Água Fresca para Flores
Best-seller francês ganha adaptação teatral em dois espetáculos no Teatro Feluma no dia dois de agosto às 20:00 e três de agosto às 17:00. Os ingressos custam 120,00 e 60,00 a meia entrada.
Publicado no Brasil em 2022, romance de Valérie Perrin virou fenômeno na Europa e inspira primeira montagem latino-americana da obra
A montagem adapta o romance homônimo da
escritora francesa Valérie Perrin, que foi traduzido para mais de 40 idiomas, vendeu
mais de 1,5 milhão de exemplares na França e na Itália, e atualmente está sendo
adaptado para o cinema. Esta é a primeira encenação da obra na América Latina &mdash
há apenas uma montagem anterior, francesa.
O espetáculo tem adaptação e
direção de Bruno Costa e traz Marcella Muniz no papel da protagonista Violette
Toussaint.
Após temporada de sucesso no Rio de Janeiro e em São Paulo mantendo o lirismo e a delicadeza que consagraram a obra literária. Em cena, Violette, zeladora de um cemitério numa pequena cidade da Borgonha, compartilha com o público
suas memórias, perdas e reencontros, revelando o poder transformador dos
pequenos gestos cotidianos &mdash entre eles, o cuidado com os animais abandonados,
questão central na vida da personagem e que toca diretamente a causa animal no
Brasil, segundo país com maior número de abandono de animais no mundo.
Interpretada por Marcella Muniz em seu primeiro monólogo, Violette revela ao
público a força silenciosa da memória afetiva. &ldquoSou uma leitora assídua e o livro me
arrebatou já nas 20 primeiras páginas. Nunca quis fazer um monólogo na minha vida,
mas a força da simplicidade dessa mulher é um mergulho na alma humana", afirma a
atriz, que completa 45 anos de carreira em 2025, com passagens por todas as
grandes emissoras do país e participação em 26 novelas.
Explorando as múltiplas camadas da obra original, a encenação transforma
pequenos rituais &mdash cuidar das flores, acolher visitantes, ressignificar o tempo &mdash em
manifestações de resistência e cura. A trilha sonora assinada por Thiago Muller e
Tibi, aliada a uma iluminação intimista e uma cenografia minimalista, compõe um
ambiente de suspensão, onde vivos e mortos coexistem sob a mesma luz.
Ao refletir sobre o processo de criação, o diretor Bruno Costa acrescenta: &ldquoComo o
Coelho da Alice, estamos sempre atrasados Por meio do teatro, e da história de uma
mulher simples, fazemos uma parada para refletir e nos religar ao real valor do
tempo.&rdquo
Sem perder o frescor que conquistou leitores em todo o mundo, a adaptação busca,
no palco, o mesmo equilíbrio entre dor e esperança que consagrou o romance: "É
uma celebração da simplicidade e da potência dos pequenos encontros", resumiu o
diretor.
SINOPSE
Violette Toussaint é uma mulher comum, zeladora de um cemitério numa pequena vila
da Borgonha. Seu dia-a-dia é preenchido pelo cuidado com as plantas e animais que
lá habitam, e pelas confidências comoventes, trágicas ou até cômicas dos visitantes
do cemitério, que divide com o público, assim como suas memórias pessoais . Apesar
da infância conturbada, de um marido desaparecido e de vários reveses, encontra
conforto entre os rituais e as flores do cemitério. Acredita de forma obstinada na
felicidade.