Paris – É impensável viajar a Paris e não conhecer o Louvre, a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, a Champs Elysées, a Catedral de Notre Dame. Sem dúvida, são belos monumentos que encantam os turistas. Mas a capital francesa tem muito mais a oferecer. Ainda que a cidade tenha um sistema de metrô perfeito, que liga todos os 20 arrondissements (bairros) – digno de inveja –, caminhar pelas ruas, observando os ricos detalhes da arquitetura em cada poste, igreja, casa, monumento, é uma experiência e tanto.
É possível passar um dia inteiro sentado em um banco ou no gramado simplesmente apreciando a paisagem, descansando, ou se entreter observando grupos de capoeira, pessoas jogando bocha, correndo ou treinando boxe. Nos parques parisienses, há espaços para todo tipo de diversão e atividade física. Acrescente essa experiência em sua próxima viagem. Você vai se surpreender com o que os jardins franceses podem oferecer. O Turismo selecionou alguns desses espaços que vale a pena conhecer.
Se você pegar o metrô da linha 1 no sentido Chatêau de Vincennes e descer no fim da estação, já estará no castelo. Esse complexo enorme, construído em meados de 1170, foi residência da corte francesa e sede do governo em diversas ocasiões. Fora dele fica o Parque Florido de Paris (no Bois de Vincennes), com dois lagos, sendo um enorme, onde se pode andar de barco a remo e pedalinho, e um zoológico.
O Parque Florido é um parque de coleção de flores e jardins temáticos. No local existem várias espécies de plantas, um orquidário, hortênsias de várias cores e muito, mas muito verde. É impressionante como essas áreas verdes são bem cuidadas. Os parisienses têm orgulho, e com razão, dos seus jardins. Não se vê lixo no chão, muito menos alguém tentando arrancar uma flor ou pisando em locais proibidos.
Grupos escolares, famílias, casais de namorados e turistas passam o dia no parque.
Um dos parques de movimento intenso ao longo do dia é o Jardin des Tuileries. Situado à margem direita do Rio Sena, ele começa no Arco do Triunfo do Carrossel, no conjunto do Museu do Louvre, e termina na Praça da Concórdia. Criado no século 16, em estilo italiano, para decorar o entorno do Palácio das Tuileries, foi transformado pelo paisagista André Le Nôtre, mesmo autor dos jardins que fazem parte do Palácio de Versalhes, em 1664. O Jardin des Tuileries ganhou estilo francês, com fontes e estátuas ornamentais.
Enquanto muita gente utiliza apenas como ponto de passagem do Louvre à Praça da Concórdia, atravessando-o rapidamente, outros usufruem de tudo o que o jardim oferece. A começar pelo intenso verde com cadeiras colocadas ao redor dos lagos para quem quiser descansar, ler um livro ou simplesmente se reunir com os amigos.
Atletas e esportistas também aproveitam os espaços verdes para treinar, correr e fazer exercícios. As áreas do Jardin des Tuileries são palcos para apresentações diversas (um grupo brasileiro fazia exibição de capoeira no local e atraía os olhares de turistas). Também é comum famílias e grupos de amigos fazendo piquenique nos gramados.
O local tem boa infraestrutura de lanchonetes e bares. O problema é a falta de banheiros públicos. O único fica perto da Praça da Concórdia, já no final do jardim. Incomoda também a quantidade de vendedores ambulantes de suvenires, que abordam insistentemente os turistas. O que você não vê em outros parques e jardins parisienses.
Jardim de Boulogne
Em um dos arrondissements mais sofisticados de Paris (o 16º) está o Bois de Boulogne, um enorme parque cercado pelo verde. Construído em 1850, é considerado um dos “pulmões” da capital francesa. Ali está localizado o Jardim Acclimatation. É muito frequentado, principalmente nos fins de semana, com gente correndo, andando de bicicleta e patins, fazendo passeio de barco a remo nos lagos, onde também é possível pescar. Se preferir, no local há bicicletas para locação, bem como pôneis para as crianças. Num dos lagos fica o Restaurante Chalêt des Iles. No Bois de Boulogne, ficam os hipódromos de Longchamps e Auteuil. O lugar é extremamente agradável tanto para quem busca diversão quanto para quem está apenas querendo praticar esportes ou curtir a natureza. É bem fácil de chegar, pela linha 10 do metrô até a estação Porte d’Auteuil.
Maior parque público de Paris, com mais de 200 mil metros quadrados, o Jardim de Luxemburgo fica no 6º arrondissement. Lá está o Palácio de Luxemburgo. É um local encantador, cercado por gramados, árvores, hortênsias de diversas cores, pequenos lagos e muitas estátuas de figuras que fizeram parte da história da França. Em algumas partes dos gramados pode-se andar, sentar e descansar, em outras isso é proibido. Regra sempre respeitada pelos parisienses.
O parque tem área de restaurante e lanchonete e banheiros públicos. Como em outros espaços de Paris, é muito bem conservado. Esse é um roteiro quase obrigatório para quem visita Paris, tal a beleza do jardim e do palácio, onde funciona atualmente o Senado francês.
