GRUPO MARIA CUTIA REALIZA A MOSTRA EXCÊNTRICA

DATA

  • 10/05/2021 à 24/05/2021
  • Hora início: 18:21
  • Hora fim: 18:22

LOCAL / INFO

PREÇOS

  • Entrada Franca

Primeiro festival on-line da companhia mineira traz cenas inéditas concebidas para o digital, por palhaços convidados e estudantes de palhaçaria, com a temática da excentricidade no cotidiano. As exibições acontecerão de 10 a 24 de maio, sempre às segundas e quintas-feiras, em horários inusitados (às 18h21 e 18h22), pelo Instagram e pelo canal do Youtube do grupo. 

O Maria Cutia, grupo de teatro belo-horizontino, criado em 2006, apresenta-se, desde então, em praças, parques e ruas de Minas, do Brasil e do mundo. A partir do dia 10 de maio, segunda-feira, a trupe realiza a primeira edição da Mostra Excêntrica. Idealizado durante o isolamento, o evento traz como tônica a palhaçaria, linha de pesquisa do grupo que, em contexto de pandemia, ganha ainda mais força. O Festival segue até 27 de maio, com oficinas, apresentações e o &ldquoFim de papo&rdquo - uma conversa com brinde entre palhaços e público para encerrar a programação. As obras serão disponibilizadas sempre às segundas e quintas-feiras, no formato on-line, pelo Instagram @GrupoMariaCutiadeTeatro e pelo canal no Youtube @GrupoMariaCutia.

 

 &ldquoO excêntrico é uma caraterística que define bem a ideia de palhaço&rdquo, explica Mariana Arruda, atriz, palhaça e fundadora do grupo Maria Cutia. &ldquoEle pode ser burlesco, bobo, ridículo e excêntrico. Apesar de viver em busca de ser aceito, o palhaço não se encaixa nunca. Logo que começou a pandemia, pensamos que poderia ser divertido experimentar o palhaço dentro de casa e trabalhar com um pouco de alegria para as pessoas&rdquo, completa.

 

Segundo Leonardo Rocha, ator e co-fundador da trupe, &ldquoa mostra surge então dessa proposta de experimentar a excentricidade dentro de casa. Apesar de ser algo que pesquisamos há alguns anos, é claro que a pandemia contribuiu para colocar uma lupa sobre o excêntrico no cotidiano. Vamos estrear com o desejo de que a Mostra, futuramente, aconteça no presencial e abrace também outros temas que extrapolam as quatro paredes&rdquo, conta.

 

Durante a Mostra Excêntrica o público terá acesso, sempre às segundas e quintas-feiras, ao Minuto Excêntrico - cenas experimentais com um minuto de duração, feitas por alunos dos cursos online de palhaçaria do Grupo Maria Cutia, que serão exibidas pontualmente às 18h21, no Instagram (@GrupoMariaCutiadeTeatro).

 

Mariana Arruda relata que a proposta do &ldquoMinuto excêntrico&rdquo foi gestada no início da quarentena, quando o grupo ofereceu aulas e treinamentos artísticos para iniciantes e palhaços com formação. &ldquoFomos experimentando adaptações dos exercícios que fazíamos presencialmente nos cursos, criando assim, jogos próprios para serem feitos em ambiente virtual. Testamos também mostras de processos e aulas abertas em que os alunos buscavam, de alguma forma, a relação com o público, ao vivo. E realizamos ainda a direção de números experimentais gravados, adaptados ao ambiente virtual das redes sociais. É sempre tudo muito intenso e divertido. Por que não mostrar esse resultado para o público?&rdquo, diz.

 

Leonardo Rocha acrescenta que &ldquoo minuto excêntrico é esse espaço de experimentação da excentricidade no cotidiano que revela o trabalho desenvolvido com os alunos das oficinas do Maria Cutia. Nossa proposta é que depois da Mostra, o projeto continue acontecendo ao longo do ano, no Instagram&rdquo.

