Filarmônica de Minas recebe maestro britânico Neil Thomson e apresenta seu trompetista principal, Marlon Humphreys, como solista

DATA

  • 28/09/2017 à 29/09/2017

LOCAL / INFO

PREÇOS

  • :0,00

FILARMÔNICA DE MINAS RECEBE MAESTRO BRITÂNICO NEIL THOMSON

E APRESENTA SEU TROMPETISTA PRINCIPAL, MARLON HUMPHREYS, COMO SOLISTA

No repertório, obras de Liadov, Walton e Tomasi

  

Nos dias 28 e 29 de setembro, o maestro britânico Neil Thomson, atual regente da Orquestra Filarmônica de Goiás, apresenta-se pela primeira vez com a Filarmônica de Minas Gerais. No programa, o nacionalismo romântico russo das Oito canções populares russas, de Liadov, e a Sinfonia nº 1 em Si bemol maior, de William Walton. O talento do trompetista Principal da Filarmônica de Minas Gerais, Marlon Humphreys, também poderá ser apreciado pelo público no Concerto para trompete, de Tomasi. Ingressos entre R$ 20 (meia) e R$ 105 (inteira).

Na série de palestras sobre obras, compositores e solistas, que a Filarmônica promove antes das apresentações, das 19h30 às 20h, o convidado é Érico Fonseca, trompetista Principal Associado da Filarmônica de Minas Gerais e professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). As palestras são gravadas e ficam disponíveis no site da Orquestra, no menu Concertos Comentados.

O maestro convidado, Neil Thomson, é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Goiás, que também é administrada por meio de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), como a Filarmônica de Minas. Em sua primeira visita a Belo Horizonte, Thomson afirma ser um desejo antigo reger a Filarmônica mineira, e justifica: &ldquoEsta orquestra é conhecida pela brilhante disciplina musical e pelo comprometimento durante os concertos. Estou ansioso para tocar na Sala Minas Gerais. Muitos dizem que é a melhor sala de concertos do Brasil.&rdquo

 

Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Itaú Personnalité. Já as palestras dos Concertos Comentados são apresentadas pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Líder Aviação.

 

O repertório

Anatoly Liadov (São Petersburgo, Rússia, 1855 &ndash Borovichí, Rússia, 1914) e a obra Oito canções populares russas, op. 58 (1906)

Metódico e autocrítico, Anatoly Liadov não escrevia sequer uma nota sem plena necessidade. Por isso, talvez, sua obra seja pouco extensa. Trata-se de composições curtas, intimistas e sem arroubos dramáticos, destinadas a piano, coro e orquestra. Em 1897, o compositor viaja pela Rússia a coletar canções folclóricas, em colaboração com Balakirev. Entre mais de cem cantos populares coletados, Liadov escolheu oito e as arranjou para orquestra sinfônica, de modo a criar suas Oito canções populares russas, op.58, com belo colorido orquestral, que remete à influência de seu mestre, Rimsky-Korsakov. As datas de composição e estreia da obra são incertas. Apesar disso, sabe-se que foi publicada, por Belyayev, em 1906. O senso formal de Liadov era impecável, o que se pode perceber ao contemplar a perfeita simetria de conjunto das Oito canções.

 

Henri Tomasi (Marselha, França, 1901 &ndash Paris, França, 1971) e a obra Concerto para trompete (1948)

Compositor pouco conhecido fora do seu país, Henri Tomasi é originário da costa sul francesa, região que recebe influência cultural italiana. A orquestração de Tomasi é brilhante, devido, principalmente, às colorações inovadoras. Sua obra compreende 16 concertos, que privilegiam, cada qual, um instrumento &ndash e não apenas os mais contemplados pelo gênero, mas, também, oboé, viola, saxofone, harpa e fagote. O mais executado deles é o Concerto para trompete e orquestra, dedicado ao trompetista Ludovic Vaillant, solista da Orquestra Nacional de Paris. Vaillant estreia a obra, em 1949, com a Orquestra da Rádio Televisão Francesa, sob regência do próprio compositor. Dono de enorme inventividade, Tomasi voltou-se para a composição na juventude, quando trabalhava com improvisações ao piano em bares, cabarés, teatros e no cinema mudo. Mesmo com sua boa formação musical, ele nunca se vinculou a qualquer escola ideológica ou estética.

 

William Walton (Oldham, Inglaterra, 1902 &ndash Ísquia, Itália, 1983) e a obra Sinfonia nº 1 em si bemol menor (1931/1935, revisão 1968)

Desde a morte de Purcell, em 1695, por dois séculos a Inglaterra não produziu um compositor à altura de seus contemporâneos continentais e recebeu muitos talentos de fora. Os primeiros compositores ingleses modernos, entre eles William Walton, surgiram a partir da efervescência cultural resultante de ações formais iniciadas no século XIX para ampliar o acesso da população à música. Autodidata, William Walton afastou-se do folclorismo natal e se deixou influenciar por outras tantas correntes europeias. Tornou-se conhecido como compositor aos 20 anos e possui uma produção relativamente pequena, mas capaz de abranger diversos gêneros: sinfonias, óperas, oratório, concertos (viola, violino e violoncelo), música de câmara e canções. O compositor também escreveu bastante para o cinema. A Sinfonia nº 1, composta aos 31 anos, tem grandes dimensões e um colorido orquestral brilhante. Para o regente da noite e conterrâneo de Walton, Neil Thomson, a Primeira Sinfonia &ldquopossui uma grandeza obsessiva, implacável em seu brilho rítmico e varredura melódica. Uma obra emocional e dramática&rdquo.

