Odilon Wagner encarna o pai da psicanálise, em papel premiado
Grande sucesso no teatro brasileiro desde sua estreia em 2022, o espetáculo A Última Sessão de Freud, com Odilon Wagner e Marcello Airoldi, faz curta temporada em Belo Horizonte. A peça, que encena um encontro fictício entre Sigmund Freud, o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico literário C.S.Lewis, será apresentada no Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes), nos dias 3, 4 e 5 de maio, com sessões de sexta e sábado às 20 horas e domingo às 17 horas.
Escrita pelo norte-americano Mark St. Germain e dirigida por Elias Andreato, a peça já foi vista por mais de 80 mil pessoas nos palcos brasileiros. Odilon Wagner - indicado ao Prêmio Shell e Prêmio APCA 2022 por este papel &ndash encarna Sigmund Freud e Marcello Airoldi interpreta C.S. Lewis, dois intelectuais que influenciaram o pensamento científico e filosófico da sociedade do século 20, que travam um diálogo intenso e brilhante em um encontro no gabinete do psicanalista.
No decorrer desse encontro, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus. O texto de Mark St. Germain é baseado no livro Deus em Questão, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. - professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender por que um ex-ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, abandonar a verdade por uma mentira insidiosa - tornando-se um cristão convicto.
Freud e Lewis conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.
A conversa acontece no célebre gabinete de Freud, em Londres, que é recriado e iluminados nos palcos brasileiros, trabalho cuidadosamente efetuado por criativos profissionais, entre eles, Fábio Namatame (cenário e figurino), Fernando Passetti (assistente de cenografia), Gabriel Paiva e André Prado (desenho de luz e Nádia Hinz (iluminação).
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