Com fuso horário diferente do nosso, cinco horas a mais, a adaptação pode parecer difícil no começo, mas não é. Para começar, a viagem não é tão longa como muitos imaginam. De São Paulo a Johanesburgo são aproximadamente oito horas de viagem. Já o clima tropical e a receptividade dos sul-africanos dão as boas-vindas logo de cara, o que faz tudo parecer mais fácil. Para muitos, uma das principais dificuldades pode ser a comunicação, já que o país tem 11 línguas oficiais, entre elas o inglês britânico.
No aeroporto em Johanesburgo, a primeira surpresa foi a entrevista para imigração, onde fui convidada a sorrir mais enquanto estivesse no país. E durante a viagem não há outra coisa a fazer. Quem vai para a África do Sul pode começar a viagem por Jo’Burg, a maior cidade do país, e depois seguir para outras cidades. Em nosso roteiro, seguimos para a Cidade do Cabo, ou Cape Town, que fica a duas horas de Joanesburgo de avião, e está entre os destinos mais bonitos do país. A cidade litorânea é banhada pelo Oceano Atlântico, tem vida intensa e muitas opções de entretenimento para o dia e para a noite.
Para quem prefere passeios diurnos, vale uma esticada até a região do Waterfront, uma das mais visitadas em todo o continente africano. O local tem shopping, vários restaurantes, aquário e pode ser um bom lugar para ver a vida passar sem pressa. A Cidade do Cabo oferece várias outras opções de passeios, como a Ilha Robben – onde Nelson Mandela permaneceu preso por 27 anos durante o apartheid e fica aberta a visitas – e as vinícolas de Stellenbosch e Franschhoek, cidadezinhas que formam a segunda colônia europeia mais antiga da África do Sul.
Na Cidade do Cabo, há também prédios e monumentos históricos no Centro da cidade, que contam como a região começou e merecem uma visita. Locais que guardam marcas do apartheid, como o Supremo Tribunal, onde brancos e negros passavam por reclassificação de cor, e a igreja onde Desmond Tutu, arcebispo que recebeu o Nobel da Paz em 1984, escondia os fugitivos durante a política segregacionista, também fazem parte do conjunto de prédios. No bairro fica também o Parlamento e o prédio da prefeitura, onde Nelson Mandela fez o discurso da liberdade, em 1990.
De lá para o Cabo da Boa Esperança, ou Cape of God Hope, são mais alguns minutos.
De volta à Cidade do Cabo, uma visita a Table Mountain é obrigatória. O lugar, considerado uma das sete novas maravilhas naturais do mundo, impressiona pela grandiosidade e beleza. Apesar de concorrido o fim da tarde, esse pode ser um dos melhores horários para visitar o topo da montanha. Isso porque o pôr do sol faz tudo ficar mais bonito. É comum ver grupos de amigos e casais de namorados bebendo vinho enquanto se despedem do Sol. Levar uma blusa de frio, dependendo da época do ano, é uma boa pedida, já que venta muito no alto da montanha e as temperaturas ficam mais baixas que na cidade. A entrada custa cerca de 195 rands (R$ 48)..