CCBB BH apresenta HAMLET, espetáculo da Armazém Companhia de Teatro

DATA

  • 02/09/2017 à 25/09/2017

LOCAL / INFO

PREÇOS

  • Inteira:20,00
    Meia Entrada:10,00

Petrobras e Banco do Brasil apresentam

HAMLET, espetáculo da Armazém Companhia de Teatro

Versão cênica de Paulo de Moraes para a obra-prima de William Shakespeare estreia dia 2 de setembro, no Centro Cultural Banco do Brasil, e marcando os 30 anos de formação da companhia

Acostumada a processos que resultam na criação de uma dramaturgia própria (vide Inveja dos Anjos e A Marca da Água &ndash que levaram o Prêmio Shell de Melhor Autor em 2008 e 2012, além de O Dia em que Sam Morreu &ndash Prêmio Cesgranrio de Melhor Texto em 2014), a Armazém Companhia de Teatro volta-se agora a outro tipo de processo, no qual o que mais interessa é seu posicionamento sobre a narrativa. Para comemorar seus 30 anos de atividades ininterruptas, a Companhia apresenta, no CCBB, em Belo Horizonte, de 2 a 25 de setembro (de sexta a segunda-feira), às 20h, o seu novo espetáculo, HAMLET. Ao partir da obra fundamental de Shakespeare, a ideia geral da Companhia é encontrar um Hamlet do nosso tempo. Um Hamlet cheio de som e fúria. Não numa atualidade forçada, mas a ressaltar aspectos da obra que dialogam com o coquetel de conflitos contemporâneos, que, todos os dias, jorra nas grandes cidades do mundo. Antes da capital mineira, a peça passou pelo Rio de Janeiro, Londrina e Curitiba. De Belo Horizonte, o espetáculo segue para Vitória.

 

Patrocinada pela Petrobras desde 2000, a Companhia completa 30 anos de existência no final de 2017, travando um complexo diálogo criativo com um dos melhores materiais dramatúrgicos da história. Hamlet é o príncipe da Dinamarca. Seu pai morreu repentinamente de uma doença estranha, e sua mãe casou-se com o irmão do falecido marido, na frente de toda a corte, depois de apenas um mês. Hamlet tem visões de seu pai, que afirma que seu irmão o envenenou, e exige que ele se vingue e mate o novo Rei (seu tio e padrasto). Hamlet se finge de louco para esconder seus planos, e vai perdendo o controle sobre sua própria realidade no meio deste processo. Ou seja, a invenção teatral do século XVI de um príncipe que fingia loucura e o espírito inflamado do nosso século entraram inevitavelmente em colisão. Já não há mais fingimento. A loucura de Hamlet tornou-se a loucura do mundo.

 

Shakespeare representa a corte real dinamarquesa como um sistema político corrupto que se torna um labirinto esquizofrênico para Hamlet. Assassinato, traição, manipulação e sexualidade são as armas usadas na guerra para preservar o poder. No centro dessa história está Hamlet, um homem desesperadamente preocupado com a natureza da verdade, um homem notável que quer ser mais verdadeiro do que, provavelmente, é possível ser. E que exige do resto do mundo que sejam todos verdadeiros com ele. Mas é possível conhecer a si mesmo integralmente? É possível conhecer integralmente as pessoas a seu redor? Hamlet se fragmenta, nossa época o faz assim, um sujeito destrutivo, atormentado e letal.

 

O diretor Paulo de Moraes acredita que &ldquoé importante tratar Shakespeare como se ele fosse um genial dramaturgo recém-descoberto com algumas coisas urgentes a dizer sobre a guerra, sobre a loucura do mundo e sobre nossos líderes políticos modernos.&rdquo No Hamlet da Armazém Companhia de Teatro, sete atores dão vida aos personagens de Shakespeare (Patrícia Selonk, Ricardo Martins, Marcos Martins, Lisa Eiras, Jopa Moraes, Isabel Pacheco e Luiz Felipe Leprevost). A tradução ficou a cargo de Maurício Arruda Mendonça, parceiro habitual de Moraes em muitas dramaturgias montadas pela companhia. &ldquoMaurício conseguiu uma poesia sem pompa, que comunica sem perder a beleza. E é grande mérito dos atores que essa poesia chegue rasgando, ela é língua, ela é corpo, ela é carne&rdquo, comenta Paulo de Moraes.

 

Hamlet foi indicado ao Prêmio Cesgranrio de Teatro 2017, nas categorias de Melhor Espetáculo, Direção, Cenografia, Iluminação, Figurino e Categoria Especial (pela Trilha Sonora Original). O espetáculo também fez a abertura do FILO Festival Internacional de Londrina, dia 11 de agosto.

