Quem está acostumado a passar o dia no smartphone mandando mensagens pelo WhatsApp e atualizando o Instagram, por exemplo, não vai fazer diferente durante uma viagem. O problema é que, no caso dos destinos internacionais, ter acesso a esses serviços durante 24 horas pode não ser fácil ou custar muito caro. Mas não se desespere, pois há algumas soluções.
A estudante Gabriela Gonçalves, de 23 anos, por exemplo, prefere comprar um chip local para não ficar na mão. “Fiz isso nos Estados Unidos e na Inglaterra. Os chips eram pré-pagos e ofereciam internet ilimitada por um mês. Como costumo ficar muitos dias viajando, compensa”, assegura. Ela pagou US$ 50 e a conexão foi de grande ajuda numa ocasião em que se perdeu no metrô e não havia wi-fi. Gabriela utilizou o serviço de dados para acessar um aplicativo com o mapa e conseguiu chegar ao destino.
No entanto, a desvantagem, para quem não tem celular dual chip é passar o período da viagem sem o número brasileiro.
“Associamos um número americano a um número brasileiro, da cidade onde a pessoa mora, no mesmo chip, para facilitar o contato com quem fica. Dessa forma, além de não pagar o roaming, quem está no Brasil faz apenas uma ligação local”, explica o vice-presidente da companhia, José Luis Pelosini. É possível programar um ‘siga-me’ no celular para que as chamadas que você recebe no seu número original sejam encaminhadas ao número americano. “Isso é muito útil para quem viaja a trabalho e precisa manter contato no Brasil. Nesse momento econômico, é ainda mais vantajoso, pois ajuda as empresas a reduzirem os custos com as viagens.” Para passageiros frequentes, reservar os números do chip por ano (o que custa US$ 29) pode ser interessante.
COMPENSADORES Além dos EUA, há sites que vendem chips pré-pagos internacionais de operadoras locais para vários países, que são financeiramente compensadores em viagens longas. O Maxroam é um exemplo. Pelo site, que converte moedas, você pode comprar um chip por R$ 64,87, com bônus de 10 euros para utilizar em dados e ligações. O celular deve estar desbloqueado.
Para quem usa apenas a internet para se comunicar pelo smartphone, uma saída é o chip pré-pago de dados. “Na Holanda, comprei por 15 euros e tinha 1GB para utilizar”, conta o estudante Olívio Barbosa Neto, de 23. Já o cineasta Pedro Branco, de 28, prefere usar apenas o wi-fi público, disponível em muitos pontos na maior parte dos países, e o do local onde se hospeda. “Só descarto o roaming, pois, além de ser caro, não funciona bem em qualquer lugar.”
Se você optar pelo uso do wireless para a internet e precisar fazer ligações, vale comprar um cartão pré-pago recarregável.
Entenda
• Roaming
Diz respeito ao uso pelo cliente dos serviços de telefonia e do pacote de dados da operadora fora da área geográfica onde está registrado.
• VoIP
Conectado à web, você pode usar os apps de Voice over Internet Protocol para fazer ligações, como o Skype (com créditos, liga para telefones móveis e fixos também), o Viber e o Facetime (esse para iPhone).