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Outro lado: Porto Seguro esbanja tesouros em forma de atração turística

Município no Sul do estado esbanja tesouros em forma de atração turística e mostra que vai muito além da Passarela do Álcool e das barracas de praia onde o axé é protagonista

Rafaella Panceri
Vale a pena aproveitar a viagem à Costa do Descobrimento para conhecer a Reserva Indígena Pataxó - Foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press - 3/11/06

Uma adega subterrânea com decoração medieval, um campo de golfe entre os mais belos do mundo e um mar azul de águas mornas – essas são algumas das muitas facetas de Porto Seguro, na Bahia, cidade com 140 mil habitantes e 17 aldeias indígenas em seu território. Além das famosas praias, do Centro Histórico e do axé, o município tem os distritos de Caraíva e Trancoso para atrair quem busca exclusividade e sossego.

Escolhido para receber a Tocha Olímpica neste ano, o destino aproveita a chegada das Olimpíadas para figurar entre os mais desejados do Nordeste. Segundo o Ministério do Turismo (MTur), as atividades turísticas serão a principal herança dos Jogos para as cidades brasileiras. No coração da Costa do Descobrimento, não será diferente.

A fórmula para o sucesso é feita de lugares incomuns. A começar pela Reserva Pataxó da Jaqueira. A língua falada por lá é o patxôhã, mas nem por isso os visitantes ficam perdidos. Ao longo do caminho, placas com palavras da língua ajudam na ambientação. Awery é a mais falada.
Significa “obrigado”.

O nome é uma homenagem à jaqueira que fica no centro da aldeia. A planta parecia morta, mas voltou a viver de repente. “Assim como a cultura pataxó”, conta a cacique Nitynawã. “Nosso objetivo é preservar a natureza e a nossa cultura.” A área de 827 hectares abriga 96 pessoas. Na escola do local, as crianças aprendem a língua portuguesa e o patxohã. Os kijemes, parecidos com casas de pau a pique, são a moradia tradicional pataxó e podem ser vistos durante o tour. Os turistas se deliciam com o peixe assado na folha da patioba (tipo de palmeira), preparado na cozinha comunitária. Um dos melhores momentos da visita é o encontro com o pajé, que carrega a essência de amescla em uma panela de barro. Aquecida, a planta libera uma fumaça que promete curar problemas respiratórios..