 

 

Sobre a Armazém Companhia de Teatro

 

Em 2017, a Armazém Companhia de Teatro comemora 30 anos de atividades ininterruptas apresentando seu novo espetáculo HAMLET no Rio de Janeiro (estreia nacional) e nas temporadas em Belo Horizonte, Curitiba e Vitória. Em outubro, se apresenta no Wuhzen International Theatre Festival, localizado na província de Zhejiang, na China, com o espetáculo A Marca da Água. Além de outras apresentações dos espetáculos em repertório. Com mais de 30 prêmios nacionais no currículo, a companhia também foi premiada duas vezes no Festival Fringe de Edimburgo (na Escócia), com o prestigiado Fringe First Award (2013 e 2014) e no Festival Off de Avignon (na França), com o Coup de Couer de la Presse d&rsquoAvignon (2014).

 

A Armazém Companhia de Teatro foi formada em 1987, em Londrina, em meio à efervescência cultural vivida pela cidade paranaense na década de 80 - de onde saíram nomes importantes no teatro, na música e na poesia. Liderados pelo diretor Paulo de Moraes, o senso de ousadia daqueles jovens buscando seu lugar no palco impregnaria para sempre os passos do grupo: a necessidade de selar um jogo com o seu espectador, a imersão num mundo paralelo, recriado sobretudo pela ação do corpo, da palavra, do tempo e do espaço.


Com sede no Rio de Janeiro desde 1998, a companhia completa agora 30 anos de sua formação. Sempre baseando seus espetáculos em pesquisas temáticas (com a criação de uma dramaturgia própria com ênfase nas relações do tempo narrativo) e formais (que se refletem na utilização do espaço, na construção da cenografia, ou nas técnicas utilizadas pelos atores para conviver com o risco de encenar em cima de um telhado, atravessando uma fina trave de madeira ou imersos na água), a questão determinante para a companhia segue sendo a arte do ator. Busca-se para o ator uma dinâmica de corpo, voz e pensamento que dê conta das múltiplas questões que seus espetáculos propõem. E a encenação caminha no mesmo sentido, já que é o corpo total do ator que a determina.


Apesar da construção de espetáculos tão díspares e complementares como A Ratoeira é o Gato (1993), Alice Através do Espelho (1999), Toda Nudez Será Castigada (2005) e O Dia em que Sam Morreu (2014), a Armazém Companhia de Teatro segue sua trajetória sempre investindo numa linguagem fragmentada, que ordene o movimento do mundo a partir de uma lógica interna. Essa lógica interna é a voz da Armazém, talvez a grande protagonista do mundo representacional da companhia.

 

Ficha técnica

HAMLET

Da obra de William Shakespeare

Montagem da Armazém Companhia de Teatro

Patrocínio: Petrobras e Banco do Brasil

Realização: Centro Cultural Banco do Brasil

Direção: Paulo de Moraes

Versão Dramatúrgica: Maurício Arruda Mendonça

Elenco: Patrícia Selonk (Hamlet), Ricardo Martins (Claudius), Marcos Martins (Polonius), Lisa Eiras (Ofélia), Jopa Moraes (Laertes), Isabel Pacheco (Gertrudes) e Luiz Felipe Leprevost (Horácio)

Participação em Vídeo: Adriano Garib (Espectro)

Cenografia: Carla Berri e Paulo de Moraes

Iluminação: Maneco Quinderé

Figurinos: João Marcelino e Carol Lobato

Música: Ricco Viana

Preparação Corporal: Patrícia Selonk

Coreografias: Toni Rodrigues

Preparador de Esgrima: Rodrigo Fontes

Fotografias e Vídeos: João Gabriel Monteiro

Programação Visual: João Gabriel Monteiro e Jopa Moraes

Técnico de Palco: Regivaldo Moraes

Assistente de Produção: William Souza

Assessoria de imprensa: Personal Press

Produção Executiva: Flávia Menezes

Produção: Armazém Companhia de Teatro

 

Serviço

HAMLET

Da obra de William Shakespeare

Montagem da Armazém Companhia de Teatro

Direção: Paulo de Moraes

Versão Dramatúrgica: Maurício Arruda Mendonça

Elenco: Patrícia Selonk, Ricardo Martins, Marcos Martins, Lisa Eiras, Jopa Moraes, Isabel Pacheco e Luiz Felipe Leprevost

Local: Centro Cultural Banco do Brasil

Praça da Liberdade 450 &ndash Funcionários

Temporada: 2 a 25 de setembro, sexta-feira a segunda-feira, às 20h.

Ingresso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Meia-entrada: para clientes Ourocard, pessoas com necessidades especiais e um acompanhante, estudantes e maiores de 60 anos pagam meia-entrada mediante apresentação de documento comprobatório. 

Capacidade de público: 264 lugares

 

Classificação: 16 anos

Duração: 140 minutos (incluindo 10 minutos de intervalo)

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