ilarmônica de Minas Gerais recebe quarteto de violões Quaternaglia

DATA

  • 08/03/2018 à 09/03/2018

LOCAL / INFO

PREÇOS

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FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS RECEBE

QUARTETO DE VIOLÕES QUATERNAGLIA

Sob regência de Marcos Arakaki, Orquestra interpreta obras de Rossini &ndash em concerto que inaugura celebrações dos 150 anos de morte do compositor &ndash, Rodrigo e Guarnieri

 

 

Com a Abertura da ópera La gazza ladra, hoje consolidada como peça isolada de concerto, a Filarmônica de Minas Gerais dá início à celebração dos 150 anos da morte do compositor italiano Gioachino Rossini, nos dias 8 e 9 de março, na Sala Minas Gerais, às 20h30. Além disso, o espírito brasileiro presente nas obras de Camargo Guarnieri, por meio das peças Encantamento e Sinfonia nº 2, &ldquoUirapuru&rdquo, associa-se ao inconfundível som da música de Joaquín Rodrigo, com o Concerto Andaluz, a ser interpretado pelo quarteto de violões Quaternaglia, formado pelos violonistas Chrystian Dozza, Fabio Ramazzina, Thiago Abdalla e Sidney Molina. A regência é do maestro Marcos Arakaki. Ingressos entre R$ 50 e R$ 116, com direito a meia-entrada.

 

Na série de palestras sobre obras, compositores e solistas, promovidas pela Filarmônica promove antes das apresentações, entre 19h30 e 20h, o público poderá assistir aos comentários de Kristoff Silva, compositor, professor de teoria musical e autor de trilhas para teatro, poesia e dança. As palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.

 

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais e contam com o Apoio Cultural da Companhia Energética Chapecó e BMPI através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

 

Repertório

 

Sobre a ópera La gazza ladra

 

Gioachino Rossini (Pesaro, Itália, 1792 &ndash Paris, França, 1868) e a ópera La gazza ladra: Abertura (1817)

 

Conhecido e idolatrado em seu tempo, Rossini revelava grande inspiração melódica, exuberante técnica de improvisador e vasto instinto teatral. O &ldquosegredo&rdquo do autor de O barbeiro de Sevilha reside na vivacidade de sua música, concretizada em recursos como os crescendi, em que um tema, esboçado a princípio, caminha em repetições de intensidade crescente, até um fulgurante estrondo orquestral. Destaque, ainda, para sua capacidade de escrever melodias repletas de melancolia, tristeza e sentimentos afins do gosto pré-romântico. Exemplo típico de ópera semisséria, com alternância de elementos trágicos e cômicos, La gazza ladra baseia-se em fato real: o julgamento de uma criada, injustamente acusada de furto. Depois de sua condenação à morte, descobriu-se que as joias estavam em poder de uma ave pega, que costuma roubar objetos e levá-los para seu ninho. A alegre Abertura consolidou-se como peça isolada de concerto, a ponto de ser incluída, por Stanley Kubrick, na trilha sonora do filme Laranja Mecânica.

 

Sobre o Concerto Andaluz

 

Joaquín Rodrigo (Sagunto, Espanha, 1901 &ndash Madri, Espanha, 1999) e o Concerto Andaluz (1967)

 

O formato &ldquoconcerto&rdquo mereceu especial atenção por parte de Joaquín Rodrigo, que dedicou 15 obras do gênero a eminentes instrumentistas de seu tempo. Em 1967, o violonista Celedonio Romero encomenda, ao compositor valenciano, para seu quarteto &ndash o célebre Los Romeros &ndash, uma obra com orquestração sui generis à época: um concerto para quatro violões, com acompanhamento de orquestra. Nascia, então, o Concerto Andaluz, primeira grande obra escrita para tal instrumentária, que rapidamente se incorporaria ao repertório do violão. A estreia da obra ocorre, com o próprio quarteto Los Romeros e a Sinfônica de San Antonio, sob regência de Victor Alessandro, em novembro de 1967, na cidade de San Antonio, no Texas (EUA). Na peça, o compositor insere elementos da música folclórica andaluza, ao citar temas populares autênticos, assim como esquemas rítmicos característicos e suas atmosferas.

