens, lembranças e pequenos gestos fazem a diferença.

 

Abrindo espaço para o diálogo

 

Casos como os de Tati e Micheli ajudam a romper o tabu em torno do luto gestacional. Ao tornarem públicas suas experiências, elas dão voz a tantas outras mulheres que, por medo ou vergonha, permanecem caladas diante de uma dor que precisa ser reconhecida e acolhida.

 

Natália Aguilar está disponível para entrevistas e oferece um olhar técnico, humano e acolhedor para ampliar a compreensão sobre o luto perinatal e as formas de amparo necessárias.

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