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Estado de Minas Bate e volta

Museu de Congonhas atinge a marca de 100 mil visitantes em busca de história e religiosidade

Inaugurado no final de 2015, o espaço cultural integra o complexo arquitetônico Barroco tombado como Patrimônio mundial pela Unesco. A 'Cidade dos Profetas' tem orgulho de ser um importante centro de peregrinação


28/07/2017 11:00 - atualizado 28/07/2017 11:52

O Museu de Congonhas abriga importantes acervos, que tratam das manifestações da fé no passado e no presente(foto: Leo Lara/divulgação)
O Museu de Congonhas abriga importantes acervos, que tratam das manifestações da fé no passado e no presente (foto: Leo Lara/divulgação)
Um museu vivo, que retrata a devoção, a arte e a história de um povo. Assim é o Museu de Congonhas, que em pouco mais de 1 ano comemorou a marca histórica de 100 mil visitantes. “O fato de em tão pouco tempo atingir os 100 mil visitantes, comprova que a decisão de fazer um museu para interpretação de Sítio do Patrimônio Mundial foi assertiva. São ações como essa que colocam o Brasil, Minas Gerais e Congonhas no mapa internacional do turismo”, afirma Célia Maria Corsino, da Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais.

Inaugurado em dezembro de 2015, fruto da parceria entre a Prefeitura de Congonhas, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco no Brasil) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Museu de Congonhas se tornou mais que um simples museu. Hoje, é um centro cultural que faz parte da vida do povo de Congonhas. Também se qualificou como roteiro imperdível para os turistas que visitam Minas Gerais.
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Construído para potencializar a percepção e a interpretação das múltiplas dimensões do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, sítio histórico, que, desde 1985, tem o título de Patrimônio mundial, o Museu de Congonhas abriga importantes acervos, que tratam das manifestações da fé no passado e no presente, como a coleção Márcia de Moura Castro, formada por ex-votos e santos de devoção; a coleção de livros do Fábio França, que é referência no Brasil sobre o barroco, a arte e a fé; além das réplicas e cópias de segurança dos profetas de Aleijadinho. A instituição também promove programa intenso de exposições temporárias. No ano passado, por exemplo, a mostra Agridoce, do artista Haroon Gunn Salie – que estabelecia uma relação da tragédia de Bento Rodrigues, em Mariana, com a realidade mineradora de Congonhas, foi escolhida pela crítica especializada como uma das melhores apresentadas no Brasil.
Sala dos Milagres é uma das que atraem milhares de turistas(foto: Eliane Gouvea/Divulgação)
Sala dos Milagres é uma das que atraem milhares de turistas (foto: Eliane Gouvea/Divulgação)

O museu tem, ainda, forte atuação cultural. Em sua programação constam apresentações artísticas, como espetáculos musicais, de dança e teatrais. Também se tornou um espaço para a produção de conhecimento, com a realização de conferências, seminários, oficinas e cursos diversos. Estudantes da região de Congonhas e de instituições de todo o país têm visitado o espaço diariamente para desenvolver projetos de extensão da sala de aula.

RECONHECIMENTO Para o turismo regional, a inauguração do museu representou uma iniciativa importante, como comprova o depoimento de comerciantes, como o congonhense Clemente Junqueira. “O museu foi um ganho para a cidade. Tenho meu comércio aqui no santuário. Cada vez que vou ao local me impressiono e descubro coisas novas. Para a cidade e para o turismo foi um ganho excelente. Cem mil visitantes é um número realmente expressivo.”
Antes de ser a
Antes de ser a "Cidade dos Profetas", Congonhas foi e ainda é um grande centro de peregrinação (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Além do reconhecimento local e nacional, o Museu de Congonhas já contabiliza, em pouco tempo, repercussão internacional. No ano passado, a instituição teve seu projeto reconhecido como uma das boas práticas internacionais de preservação da memória pelo International Award UCLG – Mexico City – Culture 21. Recentemente, o reconhecimento veio dos Estados Unidos, quando o museu esteve entre os poucos equipamentos culturais brasileiros convidados a participar do intercâmbio internacional com aquele país, objetivando troca de experiências entre os dois países.


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