FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS INTERPRETA COMPOSITORES BRASILEIROS E BEETHOVEN

DATA

  • 05/07/2018 à 06/07/2018

LOCAL / INFO

PREÇOS

  • :0,00

UNINDO PAÍSES E ÉPOCAS, FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS INTERPRETA

COMPOSITORES BRASILEIROS E BEETHOVEN

 

Obras dos cariocas Francisco Braga, de quem se celebra 150 anos, e João Guilherme Ripper, da atualidade, abrem a noite que terá também a Sétima Sinfonia de Beethoven. Serão solistas Alexandre Barros e Catherine Carignan, músicos da Orquestra.

 

 

Há 150 anos nascia no Rio de Janeiro Francisco Braga, compositor, regente e professor responsável pela formação de muitos músicos brasileiros. Pela passagem de seu aniversário, o público conhecerá seu poema sinfônico Paysage, Prelúdio sinfônico. Ainda no universo carioca, porém dos dias de hoje, a obra Concertino para oboé, fagote e cordas, de João Guilherme Ripper, tem a participação de dois instrumentistas da Filarmônica: Alexandre Barros, Oboé Principal, e Catherine Carignan, Fagote Principal da Orquestra. Encerra o programa a Sétima Sinfonia de Beethoven, o gênio de Bonn. O concerto será realizado nos dias 5 e 6 de julho, às 20h30, na Sala Minas Gerais, sob a regência do maestro Marcos Arakaki.

 

Na série de palestras sobre obras, compositores e solistas, promovidas pela Filarmônica antes das apresentações, entre 19h30 e 20h, o público poderá assistir aos comentários do maestro Arnon Oliveira, graduado em Piano e Regência pela Escola de Música da UFMG, Mestre em Musicologia, com ênfase em Música Brasileira, pela Unirio, regente e diretor artístico dos coros Madrigale e BDMG. As palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.

 

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú e contam com o Apoio Cultural da Companhia Energética Chapecó e BMPI através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

 

 

Repertório

 

Sobre Paysage, Prelúdio sinfônico

 

Francisco Braga (Rio de Janeiro, Brasil, 1868 &ndash 1945) e Paysage, Prelúdio sinfônico (1892)

Em 1890, o carioca Francisco Braga ficou entre os quatro primeiros colocados no concurso para a escolha de um hino comemorativo do advento da República, sendo recompensado com uma bolsa de estudos na Europa. Em Paris, obteve o primeiro lugar no concurso de admissão ao Conservatório, na classe de Jules Massenet. Ao final do curso, o jovem de 27 anos regeu na Salle d&rsquoHarcourt um programa apenas de compositores brasileiros. No ano seguinte, fixou residência em Dresden. Visitou por duas vezes Bayreuth, onde travou contato mais decisivo com a obra de Wagner. Em Capri, terminou Jupyra, ópera baseada em conto regionalista de Bernardo Guimarães. O sucesso da estreia, em 1900, no Rio de Janeiro, marcou o retorno do compositor ao Brasil, depois de dez anos de ausência. Foi constante e variada sua atuação no ambiente musical do país como maestro, animador cultural e professor. Artista de técnica sólida e acabamento refinado, Braga manteve-se fiel às normas estéticas românticas do final do século XIX, mesmo vivendo no momento em que novas correntes modernistas surgiam na Europa e no Brasil. Paysage foi composta em Paris e demonstra a vocação sinfônica do compositor &ndash em sua produção variada e numerosa, o poema sinfônico é o gênero em que realizou suas obras principais.