 

Sobre Encantamento

 

Camargo Guarnieri (Tietê, Brasil, 1907 &ndash São Paulo, Brasil, 1993) e Encantamento (1941)

 

Nos anos 1940, Camargo Guarnieri mantinha estreito contato com instituições norte-americanas, empenhadas em promover as produções musicais brasileiras do século XX. O compositor defendia a circulação de peças nacionais em âmbito mundial, para tornar sua música e a cultura do país mais conhecidas no exterior. Encantamento nasce, justamente, de encomenda feita pela Divisão de Música da União Panamericana, com sede em Washington D. C., nos Estados Unidos. Curta, a peça fora originalmente escrita para violino e piano. Tempos depois, seria transcrita para grande orquestra. A obra alterna partes contrastantes, com momentos de melodia melancólica e lenta, além de temas sincopados, de caráter vibrante. A peça foi dedicada musicólogo norte-americano Louis Charles Seeger (1886-1979).

 

Sobre a Sinfonia nº 2, &ldquoUirapuru&rdquo

 

Camargo Guarnieri (Tietê, Brasil, 1907 &ndash São Paulo, Brasil, 1993) e a Sinfonia nº 2, &ldquoUirapuru&rdquo (1945)

 

A trajetória musical de Camargo Guarnieri inicia-se em sua terra natal, Tietê (SP). Anos mais tarde, o compositor transfere-se à capital paulista, onde amplia sua relação com os ideários do nacionalismo musical, sobretudo por meio de contatos com os mestres Ernani Braga e Sá Pereira e com o escritor e musicólogo Mário de Andrade. Em 1945, Guarnieri escreve sua segunda sinfonia, dedicada a Heitor Villa-Lobos, que recebe o subtítulo de Uirapuru, em menção ao bailado escrito, em 1917, pelo compositor homenageado. Segundo a lenda, ao cantar o Uirapuru, deus do amor &ndash pássaro da Amazônia que se transforma em um belo índio &ndash, todos se calam. A Sinfonia nº 2, &ldquoUirapuru&rdquo estreia a 8 de março de 1950, sob direção de Guarnieri, à frente da Orquestra Municipal de São Paulo. Mais tarde, foi regida por Eleazar de Carvalho com a Orquestra da Radiodifusão Francesa em Cleveland e em Paris, com grande sucesso de crítica e de público. Composta por três movimentos, a obra enfatiza a brasilidade característica da obra de Guarnieri por meio de seu vasto brilho orquestral.

 

Maestro Marcos Arakaki

 

Regente Associado da Filarmônica, Marcos Arakaki colabora com a Orquestra desde 2011. Sua trajetória artística é marcada por prêmios como o primeiro lugar no Concurso Nacional Eleazar de Carvalho para Jovens Regentes (2001) e no Prêmio Camargo Guarnieri (2009). Foi semifinalista no Concurso Internacional Eduardo Mata (2007).

 

O maestro foi regente assistente da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), bem como titular da OSB Jovem e da Sinfônica da Paraíba. Dirigiu as sinfônicas do Estado de São Paulo (Osesp), do Teatro Nacional Claudio Santoro, do Paraná, de Campinas, do Espírito Santo, da Paraíba, da Universidade de São Paulo, Filarmônica de Goiás, Petrobras Sinfônica e Orquestra Experimental de Repertório. No exterior, regeu as filarmônicas de Buenos Aires e da Universidade Autônoma do México, Sinfônica de Xalapa, Kharkiv Philharmonic da Ucrânia e BoshlavMartinuPhilharmonic da República Tcheca.

 

Arakaki tem acompanhado importantes artistas do cenário erudito, como Pinchas Zukerman, Gabriela Montero, Sergio Tiempo, Anna Vinnitskaya, SofyaGulyak, Ricardo Castro, Rachel Barton Pine, ChloëHanslip, LuízFilíp, Günter Klauss, Eddie Daniels, David Gerrier, Yamandu Costa.

 

Natural de São Paulo, é Bacharel em Música pela Universidade Estadual Paulista, na classe de Violino de Ayrton Pinto, e Mestre em Regência Orquestral pela Universidade de Massachusetts. Participou do Aspen Music Festival and School, recebendoorientações de David Zinmanna American Academy of Conducting at Aspen. Esteve em masterclasses com Kurt Masur, Charles Dutoit e Neville Marriner.