No jardim, está a Fonte de Médicis, onde turistas posam para fotos. É um local histórico, construído a pedido da rainha Maria de Médicis. O tanque que fica em frente à fonte foi edificado no século 19. Pelo fato de abrigar o Senado, esse local é sempre muito policiado, principalmente depois dos últimos atentados que deixaram a cidade em alerta.
Jardim de Versailles
O Palácio de Versailles impressiona pela sua imponência. Tão encantadores quanto o castelo são seus jardins, capazes de tirar o fôlego de qualquer pessoa diante de tanta exuberância E era justamente esse o intento do rei Luís XIV. A explicação é simples: ele era extremamente apaixonado por jardins e, para mostrar a todos a beleza e o poder da França, designou ao paisagista André Le Nôtre as obras dos novos jardins.
Dizem que as flores do jardim eram apresentadas em vasos, de forma a poder mudar rapidamente a decoração do local, atendendo à vontade do rei. No jardim estão grandes estátuas, sendo uma delas a que representa Apolo, com quem Luís XIV se identificava.
Hoje, o palácio e seus jardins atraem turistas de todas as partes. É uma das maiores atrações da França, distante 40 minutos de Paris pelo trem metropolitano RER da linha C, na estação Versailles-Rive Gauche. Os jardins ocupam área de 800 metros quadrados, com muito verde, cuidadosamente preservada, onde é possível fazer caminhadas pela sombra ao mesmo tempo em que você aprecia a paisagem. E que paisagem! É maravilhoso. No eixo central há m lago enorme, em que você pode alugar barcos a remo para passear, e uma fonte que jorra água sem parar.
Os jardins ficam abertos todos os dias e a entrada é franca. Reserve pelo menos um dia para conhecer e curtir essa que é uma das grandes maravilhas da França. É possível alugar um carrinho para circular pelo parque, mas o ideal é caminhar e se perder pelas alamedas diante de tanta beleza. Experimente: você não vai se arrepender.
No 19º arrondissement, na periferia de Paris (divisa com Seine-Saint Denis), está o Parque de La Vilette. O local, como os outros, remete ao lazer e ao descanso. São 55 hectares de área verde, com diversas construções, como o Museu da Ciência e Indústria, a Cidade da Música, teatros e espaços para concertos. Ali também está o cinema esférico com uma tela Imax, conhecido como La Géode.
Criado em 1987, o Parque de La Vilette recebe anualmente cerca de 10 milhões de visitantes, sendo um dos lugares mais disputados em Paris. Playgrounds, carrosséis e os gramados fazem a alegria da garotada, que corre solta pelo espaço. Programas culturais, shows, exposições, espetáculos de teatro atraem parisienses e turistas, principalmente nos fins de semana, quando o movimento se intensifica. Também é em La Vilette que fica a boate Cabaret Sauvage, onde no ano passado o rapper brasileiro Crioulo se apresentou, levando ao local uma multidão de franceses e brasileiros.
Uma das regiões mais bonitas e frequentadas de Paris é a que fica no 1º arrondissement, onde está localizado o Museu do Louvre, o Jardin des Tuileries e a Praça Vendôme. Também é ali que fica o Palais Royal, com seu lindo jardim. Ele foi construído para hospedar o cardeal Richelieu no século 17. Em torno de seus jardins estão várias lojas sofisticadas, cafés, restaurantes e museus. Colado no Palais Royal fica a Comédie Française.
Embora fique bem no Centro de Paris, os jardins do Palais Royal são um oásis de tranquilidade, em contraste com as movimentadas ruas do seu entorno. Como é cercado por prédios, muitas vezes passa despercebido pelo turista. E é justamente aí que está seu charme. É um lugar extremamente calmo e utilizado como espaço de descanso por parisienses, que aproveitam os intervalos de trabalho para momentos de relaxamento. Também noivas e debutantes usam este lindo espaço para produzir seus books fotográficos.
Criado pelo rei Luís XV para seus filhos, o Jardim de Serres d’Auteuil é uma das quatro divisões do Jardim Botânico de Paris. Fica próximo ao complexo de Roland Garros e do Estádio Parc de Princes, no arrondissement 16. O local abriga lindos jardins, esculturas e uma enorme estufa com plantas comuns e exóticas. É muito gostoso para descansar e descobrir as várias espécies de flores e árvores. Como todos os outros jardins de Paris, é bem cuidado, com extensa área verde. À esquerda, ele tem um jardim inglês, ao centro um jardim francês e à direita, o japonês. Não há cobrança de ingresso para entrar no parque.
O local é imperdível para quem aprecia botânica. Além de lindo, impressiona o tamanho das estufas. Cada uma delas tem temperatura e umidade controladas para o desenvolvimento adequado de espécies de várias partes do mundo, desde vegetação mediterrânea, norte-americana, oriental até africana. Há uma estufa de azaleias e no fundo o Palmarium, com árvores provenientes da China, do Caribe e do Vietnã, entre outras. É mais uma experiência imperdível na sua viagem.
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