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Fotógrafo premiado Márcio Cabral dá dicas de como registrar os astros

Imagem vencedora do Grande Prêmio do Foto Cerrado. de 2016 - Foto: Márcio Cabral/DivulgaçãoUm binóculo, um aplicativo instalado no smartphone, câmera fotográfica e os olhos adaptados à escuridão – esses são os itens mínimos necessários para curtir ao máximo a experiência de observar o céu. Para os inexperientes, um aplicativo no celular ajuda a localizar constelações. A câmera, configurada da maneira correta, eterniza os melhores momentos. Os olhos e o binóculo são indispensáveis – tornam os astros, em primeiro lugar, visíveis e, em segundo, mais nítidos.



Chapada dos Veadeiros - Foto: Márcio Cabral/Divulgação
Museus astronômicos, planetários e observatórios têm equipamentos e profissionais que tornam a atividade ainda mais interessante, mas a experiência de estacionar o carro na beira de uma estrada com pouca iluminação e olhar para cima, com calma, também tem seu valor. O interessante do turismo astronômico é que ele abraça todas essas possibilidades – basta que alguém, em algum lugar, saia de casa com os olhos direcionados à contemplação. Está esperando o quê para praticar?

- Foto: Márcio Cabral/Divulgação
O fotógrafo Marcio Cabral, de 40 anos, é geógrafo por formação, mas especializado e apaixonado por fotografia de paisagem há 21 anos. Com muitas fotos de céu estrelado e alguns prêmios internacionais no currículo, ele conta que sempre leva a câmera na mala – seja em saídas a trabalho, seja em passeios de férias. Um dos melhores lugares para exercitar o ofício e a paixão é a Chapada dos Veadeiros, em Goiás. Mais afastadas de Brasília, a Chapada Diamantina (BA), Fernando de Noronha (PE) e Bonito (MS) estão entre os destinos preferidos. Fora do Brasil, ele destaca a Patagônia e o Deserto de Atacama, no Chile. “Lá tem um céu perfeito para fotografia, com quase nenhuma nuvem.”

- Foto: Márcio Cabral/Divulgação
Cabral tem sua opinião sobre os melhores lugares para capturar as cenas do firmamento. “Tem que ter condições climáticas para isso, algumas técnicas e equipamentos como um tripé, câmera com boa abertura, com alto ISO e pouco ruído”, recomenda Cabral. Para os iniciantes, a dica é estudar e ver fotos de referência sobre o assunto. “Há uma infinidade de blogs e sites na internet que ensinam a tirar essas fotos. Um curso básico para entender a câmera também vale a pena.” Mas o importante é começar e, depois do treino, ver se está interessado. “Vá melhorando no equipamento, na técnica, e desenvolva suas fotos”, encoraja.

TRABALHO DURO

- Foto: Márcio Cabral/Divulgação 

 

As viagens dos fotógrafos profissionais envolvem, além da contemplação, muito planejamento e trabalho duro. Cabral conta que, quando viaja, fica de 10 a 15 dias no lugar. “A prioridade é fazer as fotos, mas nem sempre as condições climáticas estão perfeitas. Também tento equilibrar trabalho com lazer.”



- Foto: Márcio Cabral/Divulgação
Mesmo que a sessão fotográfica seja à noite, a preparação começa cedo. Cabral conta que, durante o dia, vai ao local onde deseja fotografar. Um aplicativo de astronomia instalado no smartphone indica a posição da Via Láctea e da Lua (o melhor período é o da Lua Nova) no local. “Vejo o melhor horário que a Via Láctea estará ali e volto depois.” Os equipamentos que não podem faltar para ir a campo são lanterna, tripé e câmera com lente clara. A paciência também é companheira de viagem – algumas fotos demoram uma hora ou mais para ficar prontas.

Chapada de Diamantina - Foto: Márcio Cabral/Divulgação