 

Seu trabalho contribui para a formação de novas plateias, em apresentações didáticas, bem como para a difusão da música de concerto em turnês a mais de setenta cidades brasileiras. Atua como coordenador pedagógico, professor e palestrante em projetos culturais, instituições musicais e universidades.

 

Quaternaglia, quarteto de violões

 

Quaternaglia Guitar Quartet tem sido aclamado como um dos mais importantes quartetos de violões da atualidade, tanto pelo alto nível de seu trabalho camerístico como por sua importante contribuição para a ampliação do repertório. Em 25 anos de atuação, comemorados em 2018, o grupo &ndash formado pelos violonistas Chrystian Dozza, Fabio Ramazzina, Thiago Abdalla e Sidney Molina &ndash estabeleceu um cânone de obras originais e arranjos audaciosos, o que inclui a colaboração com compositores como Leo Brouwer, Almeida Prado, Egberto Gismonti, Sergio Molina e Paulo Bellinati. Sua atuação começou a despertar o interesse da crítica internacional no final dos anos 1990, após a obtenção do Ensemble Prize no Concurso Internacional de Violão de Havana e da participação em importantes séries de violão e música de câmara nos EUA.

 

A discografia do Quaternaglia inclui sete CDs &ndash entre os quais, Antique, ganhador do Prêmio Carlos Gomes &ndash e um DVD gravado ao vivo. O quarteto apresentou-se em 15 estados norte-americanos, em Portugal, Espanha, Austrália, Cuba, Uruguai e Argentina, assim como em 17 estados brasileiros, além de ministrar masterclasses e palestras a convite de instituições como Universidade Yale, Jacobs School of Music e Conservatório de Coimbra. O grupo foi solista de orquestras conduzidas por Isaac Karabtchevsky e Leo Brouwer na Sala São Paulo, no Theatro da Paz e no Teatro Nacional de Cuba. Compositores brasileiros dedicaram quase 50 obras ao Quaternaglia, que gravou 25 delas, e é reconhecido pela excelência de suas interpretações de Villa-Lobos e Leo Brouwer, e por performances especiais de renascença e música espanhola. Radicados em São Paulo, os músicos do Quaternaglia usam três violões de seis cordas e um de sete cordas, especialmente construídos pelo luthier brasileiro Sérgio Abreu.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

 

Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais fez seu primeiro concerto em 2008, há dez anos. Diante de seu compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal, a Filarmônica chega a 2018 como um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil. Reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, a nossa Orquestra, como é carinhosamente chamada pelo público, inicia sua segunda década com a mesma capacidade inaugural de sonhar, de projetar e executar programas valiosos para a comunidade e sua conexão com o mundo.

 

 

 

Números da Filarmônica de Minas Gerais em 10 anos (até dezembro de 2017)

950 mil espectadores 

731 concertos realizados

975 obras interpretadas

102 concertos em turnês estaduais   

38 concertos em turnês nacionais

5 concertos em turnê internacional

90 músicos

527 notas de programa publicadas no site

164 webfilmes (13 com audiodescrição)

1 coleção com 3 livros e 1 DVD sobre o universo orquestral

4 exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica

3 CDs pelo selo internacional Naxos (Villa-Lobos)

1 CD pelo selo nacional Sesc (Guarnieri e Nepomuceno) 

3 CDs independentes (Brahms&List, Villa-lobos e Schubert)

1 trilha para balé com o Grupo Corpo

1 adaptação de Pedro e o Lobo, de Prokofiev, para orquestra e bonecos com o Grupo Giramundo

 

SERVIÇO

 

Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

 

Série Presto

8 de março &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

9 de março &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Marcos Arakaki, regente

Quaternaglia, quarteto de violões

 

 

ROSSINI             La gazza ladra: Abertura

RODRIGO          Concerto Andaluz

GUARNIERI       Encantamento

GUARNIERI       Sinfonia nº 2, &ldquoUirapuru&rdquo

 

 

Ingressos: R$ 50 (Balcão Palco) R$ 50 (Mezanino), R$ 68 (Balcão Lateral), R$ 92 (Plateia Central) e R$ 116 (Balcão Principal).

 

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

 

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 &ndash Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 20h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em quintas e sextas de concerto, das 12h às 22h

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

 

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

https://www.filarmonica.art.br/

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