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Minas são muitas; conheça os roteiros turísticos nos arredores da capital

Cidades próximas a Belo Horizonte têm encantos que conquistam visitantes de todas as partes. É possível conhecer vários lugares em um dia só ou aproveitar e ficar pelo menos um fim de semana

Gustavo Perucci

- Foto: Carlos Atman/EM

A grana está curta e o tempo é pouco. Mesmo assim aquela vontade de cair na estrada, conhecer lugares diferentes ou, simplesmente, mudar um pouco os ares persiste. A solução é simples (e mais rotineira do que se imagina!): fazer um passeio bate e volta. E quem mora na capital de Minas ou está só de passagem não vai poder reclamar de falta de opção.

Belezas naturais, cidades históricas, charmosos distritos, museus, igrejas, gastronomia, esportes de aventura, cachoeiras...  Pode ser planejado ou decidido em cima da hora. De carro ou ônibus. Sozinho ou acompanhado. O certo é que os passeios bate e volta agradam desde quem mora em Belo Horizonte e quer mudar de ares por um dia a quem está somente de passagem pela capital e tem pouco tempo para o turismo.
Claro que a distância a ser percorrida dependerá do ânimo da pessoa, mas o que não falta são atrações próximas de BH.

O Turismo listou algumas cidades e pontos turísticos a, no máximo, 200 quilômetros da capital (distância de condução, ou seja, por estrada, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem – DER/MG). Para quem quiser aproveitar mais o passeio, sem gastar muito tempo no percurso, o recomendado é não passar muito dos 100 quilômetros. Para quem topa encarar um pouco mais de estrada, mas que precisam retornar a BH no mesmo dia, 150 quilômetros de distância é um bom limite. Depois disso, o ideal é passar ao menos uma noite na cidade, mas, para os animados, vale o bate e volta. Veja a seguir alguns destaques de roteiros.

- Foto: Renato Weil/EM DESTINOS ATÉ 99KM

Pode ser planejado ou decidido em cima da hora. De carro ou ônibus. Sozinho ou acompanhado. O certo é que os passeios bate e volta agradam desde quem mora em Belo Horizonte e quer mudar de ares por um dia a quem está somente de passagem pela capital e tem pouco tempo para o turismo. Claro que a distância a ser percorrida dependerá do ânimo da pessoa, mas o que não falta são atrações próximas de BH. O Turismo listou algumas cidades e pontos turísticos a, no máximo, 200 quilômetros da capital (distância de condução, ou seja, por estrada, segundo o Departamento de Estradas de Rodagem – DER/MG).

Para quem quiser aproveitar mais o passeio, sem gastar muito tempo no percurso, o recomendado é não passar muito dos 100 quilômetros. Para quem topa encarar um pouco mais de estrada, mas que precisam retornar a BH no mesmo dia, 150 quilômetros de distância é um bom limite.
Depois disso, o ideal é passar ao menos uma noite na cidade, mas, para os animados, vale o bate e volta. Veja a seguir alguns destaques de roteiros.

- Foto: Maria Tereza Correia / EM / D.A Press Betim (30km)

Atração: Vale Verde Alambique e Parque Ecológico (www.valeverde.com.br)

Os 300 mil metros quadrados do Vale Verde Alambique e Parque Ecológico abriga uma gama de atrações que vão entreter toda a família. E o melhor: está bem perto de BH. Além da natureza, o parque tem um zoológico com mais de 130 espécies, Museu da Cachaça, orquidário, restaurante, parque de pesca e muitas outras atrações e atividades.

Escalada, tirolesa, water ball, arvorismo, bungee trampolim, arco e flecha e pedalinho são só algumas das opções e diversão que fazem do parque uma das principais atrações turísticas da Região Metropolitana de BH.

- Foto: William Gomes / Divulgação Brumadinho (53km)

Atração: Inhotim (www.inhotim.org.br)

A cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte abriga nada mais que um dos mais importantes centros de arte contemporânea do mundo. Fundado em 2006, o Instituto Inhotim é um passeio bate e volta perfeito. São 110 hectares de área de visitação. Muitas das obras são interativas. A beleza natural, aliada ao paisagismo irretocável do museu, impressiona.