 

Neil Thomson, regente convidado

Neil Thomson é um dos mais respeitados e versáteis maestros britânicos de sua geração. Nascido em 1966, estudou com Norman Del Mar na Royal College of Music, em Londres, e com Leonard Bernstein e Kurt Sanderling no Festival de Tanglewood, nos EUA. É Diretor Artístico e Regente Titular da Filarmônica de Goiás desde 2014. Gravou com a Sinfônica de Londres e com a Filarmônica Real de Liverpool. Colaborou com diversas orquestras britânicas, como a Filarmônica de Londres, a Philharmonia, a Filarmônica da BBC, a Royal Scottish National Orchestra, a Hallé e a Royal Philharmonic. Já se apresentou com a Filarmônica de Tóquio, com as sinfônicas de Lahtu e de Oulu na Finlândia, a Royal Northern Sinfonia, a Sinfônica de Israel, a Sinfônica do Porto Casa da Música, a Osesp, a Orquestra da Rádio WDR, entre muitas outras.

De 1998 a 2006, foi chefe de regência no Royal College of Music (RCM), tendo sido o mais novo a ser incumbido do cargo. Em 1994, tornou-se membro honorário da RCM por seus serviços à instituição e tem estabelecido uma louvável reputação como professor orquestral. Em 2002, foi convidado por Lorin Maazel para ser jurado da etapa europeia da Maazel Conducting Competition. Em 2007, foi jurado, ao lado de Gunther Schuller, no Eduardo Mata International Conducting Competition, na Cidade do México, e, em 2014, foi jurado na Prokofiev Conducting Competition, em São Petersburgo.

Entre suas recentes gravações estão o CD intitulado American Violin Concertos, com a Royal Liverpool Philharmonic, assim como a estreia do novo concerto de percussão de Joseph Phibb, com Evelyn Glennie, e a rara performance da completa Incidental Music de Hassan, por Delius, no Cheltenham Festival. Tem conduzido trilhas sonoras de filmes como O Mágico de Oz, Casablanca, Psicose e Cantando na Chuva, esta com a Royal Philharmonic, no Royal Albert Hall, em Londres.

 

 

Marlon Humphreys, trompete

Natural de São Paulo, Marlon Humpreys teve uma ampla e sólida formação musical com o professor Gilberto Siqueira, trompete solo da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Em 2000, foi vencedor da quarta edição do Prêmio Weril. Com bolsa de estudos pela Fundação Vitae, aperfeiçoou-se em Chicago com Mark Ridenour, professor e trompetista da Orquestra Sinfônica de Chicago, e com o legendário Adolph Herseth. Também foi Trompete Solo na Civic Orchestra of Chicago e atuou regularmente com a Chicago Symphony, Grand Park Symphony, Rochester Philharmonic e Oak Park Symphony.

Após terminar seus estudos, Marlon mudou-se para o Japão, onde fundou a Hyogo Performing Arts Center Orchestra, em que atuou por duas temporadas como Trompete Solo, e participou do renomado Pacific Music Festival. Trabalhou com os maiores regentes da atualidade, entre eles Valery Gergiev, Daniel Barenboim e Pierre Boulez. Atualmente, além de atuar como Trompete Principal da Filarmônica, integra o grupo de artistas internacionais que formam a World Orchestra for Peace, a Orquestra Mundial pela Paz, a convite de Valery Gergiev.

 

Sobre a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais

Belo Horizonte, 21 de fevereiro de 2008. Após meses de intenso trabalho, músicos e público viam um sonho tornar-se realidade com o primeiro concerto da primeira temporada da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Criada pelo Governo do Estado e gerida pela sociedade civil, nasceu com o compromisso de ser uma orquestra de excelência, cujo planejamento envolve concertos de série, programas educacionais, circulação e produção de conteúdos para a disseminação do repertório sinfônico brasileiro e universal. Um dos mais bem-sucedidos programas continuados no campo da música erudita, tanto em Minas Gerais como no Brasil, reconhecida com prêmios culturais e de desenvolvimento econômico, em 2017 a Filarmônica está apresentando sua décima temporada e continua contando com a participação de grandes músicos para celebrar a Música e o respeito conquistado junto ao público.

 

 

SERVIÇO

 

Série Presto

28 de setembro &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Série Veloce

29 de setembro &ndash 20h30

Sala Minas Gerais

 

Neil Thomson, regente convidado

Marlon Humphreys, trompete

 

LIADOV             Oito canções populares russas, op. 58

TOMASI            Concerto para trompete

WALTON          Sinfonia nº 1 em si bemol menor

 

Ingressos: R$ 40 (Balcão Palco e Coro), R$ 50 (Mezanino), R$ 62 (Balcão Lateral), R$ 85 (Plateia Central) e R$ 105 (Balcão Principal).

 

Meia-entrada para estudantes, maiores de 60 anos, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Informações: (31) 3219-9000 ou www.filarmonica.art.br

 

Funcionamento da bilheteria:

Sala Minas Gerais &ndash Rua Tenente Brito Melo, 1090 &ndash Bairro Barro Preto

De terça-feira a sexta-feira, das 12h às 21h.

Aos sábados, das 12h às 18h.

Em sábados de concerto, das 12h às 21h.

Em domingos de concerto, das 9h às 13h.

 

São aceitos cartões com as bandeiras Amex, Aura, Redecard, Diners, Elo, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.

www.filarmonica.art.br/

+EVENTOS

Eventos