Animação 31 minutos, coprodução brasileira, chilena e espanhola, tem pré-estreia nesta sexta-feira em BH

Filme demorou dois anos para ficar pronto e é baseado em seriado feito para televisão

por Walter Sebastião 27/07/2012 09:44

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Em 31 minutos, bichos que comandam um telejornal são surpreendidos com um sequestro (foto: Total )
Atração rara: longa brasileiro de animação nas telas. O filme chama-se 31 minutos, tem pré-estreia nesta sexta-feira e lançamento em 3 de agosto, e é uma coprodução Brasil, Chile, Espanha. É história de rapto, a mando de colecionadora de animais, de um dos integrantes de equipe de programa noticioso apresentado por bichos. Os colegas iniciam busca do companheiro de trabalho desaparecido.
 
“É filme vertiginoso, comédia muito inteligente, sarcástica mesmo, que fala de liberdade e amizade, de um modo que mexe com o espectador”, conta Marcos Didonet, produtor do filme. Os atores Márcio Garcia, Mariana Ximenes e Daniel de Oliveira fazem a dublagem.
 
Aspecto marcante, para Didonet, é a forte personalidade dos personagens. Todos têm longo desenvolvimento dramatúrgico, já que saíram de seriado (exibido pelo canal pago Nickelodeon) criado pelos chilenos Daniel Castro, Rodrigo Salinas, Álvaro Diaz, Pedro Peirano – o roteiro do filme é dos quatro e a direção dos dois últimos.
 
Concebido para crianças, conquistou plateias adultas. “Todos vão se identificar com as histórias”, garante Didonet, contando que, no Chile, a série virou “meio patrimônio nacional”. O produtor observa que, apesar de serem quatro protagonistas, estão na tela cerca de 50 personagens. É animação totalmente feita com fantoches, com filmagens divididas entre Brasil e Chile e efeitos especiais com assinatura espanhola. 
 
Marcos Didonet é um dos diretores do Festival de Cinema do Rio e foi produtor de Divã, Se eu fosse você e Assalto ao Banco Central.
 
Conheceu os autores de 31 minutos numa das edições da mostra. “Quando li o roteiro, achei uma obra-prima”, recorda. Longa de animação – e filmes para crianças –, conta, é trabalho difícil e caro. Nenhum estúdio brasileiro tem condições de ficar, por exemplo, quatro anos envolvido com o projeto, tempo de criação de A era do gelo. 31 minutos foi desenvolvido ao longo de dois anos e filmado em oito semanas. “É ato de coragem competir com produções milionárias”, observa, lembrando que conseguir cinema, nas férias, é outra parada. Por isso o lançamento em agosto.
INDÚSTRIA  “Se quisermos ter indústria cinematográfica temos de fazer também animação”, afirma Didonet. O que existe hoje são “ilhas de produções de filmes”, o que ele considera positivo. “Fazer 31 minutos trouxe, também satisfação de colaborar com a nova geração, que tem apostado na animação”, observa. É caminho em expansão, inclusive devido a políticas públicas, cujo maior mérito é o apuro técnico. Os roteiros, para o produtor, precisam ser aprimorados. “São obras que têm de surpreender pela emoção, fazer rir, fazer chorar e passar valores, o que depende muito da dramaturgia”, explica.
 
Boas produções nacionais, para ele são, O grilo feliz e Peixonauta, “a produção do pessoal do Sul” e os curta-metragens. O interesse pela área vem do fato de a produtora Total Entertainment ter atuação na área de educação ambiental. Em tempo: um dos roteiristas de 31 Minutos, Pedro Peirano, ganhou o Sundance 2012 com o roteiro de Joven y alocada.
 
Fique ligado 
 
31 minutos
Diamond 4, 11h50 
(Diamond Mall, Av Olegário Maciel, 1.600, Lourdes)
Pampulha 6, 13h20 
(Pampulha Mall, Av. Antônio Carlos, 8.100, Pampulha)
Paragem 5, 14h e 15h50 (Shopping Paragem, Av. Mário Werneck, 1.360, Buritis) Assista ao trailer do filme:


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