O município tem mais de 35 mil habitantes e outras atrações bem bacanas, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, de 1713, e a simpática Estação Ferroviária, que em 2017 completará 100 anos. Além disso, Brumadinho é cercado pelas serras da Moeda, Rola-Moça, Três Irmãos e Conquistinha, e essa biodiversidade abundante é uma atração à parte.
Além da beleza e boas opções de hospedagem e gastronomia, a Serra da Moeda é um dos melhores locais do país para a prática do voo livre.

- Foto: Beto Novaes / EM / D.A Press Congonhas (89km)

Atração: Basílica Santuário do Bom Jesus do Matozinhos

Casa das mais famosas obras do mestre Aleijadinho, a Basílica Santuário do Bom Jesus do Matozinhos é tombada como patrimônio cultural da humanidade pela Unesco. É um dos mais importantes centros de arte barroca do país. As impressionantes imagens dos 12 profetas e do Passo da Paixão de Cristo já valem a viagem. O recém-inaugurado Museu de Congonhas, ao lado da basílica, é passeio obrigatório. Outras igrejas do século 19 e o Parque da Cachoeira completam o programa de um dia.

- Foto: Jair Amaral / EM / D.A Press Lagoa Santa (36km)

Atração: Gruta da Lapinha

O dinamarquês Peter Wilhelm Lund deixou sua marca na história de Minas Gerais. As escavações do naturalista na região cárstica de Lagoa Santa marcaram o município no mapa da espeleologia, paleontologia e arqueologia mundiais. Fósseis de animais como a preguiça-gigante, o tigre-dente-de-sabre e o tatu-gigante descobertos por Lund ganham menção no livro Teoria da evolução das espécies, de Charles Darwin.

Além dos animais, ele descobriu vestígios do hominídio mais antigo a viver na América Latina. Por isso, uma visita à Gruta da Lapinha e ao Museu Peter Lund é um ótimo programa para quem só tem um dia em Belo Horizonte. As formações rochosas da gruta datam de 6 milhões de anos.

- Foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press Ouro Preto (95km)

Atração: a cidade e seus distritos (www.ouropreto.mg.gov.br)

Ouro Preto dispensa comentários. É um dos principais destinos turísticos do país. E tem a vantagem de estar bem pertinho de Belo Horizonte. Antiga capital do estado, a cidade e seus distritos carregam uma riqueza histórica e cultural que valeriam dias de estadia. Mas, na falta de tempo, um passeio bem organizado bate e volta ou dormindo uma única noite pode ser bem interessante. Aliás, esse é um dos roteiros preferidos entre os moradores de BH.

Igrejas em estilo barroco, casarões bem-conservados, museus, galerias de arte, lojas e feirinha de artesanato, ótimos bares e restaurantes, passeio de maria fumaça, monumentos, praças, mirantes, parques ecológicos, cachoeiras, alambiques artesanais, hotéis-fazenda, visitação a minas.

Quem conhece a cidade, sempre descobre novos roteiros. E, para quem nunca foi, é recomendado pesquisar e organizar o passeio para aproveitar ao máximo o tempo curto. Além da própria Ouro Preto, vários de seus pequenos distritos são ótimas opções de passeio.

- Foto: DivulgaçãoRio Acima (36km)

Atração: Maria Fumaça
Informações: (31) 3129-8846

O passeio na Maria Fumaça de 1924 faz parte do circuito turístico da Estrada Real, e percorre 6,5 quilômetros dentro do município, margeando o Rio das Velhas. Os confortáveis vagões têm ar-condicionado e serviço de bordo, para incrementar ainda mais esse simpático passeio repleto de paisagens marcantes. Vizinha da capital, Rio Acima tem cerca de 10 mil habitantes e várias cachoeiras bem bacanas.