 

A programação do Minuto Excêntrico começará no dia 10 de maio (segunda-feira) com &ldquoThe Chock&rdquo, da Palhaça Brechô (Camila Freire), seguindo pelo dia 13 (quinta-feira) com &ldquoEnganei uma boba na casca do ovo&rdquo, da Palhaça Generosa (Dôte Furtado), dia 17 (segunda-feira) com a Palhaça Neve (Renata Safe), dia 20 (quinta-feira) com o Palhaço Bertulino (Leonardo Alcântara), e dia 24 (segunda-feira) com &ldquoO Natal Solitário de Catatau&rdquo, do Palhaço Catatau (Paulo Rezende).

 

No mesmo período &ndash de 10 a 24 de maio -, porém no minuto seguinte - às 18h22, palhaças e palhaços convidados, vindos de Minas e São Paulo, apresentam o Cenas em Casa, que será exibido pelo canal no YouTube da companhia (youtube.com/grupomariacutia). A proposta é oferecer ao público um cardápio de obras inéditas (entre 5 e 10 minutos), concebidas especialmente para a Mostra por artistas, como Rodrigo Robleño (BH) e Thainá Rodrigues (MG), que utilizam a casa como ponto de partida.

 

Os trabalhos previstos para o &ldquoCenas em Casa&rdquo são &ldquoTemperatura Máxima&rdquo, do Palhaço Toninho Caetano (Kauê Rocha), no dia 10 de maio (segunda-feira), &ldquoTelemarquetim Caseiro&rdquo, da Palhaça Ricota (Thainá Rodrigues), no dia 13 (quinta-feira), &ldquoPlano Baixo&rdquo, da Palhaça Julieta (Julia Mendes), no dia 17 (segunda-feira), &ldquoEstopim da Terra&rdquo, da Palhaça Estopim (Malu Grossi Maia), no dia 20 (quinta-feira), e "Um palhaço objetivo&rdquo, do Palhaço Viralata (Rodrigo Robleño), no dia 24 (segunda-feira).

 

Leonardo Rocha conta que as apresentações serão gravadas e não ao vivo. &ldquoPercebemos que no ambiente virtual é muito mais complexo conseguir organizar um pensamento e transmitir uma ideia de cena. A forma como a cena é apresentada é importante para quem assiste. Muitas vezes, em um live, há uma limitação, não temos as outras camadas necessárias para o público dentro dessa linguagem. E na palhaçaria isso é muito importante&rdquo

 

Luisa Monteiro, coordenadora de produção do Grupo Maria Cutia, completa que além da questão cênica, o fomento à cadeia produtiva das artes foi outro fator que impulsionou a companhia a optar por cenas gravadas e não exibidas no formato de live. &ldquoO projeto é realizado por meio da Lei Aldir Blanc e tínhamos também como um dos motores gerar trabalho para mais profissionais. Nesse sentido, além dos artistas convidados, tivemos condições de contratar, por exemplo, um profissional para compor as trilhas originais para as cenas produzidas e um editor para cada trabalho, pessoas que também estão por trás desse resultado&rdquo.

 

OFICINAS DE PALHAÇARIA

Quem conhece o Grupo Maria Cutia sabe que a palhaçaria é um dos pilares da companhia. Na pandemia, esse mote ganhou ainda mais força entre os cursos que eram oferecidos na Toca da Cutia. &ldquoPodemos dizer que o Maria Cutia está pautado em três matrizes: a música (ao vivo), as máscaras expressivas e a palhaçaria. É o nosso mote. A pesquisa sobre a palhaçaria sempre esteve presente em todos os nossos espetáculos. Por mais que não estejamos com o nariz de palhaço, a palhaçaria está ali, de alguma forma, seja na linguagem, na técnica, na triangulação, no jogo, na lógica. Já tínhamos um &lsquoCursaço&rsquo, um curso mais longo, mas resolvemos ampliar, e trazer também essa técnica para o formato das oficinas. Inclusive em junho seguimos com mais oficinas online do grupo&rdquo, diz Leonardo Rocha, ao comentar sobre a oficina &ldquoPara ir além&rdquo, ministrada por Raquel Sokolowicz, que também integra a programação da Mostra Excêntrica de 3 a 7 de maio.

