Aplicativos ajudam deste a escolha do destino até na hora de de traduzir uma língua - Foto: Reprodução de internet
Reza a lenda que Pedro Álvares Cabral – “descobridor” do Brasil, com muitas aspas – entrou no navio em 1500 com uma missão bem definida pela Coroa portuguesa: buscar especiarias nas Índias. Por um (questionado) erro de cálculo, aportou em terras tupiniquins. No fim das contas, porém, todos à época acharam que a “barbeiragem” valeu a pena – tirando os índios, naturalmente, por óbvias e compreensíveis razões.

Suponhamos que o intrépido navegante tenha, de fato, girado o leme na direção contrária à do Cabo da Boa Esperança, que é para onde desejava ir. Antes de mais nada, claro: vamos dar um desconto ao moço, que nem sonhava com o advento do GPS ou da internet, que hoje facilitam qualquer jornada.

Mas teria Cabral se organizado o melhor que podia antes de ganhar os sete mares? Para além de falta de tecnologia, perder-se, numa viagem,afinal, às vezes é falta de planejamento. Que o diga a engenheira Camila Maia, de 28 anos, que, em seu primeiro mochilão pela Europa, realizado em 2011, cometeu um erro fatal: não buscou reconhecer o terreno de suas aventuras antes de viajar. “Viajei sem ver fotos e vídeos, ou buscar informações dos locais que visitaria e, na época, os aplicativos de viagem nem eram muito populares. Isso, inclusive, me pôs em uma situação de risco. Ou quase. Estava num táxi com uma amiga em Paris e o taxista tomou a direção de um bairro perigoso, altas horas da noite. Sorte que a minha amiga, ao contrário de mim, estava por dentro da dinâmica da cidade. Percebeu o desvio do motorista e deu o grito”

CONHECIMENTO Camila, hoje, teria facilmente evitado tal situação, por meio do uso do aplicativo Trover, por exemplo, que oferece ao viajante a possibilidade de espiar milhares de destinos de viagem por meio de fotos e vídeos antes de pegar a estrada. “Ele e o Lonely Planet são meus melhores amigos”, diz a canadense Erika Hale Massicotte, de 19, mochileira de carteirinha. “Faço uma superpesquisa sobre os locais que visito. Planejo minha viagem com antecedência e, para isso, consulto vários aplicativos. Até para fazer as malas.” A organização da estudante, porém, não para por aí. “Comparo preços de passagens aéreas usando o Skyscanner, e faço reservas em hotéis com o Booking.com. Eles me ajudam muito”.

O jornalista Gil Sotero, de 38, por sua vez, se programa para viajar usando o principalmente o TripAdvisor, que oferece dicas de viagem de mochileiros a respeito de hotéis, restaurantes, entre outros estabelecimentos. O recurso que ele julga mais útil, porém, é o Google Maps. “Com ele, consigo me locomover sem precisar ficar pedindo informação e/ou checando se o taxista está fazendo o caminho menos longo. Ao sair do táxi, já descobri que o motorista estava me levando para a direção oposta, para ganhar mais na quilometragem”, lembra. A realidade é que, hoje, há aplicativos disponíveis para planejar viagens nos mínimos dos mínimos detalhes. Preparamos, aqui, uma espécie de curadoria dos mais famosos e bem-conceituados.

Palavra de viajante profissional

Três blogueiros de viagem indicam seus aplicativos favoritos. Inspire-se:


“Os mais importantes são os mais básicos. Aplicativos de comunicação, como o Skype, por exemplo, são fundamentais, assim como outros apps do dia a dia, como Uber e Táxi.”
• Rafael Sette Câmara,
um dos autores do blog 360 meridianos

“O Google Maps é o número 1. Uso também o Google translate para me comunicar com as pessoas, o Booking.com, o Tripadvisor e o Foursquare.”
• Lívia Aguiar,
blogueira do Eu sou atoa – dicas para o viajante independente

“Eu uso o Tript em qualquer viagem. Ele é um app gerenciador de viagem, tornando possível cadastrar os voos, reservas, passeios... Tudo com horários, endereços e todas as informações necessárias. Superprático!”
• Andreza Magalhães, autora do blog Andreza Dica e Indica.