As principais são a do Viana, com uma queda de 25 metros, e a Dona Chica, com duas quedas, uma de 40 metros e outra de 70. Outras famosas são a do Índio e a do Engenho. Algumas delas são pagas.

- Foto: Beto Novaes/EM/D.A Press Sabará (19km)

Atração: a cidade

Sabará guarda em seus museus e casarões parte da história do estado e do país. A beleza dos antigos prédios e casarões da época do ciclo do ouro é a principal atração desse município, que fica a apenas 19 quilômetros da capital. O destaque é a Igreja Nossa Senhora do Ó, que, mesmo parecendo uma singela capela no seu exterior, é uma explosão de arte barroca na parte de dentro. Vale visitar também a Casa da Ópera, teatro de 1819, um dos mais antigos do país. A Igreja de Nossa Senhora do Carmo tem obras de Aleijadinho.

- Foto: Jair Amaral / EM / D.A Press Sete Lagoas (73km)

Atração: Gruta Rei do Mato

Dos 998 metros de extensão da Gruta do Rei do Mato, em Sete Lagoas, apenas 220 são visitáveis. Parece pouco, mas já impressiona. O tipo de formação de estalagmites e estalactites da caverna é raro. Na Grutinha, ao lado da Rei do Mato, pinturas rupestres são mais uma atração. Além disso, Sete Lagoas, na RMBH, tem outras opções de lazer interessantes, como os bares e restaurantes da orla da Lagoa Paulino e a bela vista da Serra Santa Helena com sua igrejinha.

DE 100KM ATÉ 149KM


- Foto: Cristina Horta / EM / D.A Press Cordisburgo (121km)

Atração: Gruta de Maquiné

Descoberta em 1825, a gruta foi explorada cientificamente nove anos depois pelo naturalista dinamarquês Peter Lund. As primeiras ossadas da preguiça gigante e do tigre-dente-de-sabre foram escavadas no local. A gruta conta com infraestrutura completa para visitação. Mas Cordisburgo não vive apenas de suas belezas naturais. O município da Região Central de Minas também é berço do célebre escritor mineiro Guimarães Rosa. A casa onde o autor do clássico Grande sertão veredas viveu abriga hoje um museu em sua memória.

- Foto: Marcos Michelin / EM / D.A Press Catas Altas (120km)

Atração: Santuário do Caraça

O Conjunto arquitetônico e paisagístico do Santuário do Caraça, em Catas Altas, na Região Central do estado, é um patrimônio histórico, cultural e religioso que garantem um agradável dia de passeio em família. Se estiver com sorte, pode ser brindado com uma visita do lobo guará. Mas conhecer a Igreja Neogótica, as ruínas do antigo colégio e a Escola Apostólica, além de toda a beleza da mata atlântica da propriedade, com trilhas e cachoeiras, já valem o esforço. A bucólica Catas Altas, com suas construções da época da exploração do ouro, também merece uma visita. Serra do Caraça é o nome dado a um trecho da Serra do Espinhaço.

- Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press Santana do Riacho (129km)

Atração: Parque Nacional da Serra do Cipó

Um dos programas bate e volta favoritos dos belo-horizontinos, o Parque Nacional da Serra do Cipó é famoso por suas cachoeiras e boa infraestrutura para receber os visitantes. A área preservada de mais de 33 mil hectares fica entre Santana do Riacho, Jaboticatubas, Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro (vale lembrar que todas essas cidades têm suas próprias atrações).

O santuário ecológico é um paraíso para quem curte contato com a natureza, brindando quem animar fazer uma das várias trilhas disponíveis com sua exuberante biodiversidade. A lista de cachoeiras é grande, mas aqui vão as mais famosas: Grande, Farofa, Véu da Noiva, Congonha de Cima e da Serra do Morena (1 e 2). O pequeno distrito de pouco mais de 2 mil habitantes faz parte do município de Santana do Riacho.