 

Professora, diretora e atriz argentina, além de uma das primeiras mulheres a pesquisar a palhaçaria na América Latina, Raquel Sokolowicz ministra oficinas de teatro e palhaçaria há décadas na capital argentina formando diversos artistas do mundo (A oficina já está em andamento). &ldquoÉ uma das principais artistas que influenciou os estudos de palhaço do Grupo Maria Cutia. Grande pesquisadora da palhaçaria na América do Sul, com olhar muito particular que não encontramos no Brasil. É uma oportunidade para nós e para os artistas mineiros trazer a Raquel para ministrar o curso&rdquo, diz Leonardo Rocha.

 

 

 

 

 

 

 

 

&ldquoFIM DE BAPO&rdquo &ndash ENCERRAMENTO DA MOSTRA

A Mostra Excêntrica será encerrada no dia 27 de maio, quando o Maria Cutia e artistas convidados se reúnem para uma conversa descontraída e um brinde entre palhaços, ao vivo, pelo canal no Youtube da companhia (@GrupoMariaCutia), às 18h22. &ldquoA ideia é conversar sobre a Mostra, o palhaço e a pandemia. Uma &lsquoembolada&rsquo de tudo o que tem nos acontecido nos últimos tempos, e dessa coisa inusitada de um festival de palhaço excêntrico, pelas redes sociais&rdquo, conclui Leonardo Rocha.

 

GRUPO MARIA CUTIA DE TEATRO

Companhia de teatro que nasceu em Belo Horizonte, em 2006, e desde então apresenta seus espetáculos em praças, parques e ruas de Minas Gerais, do Brasil e do mundo. Nos últimos anos, aventurou-se em produções criadas para palcos e adaptou suas obras de rua para teatros fechados. Como frentes de pesquisa artística, o grupo trabalha com o diálogo entre música e teatro, numa investigação autoral que denomina música-em-cena. Em todos os seus espetáculos, a trilha é executada ao vivo pelos atores, em uma pesquisa que alia dramaturgia à canção. 

 

Em 2019, o Grupo Maria Cutia estreou o espetáculo AUTO DA COMPADECIDA, de Ariano Suassuna com Gabriel Villela e tem ativos em seu repertório 3 espetáculos de teatro de rua (também possíveis de serem encenados em palcos de teatros), dois shows cênicos e um espetáculo de palco, solo do ator Leonardo Rocha, com direção de Eduardo Moreira. Ao partir de diferentes linguagens - do jogo do palhaço, das máscaras expressivas, do ator brincante, do cancioneiro de Chico Buarque, dos textos clássicos da dramaturgia ou de uma dramaturgia original criada em processo colaborativo &ndash cada espetáculo foi elaborado de uma forma distinta, mas sempre pensado com um olhar especial e atento para o seu espectador. Desta forma, o grupo busca um teatro amplo, autoral, simples e com qualidade artística, que tem em seu público o principal interlocutor nas apresentações. 

 

Em 2011 o Grupo Maria Cutia inaugurou sua sede, a Toca da Cutia, em Belo Horizonte. O espaço, que já recebeu oficinas, ensaios abertos, espetáculos e encontros com diversos artistas nacionais e internacionais, é o ambiente de pesquisa onde a Cia desenvolve suas perscrutações estéticas sobre a música-em-cena e o teatro de rua, além das máscaras expressivas e da linguagem do palhaço. Na Toca da Cutia, acontecem também treinos e cursos de formação em palhaçaria ministrados pelos artistas do Maria Cutia. O Grupo Maria Cutia já se apresentou em 6 países, 20 estados nacionais totalizando mais de 170 cidades brasileiras, para um público superior em mais de 400 mil espectadores em seus 15 anos de história, tendo realizado mais de 950 apresentações e mais de 150 oficinas de formação.

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