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Turquia encantada: conheça as piscinas quentes dos terraços de Pamukkale

- Foto: Bertha Maakaroun/EMCascatas branquíssimas, petrificadas em mármore travertino, dependuram-se sobre terraços de piscinas termais. Por entre elas escorre a água quente, límpida, que brota do subterrâneo rica em carbonato de cálcio.  As suas águas minerais aquecidas – a temperatura média é de 35 graus, mas algumas fontes alcançam 60 graus – banham a histórica cidade-spa de Hierápólis, a Sudoeste da Turquia, na província de Denizli, cujas ruínas são testemunho da herança greco-romana.


Quando estiver nadando em uma das piscinas naturais do spa, de quando em vez você esbarrará em uma milenar coluna grego-romana afundada nas águas transparentes. Não só uma, mas dezenas de pedaços de templos, entre outras edificações levantadas há mais de 23 séculos em Hierápolis. Ali se buscava a cura para todos os males, atribuída não às propriedades das águas, mas aos deuses que as guardavam.

Muito antes da popularidade atingida pelas águas de Pamukkale sob o domínio do Império Romano, no século 2 a.C., Hierápolis – que significa Cidade Santa – foi fundada pelos reis de Pérgamo, da dinastia atálida, após a morte de Lisímaco da Trácia, um dos generais e sucessores de Alexandre o Grande. Alguns de seus banhos públicos tinham capacidade para até mil pessoas. Localizada a cerca de 250 quilômetros de Pamukkale e Hierápolis, Pérgamo foi famosa principalmente por sua biblioteca, que só perdia em importância para a biblioteca de Alexandria: tamanha tradição que batizou o “pergaminho”.

Hierápolis foi cedida a Roma em 133 a.C. As águas de Pamukkale se difundiram e a cidade floresceu, atingindo o seu apogeu nos séculos 2 e 3 d.C., após ter sido destruída por um terremoto no ano 60 d.C. Entre os vestígios do período greco-romano estão, além das ruínas de banhos e de templos – como o de Apolo –, também um arco monumental, um anfiteatro e uma necrópole, onde foram encontrados cerca de mil túmulos.


Hierápolis tornou-se um bispado após a conversão ao Cristianismo pelo Imperador Constantino no ano de 330, quando Constantinopla tornou-se a capital do Oriente, portanto, a "nova Roma". Antes contudo, muitos cristãos foram perseguidos e martirizados, entre eles, São Felipe, em 80 d.C., precisamente na cidade de Hierápolis, para onde o apóstolo partiu com a esposa e filhas em pregação após a morte de Cristo. A partir de Constantino, a cidade se tornou centro religioso para o Império Romano do Leste, mantendo sempre o interesse pelas atividades termais.

Ali se buscava a cura para todos os males, atribuída não às propriedades das águas, mas aos deuses que as guardavam
 
 
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