- Foto: Beto Novaes / EM / D.A Press Mariana (115km)

Atração: Cidade histórica

Primeira capital de Minas Gerais, a tricentenária Mariana é um dos melhores roteiros próximos a BH para quem curte história, arquitetura, arte e religião. Suas igrejas, praças e casarões erguidas pela riqueza da exploração do ouro e da fé já valem os 115 quilômetros de estrada. Visitar a Praça de Minas Gerais, onde ficam a Casa da Câmara, antiga cadeia, e as igrejas São Francisco de Assis e Nossa Senhora do Carmo é obrigatório.

O passeio de maria-fumaça até Ouro Preto e a própria estação ferroviária é mais uma opção de passeio. A Praça da Sé com sua catedral, as igrejas de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, de Santo Antônio, de São Pedro dos Clérigos, a Rua Direita, o Seminário Maior São José, o Museu da Música e a Mina da Passagem são algumas outras opções.


DE 150KM ATÉ 200KM

- Foto: Gladyston Rodrigues / EM / D.A Press São João del-Rei (185km)

Atração: Cidade histórica

Com seus 302 anos, São João del-Rei é uma das maiores e mais antigas cidades de Minas Gerais. Os sinos de suas igrejas ecoam diariamente e dão o tom de um passeio pelo Brasil colonial rico em cultura e história. Casarões, prédios públicos, monumentos e museus são as principais atrações da cidade de mais de 80 mil habitantes. As imponentes igrejas de Nossa Senhora do Pilar e São Francisco de Assis se juntam ao trecho de 12 quilômetros entre São João e Tiradentes percorrido por centenárias marias-fumaça como as atrações obrigatórias da cidade da Região Central do estado.

- Foto: Acom/PMSDP/Divulgacao São Domingos da Prata (150km)

Atração: Pedra da Baleia

Esse é um passeio para quem gosta de natureza e esportes de aventura. O conjunto de rochas chamado de Pedra da Baleia, a 15 quilômetros do município, fica situado em área de preservação de mata atlântica. É um dos pontos mais procurados de Minas por praticantes de escalada, rapel e motocross. Cachoeiras e trilhas ecológicas são outras opções de passeio.

A Pedra do Quessé, a 12 quilômetros da cidade, com sua rampa para a prática do voo livre e mirante também valem a visita. A própria São Domingos da Prata, além da tranquilidade típica das pequenas cidades do estado, tem outas atrações, como a Igreja Matriz São Domingos Gusmão, a Igreja de Santana e artesanato local.

- Foto: Acervo IER/Divulgacao Conceição do Mato Dentro (166km)

Atração: Cachoeira do Tabuleiro

Os 273 metros de queda d'água fazem da Cachoeira do Tabuleiro a mais alta do estado e a terceira do Brasil. Ela fica no coração do Parque Estadual da Serra do Intendente e por si só já valeria o passeio. É necessário certa disposição para encarar as trilhas que levam ao pé ou ao topo da cachoeira, mas o destino final compensa todo o esforço.

Além da Tabuleiro, Conceição do Mato Dentro, na Região Central do estado, tem mais de 100 cachoeiras e várias piscinas e poços naturais. Fugindo um pouco da abundante natureza da região, a cidade com mais de 300 anos de história tem sítio arqueológico e igrejas e casarões do período colonial.

- Foto: Marcelo Sant'Anna/EM/D.A Press Coronel Xavier Chaves (179km)

Atração: Alambiques de cachaça artesanal

Pequena e pacata, Coroas, como é popularmente chamado o município de Coronel Xavier Chaves, tem pouco mais de 4 mil habitantes. A cidade conta com dois alambiques de cachaça artesanal de alta qualidade com histórias bem diferentes que valem o passeio. O mais notório é o da Fazenda Boa Vista (foto) –  mais antigo em funcionamento no Brasil –, que produz a cachaça Século XVIII.

A propriedade pertenceu ao irmão de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, e até hoje é tocada por descendentes do inconfidente. A outra é a Jacuba, que mesmo mais nova, já é reconhecida nacionalmente como uma pinga de qualidade. Quem quiser conhecer a produção 100% artesanal pode aproveitar e passar uma noite no Hotel-fazenda Bela Vista, onde a bebida é destilada.

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