 

Sobre o Concertino para oboé, fagote e cordas

 

João Guilherme Ripper (Rio de Janeiro, Brasil, 1959) e Concertino para oboé, fagote e cordas (2013)

Consagrado compositor de óperas, o carioca João Guilherme Ripper expressa-se através de gêneros sinfônicos com igual inteligência musical e força poética. Prova disso é o Concertino para oboé, fagote e cordas, resultado da orquestração do primeiro e do terceiro movimentos de From my window nº 1. Produzida durante residência de Ripper na Kean University, entre 2011 e 2012, a peça faz parte de uma série que compreende outras duas obras representativas de um momento de reavaliação de experiências artísticas e tendências estéticas do compositor. From my window nº 1, para oboé, viola ou fagote e piano, evoca elementos tipicamente cariocas: as pedaladas pela orla, o pôr do sol e a Bossa Nova. Orla, primeiro movimento do Concertino, explora a fluidez de dois temas complementares a partir de uma ideia modificada de forma sonata. Já Bossa-nova, o segundo movimento da obra, remete-nos ao celebrado gênero musical brasileiro por meio de seu tonalismo estendido e elementos rítmicos característicos. A obra foi estreada no dia 7 de março de 2013 na cidade argentina de Rosário, na abertura do Oboefest, pela orquestra do festival tendo como solistas o oboísta Luis Carlos Justi e o fagotista Aloysio Fagerlande.

 

Sobre a Sétima Sinfonia de Beethoven

 

Ludwig van Beethoven (Bonn, Alemanha, 1770 &ndash Viena, Áustria, 1827) e a Sinfonia nº 7 em Lá maior, op. 92 (1811/1812)

No dia 8 de dezembro de 1813, Beethoven realizou na Universidade de Viena a primeira audição da Sétima Sinfonia. A pedido do público, o segundo movimento foi repetido como bis. O sucesso teve um significado especial para o compositor, pois, ao eleger o ritmo como elemento dominante da sinfonia, ele o idealizou como fator socializante, capaz de moldar os sentimentos coletivos (coincidentemente, a estreia ocorreu por ocasião de um concerto beneficente para os inválidos das guerras napoleônicas). Sob o aspecto da predominância do elemento rítmico, a Sétima se assemelha à Quinta. Entretanto, há entre elas uma diferença estrutural. Na Sinfonia nº 5, a força e a unidade advêm da recorrência da mesma célula rítmica em todos os movimentos na Sétima, ao contrário, cada andamento é modelado e diferenciado por um padrão rítmico próprio. A estratificação de uma figura rítmica persistente, facilmente perceptível em cada parte, define o perfil da Sinfonia como um todo.

 

Maestro Marcos Arakaki

 

Regente Associado da Filarmônica, Marcos Arakaki colabora com a Orquestra desde 2011. Sua trajetória artística é marcada por prêmios como o primeiro lugar no Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes (2001) e no Prêmio Camargo Guarnieri (2009). Foi semifinalista no Concurso Internacional Eduardo Mata (2007).

 

O maestro foi regente assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), bem como titular da OSB Jovem e da Sinfônica da Paraíba. Dirigiu as sinfônicas do Estado de São Paulo (Osesp), do Teatro Nacional Claudio Santoro, do Paraná, de Campinas, do Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade de São Paulo, Filarmônica de Goiás, Petrobras Sinfônica e Orquestra Experimental de Repertório. No exterior, regeu as filarmônicas de Buenos Aires e da Universidade Autônoma do México, Sinfônica de Xalapa, Kharkiv Philharmonic da Ucrânia e BoshlavMartinuPhilharmonic da República Tcheca.

 

Arakaki tem acompanhado importantes artistas do cenário erudito, como Pinchas Zukerman, Gabriela Montero, Sergio Tiempo, Anna Vinnitskaya, SofyaGulyak, Ricardo Castro, Rachel Barton Pine, ChloëHanslip, LuízFilíp, Günter Klauss, Eddie Daniels, David Gerrier, Yamandu Costa.

 

Natural de São Paulo, é Bacharel em Música pela Universidade Estadual Paulista, na classe de Violino de Ayrton Pinto, e Mestre em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts. Participou do Aspen Music Festival and School, recebendo orientações de David Zinmanna American Academy of Conducting at Aspen. Esteve em masterclasses com Kurt Masur, Charles Dutoit e Neville Marriner.

