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Uma nova África do Sul está à espera dos visitantes

País se preparou para receber os visitantes e hoje oferece uma grande variedade de bons hotéis, culinária de qualidade internacional, receptividade e uma beleza natural de tirar o fôlego

Carolina Mansur
Cidade do Cabo é uma dos destinos preferidos pelos turistas que escolhem a África do Sul - Foto: Divulgação/ South African Tourism
 Uma nova África do Sul está à espera dos visitantes. A grande oferta de hotéis, gastronomia cosmopolita e atrações turísticas de reconhecimento internacional mostram a vocação do país para o turismo. Tudo isso somado à atratividade da moeda local, o rand, que está em baixa (um rand pode ser comprado por R$ 0,27), aparecem como motivo para colocar a África do Sul no topo dos destinos a serem visitados. Entre os locais mais concorridos estão a Cidade do Cabo e Johanesburgo, onde há várias possibilidades de entretenimento.

Com fuso horário diferente do nosso, cinco horas a mais, a adaptação pode parecer difícil no começo, mas não é. Para começar, a viagem não é tão longa como muitos imaginam. De São Paulo a Johanesburgo são aproximadamente oito horas de viagem. Já o clima tropical e a receptividade dos sul-africanos dão as boas-vindas logo de cara, o que faz tudo parecer mais fácil. Para muitos, uma das principais dificuldades pode ser a comunicação, já que o país tem 11 línguas oficiais, entre elas o inglês britânico.
Mas falar inglês é suficiente para se comunicar bem no país.

No aeroporto em Johanesburgo, a primeira surpresa foi a entrevista para imigração, onde fui convidada a sorrir mais enquanto estivesse no país. E durante a viagem não há outra coisa a fazer. Quem vai para a África do Sul pode começar a viagem por Jo’Burg, a maior cidade do país, e depois seguir para outras cidades. Em nosso roteiro, seguimos para a Cidade do Cabo, ou Cape Town, que fica a duas horas de Joanesburgo de avião, e está entre os destinos mais bonitos do país. A cidade litorânea é banhada pelo Oceano Atlântico, tem vida intensa e muitas opções de entretenimento para o dia e para a noite.

Para quem prefere passeios diurnos, vale uma esticada até a região do Waterfront, uma das mais visitadas em todo o continente africano. O local tem shopping, vários restaurantes, aquário e pode ser um bom lugar para ver a vida passar sem pressa. A Cidade do Cabo oferece várias outras opções de passeios, como a Ilha Robben – onde Nelson Mandela permaneceu preso por 27 anos durante o apartheid e fica aberta a visitas – e as vinícolas de Stellenbosch e Franschhoek, cidadezinhas que formam a segunda colônia europeia mais antiga da África do Sul.

Na Cidade do Cabo, há também prédios e monumentos históricos no Centro da cidade, que contam como a região começou e merecem uma visita. Locais que guardam marcas do apartheid, como o Supremo Tribunal, onde brancos e negros passavam por reclassificação de cor, e a igreja onde Desmond Tutu, arcebispo que recebeu o Nobel da Paz em 1984, escondia os fugitivos durante a política segregacionista, também fazem parte do conjunto de prédios. No bairro fica também o Parlamento e o prédio da prefeitura, onde Nelson Mandela fez o discurso da liberdade, em 1990.

Camps Bay é uma das praias mais concorridas da Cidade do Cabo - Foto: Divulgação/ South African Tourism BOAS FOTOS Para explorar as belezas naturais, reserve um dia inteiro para um passeio pelo extremo Sul da península, passando pelo Cabo da Boa Esperança. Não existe transporte público que faça o trajeto, de aproximadamente 60 quilômetros, mas é possível fazê-lo de carro ou contratar um serviço particular. A garantia é de paisagens de tirar o fôlego e boas fotos. A primeira parada é Hout Bay, a baía da cidade, onde ficam restaurantes, feiras de artesanato e barcos ancorados, de onde sai um passeio até a Ilha das Focas, onde há centenas de animais. O trajeto dura 20 minutos e o ingresso custa 70 rands (R$ 17).

De lá para o Cabo da Boa Esperança, ou Cape of God Hope, são mais alguns minutos.
Na Champan’s Peak, considerada uma das estradas mais bonitas do mundo, não é difícil se pegar admirando a paisagem. A chegada ao Cabo da Boa Esperança, que esteve presente nos nossos livros de história, é um capítulo à parte. Como não se lembrar das aulas sobre o local que revelou a conexão entre os oceanos Atlântico e Índico e foi importante para a expansão marítima e venda de produtos vindos do Oriente Médio pelos europeus? No local ainda é possível visitar um farol construído em 1860, onde os turistas observam o mar azul, praias desertas e vegetação rara.

De volta à Cidade do Cabo, uma visita a Table Mountain é obrigatória. O lugar, considerado uma das sete novas maravilhas naturais do mundo, impressiona pela grandiosidade e beleza. Apesar de concorrido o fim da tarde, esse pode ser um dos melhores horários para visitar o topo da montanha. Isso porque o pôr do sol faz tudo ficar mais bonito. É comum ver grupos de amigos e casais de namorados bebendo vinho enquanto se despedem do Sol. Levar uma blusa de frio, dependendo da época do ano, é uma boa pedida, já que venta muito no alto da montanha e as temperaturas ficam mais baixas que na cidade. A entrada custa cerca de 195 rands (R$ 48)..