 

Seu trabalho contribui para a formação de novas plateias, em apresentações didáticas, bem como para a difusão da música de concerto em turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua como coordenador pedagógico, professor e palestrante em projetos culturais, instituições musicais e universidades.

 

Alexandre Barros, oboé

 

Alexandre iniciou seus estudos com o pai, Joaquim Inácio Barros, e foi aluno de Afrânio Lacerda, Gustavo Napoli, Carlos Ernest Dias e Arcádio Minczuk. Com o Quinteto de Sopros da UFMG venceu o V Concurso de Música da Câmara da universidade. Com o Trio Jovem de Palhetas foi menção honrosa nos concursos Jovens Solistas da Faculdade Santa Marcelina e da Osesp. Recebeu ainda o Prêmio Eleazar de Carvalho. Foi solista das sinfônicas de Minas Gerais, da UFMG, da Ufop, Orquestra Sesiminas, Filarmônica Nova, Sinfônica de Ribeirão Preto e Osesp. Integrou a Osesp e foi Primeiro Oboé da Sinfônica de Ribeirão Preto. Alexandre é Oboé Principal na Filarmônica desde 2008.

 

Catherine Carignan, fagote

 

Natural do Canadá, Catherine iniciou seus estudos de fagote aos 12 anos. No Conservatório de Música do Québec, sua cidade natal, foi aluna de Michel Bettez e concluiu o Bacharelado em 2007, sob orientação de Mathieu Harel, da Sinfônica de Montreal. Estudou também com a solista Nadina Mackie Jackson na Glenn Gould School of the Royal Academy of Music, em Toronto, e participou de várias masterclasses na América do Norte, na Alemanha e no Brasil. Foi segunda fagotista da Victoria Symphony Orchestra durante um ano, e, pouco depois, tornou-se Fagote Principal na Filarmônica, em 2008, onde também integra o Quinteto de Sopros. É cofundadora do Grupo Harmona.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

 

Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais fez seu primeiro concerto em 2008, há dez anos. Diante de seu compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal, a Filarmônica chega a 2018 como um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, a nossa Orquestra, como é carinhosamente chamada pelo público, inicia sua segunda década com a mesma capacidade inaugural de sonhar, de projetar e executar programas valiosos para a comunidade e sua conexão com o mundo.

 

Números da Filarmônica de Minas Gerais em 10 anos (até abril de 2018)

965 mil espectadores 

745 concertos realizados

990 obras interpretadas

102 concertos em turnês estaduais   

38 concertos em turnês nacionais

5 concertos em turnê internacional

90 músicos

527 notas de programa publicadas no site

167 webfilmes (19 com audiodescrição)

coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral

4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica

3 CDs pelo selo internacional Naxos (Villa-Lobos)

1 CD pelo selo nacional Sesc (Guarnieri e Nepomuceno) 

3 CDs independentes (Brahms&List, Villa-lobos e Schubert)

1 trilha para balé com o Grupo Corpo

1 adaptação de Pedro e o Lobo, de Prokofiev, para orquestra e bonecos com o Grupo Giramundo

 

SERVIÇO

 

Série Presto

5 de julho &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

6 de julho &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Marcos Arakaki, regente

Alexandre Barros, oboé

Catherine Carignan, fagote

 

BRAGA              Paysage, Prelúdio sinfônico

RIPPER              Concertino para oboé, fagote e cordas

BEETHOVEN     Sinfonia nº 7 em Lá maior, op. 92

 

Ingressos: R$ 44 (Coro) R$ 50 (Balcão Palco) R$ 50 (Mezanino), R$ 68 (Balcão Lateral), R$ 92 (Plateia Central) e R$ 116 (Balcão Principal).

 

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

 

Ingressos para o setor Coro serão comercializados somente após a venda dos demais setores.

 

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 &ndash Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 20h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em quintas e sextas de concerto, das 12h às 22h

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

 

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

https://www.filarmonica.art.br/

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