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Estado de Minas

Playa del Carmen é balneário com ares cosmopolitas

Cidade litorânea ocupada por estrangeiros de várias partes do mundo, Playa del Carmen concentra restaurantes e bares que se destacam pela culinária tradicional mexicana e outras


12/01/2016 06:00 - atualizado 21/12/2021 10:41

Na Quinta Avenida, a principal de Playa del Carmen, é onde se concentra a maior parte de bares e restaurantes
Na Quinta Avenida, a principal de Playa del Carmen, é onde se concentra a maior parte de bares e restaurantes (foto: Cristiane Silva/EM/DA Press)

No coração da Riviera Maia fica a cidade de Playa del Carmen. Na era pré-colombiana, o local era conhecido como Xaman Ha, ponto de partida para a ilha de Cozumel, onde os maias prestavam culto à deusa Ixchel, ligada à Lua e à fertilidade. O povoado se firmou no início do século 20, se expandindo na década de 1980 com o turismo.

Playa del Carmen recebeu estrangeiros de diferentes partes do mundo que se fixaram por lá. A influência cosmopolita pode ser vista em uma simples caminhada pela cidade litorânea, onde a arquitetura charmosa chama a atenção em uma olhada pelos sobrados. Ao longo das ruas, a confusão de idiomas dá ares cosmopolitas ao balneário.

Na Quinta Avenida, a principal de Playa del Carmen e paralela ao mar, pode se encontrar de tudo. É lá que se concentram os principais restaurantes e bares, onde se pode desfrutar da culinária tradicional mexicana, assim como amostras da cozinha argentina, asiática, italiana, entre outras, e casas noturnas, como a filial do Coco Bongo.


PASSEIO POR PLAYA
De ponta a ponta há lojas especializadas em artesanato, que garantem uma viagem pela cultura do México. É lá também que estão os melhores preços para quem quer adquirir suvenires. Em uma caminhada pela Quinta, você passa por lojas com camisetas divertidas, fábricas de charutos, vitrines lotadas de caveiras mexicanas multicoloridas, e as famosas máscaras de luta livre. Vendedoras usando os tradicionais vestidos de renda branca e bordados oferecem batas e os tradicionais ponchos. Você pode parar para tirar uma foto com a estátua de um “bandolero” mexicano sentado em um banco, experimentar sombreiros de diversos tamanhos e modelos. Em meio a isso tudo, ainda há vitrines de marcas famosas em todo o mundo.

Para sair um pouco da agitação, siga em direção à praia e não deixe de passar pela Capela de Nossa Senhora del Carmen. A construção graciosa, marcada por arcos brancos na entrada e cercada de coqueiros, é um convite à reflexão. Uma placa comemorativa dos 113 anos da cidade explica que ela foi construída pelas primeiras famílias de Playa del Carmen, com pedras de vestígios maias, areia e água do mar. O altar da capela tem vista para o oceano.



Não muito longe dali, outro grande monumento ganhou a paisagem em 2012. É o Portal Maya, que fica no Parque Fundadores. O arco, formado por um homem e uma mulher erguidos por espirais, que se dão as mãos, tem quase 20 metros de altura e dá as boas-vindas aos banhistas. Do mexicano José Arturo Tavares, o Portal Maya foi erguido para marcar o fim do calendário maia, com o início de uma nova era de amor e prosperidade.

Para quem quiser um espaço mais reservado para pegar aquele bronze e aproveitar uma boa refeição, bebidas, praia e piscina com todo o conforto, uma boa pedida é o Kool Beach Club, na Calle 28. Os pacotes, que custam a partir de 150 pesos por pessoa, garantem acesso ao clube das 8h às 18h, internet, crédito (no valor da entrada) para comidas e bebidas, entre outros.

Xcaret Park, perto de Playa del Carmen, é visita para um dia inteiro. O parque mistura ecoturismo com arqueologia e cultura mexicana
Xcaret Park, perto de Playa del Carmen, é visita para um dia inteiro. O parque mistura ecoturismo com arqueologia e cultura mexicana (foto: Ricardo Espinosa-reo/CPTM)


PARQUES E ATRAÇÕES Outro atrativo da Playa del Carmen é a proximidade com alguns dos principais parques e atrações da Riviera Maia. De lá, é possível seguir para a Ilha de Cozumel em uma viagem de cerca de 40 minutos de ferry. As embarcações saem diariamente, desde que as condições climáticas permitam. Nas redondezas também estão os parques Xplor e Xcaret.

Xcaret é uma visita para um dia inteiro. O parque mistura ecoturismo com arqueologia e cultura mexicana. Entre as 40 atrações disponíveis estão a travessia dos rios subterrâneos, snorkeling, nado com golfinhos e contato com tubarões. Xcaret tem um aquário com diversas espécies marinhas, além de um borboletário, espaços com mamíferos e um santuário de aves. A maioria delas está solta e nem se incomoda com a passagem das pessoas pelo caminho. Durante essa trilha, o visitante pode se divertir com as máquinas fotográficas automáticas espalhadas pela vegetação. Xcaret tem sua própria praia. Se não quiser nadar, é só pegar uma das boias e ficar flutuando, pois as águas são bem calmas.

Uma das coisas mais interessantes sobre o parque temático é a sensação de estar em um lugar que reúne toda a diversidade do país. Há apresentações de mariachis, shows de cavalgada. Também é possível visitar a réplica de um cemitério do interior do país, completamente diferente dos que existem no Brasil. São túmulos coloridos, com produções de igrejas ou referências à vida da pessoa. Chamam a atenção as inscrições divertidas sobre as lápides, pois acredita-se que elas afastam a tristeza dos mortos.

Veja imagens do Parque Xcaret


Dentro de Xcaret ainda existe uma típica fazenda mexicana, que abriga um museu que recria os hábitos da população no passado. A réplica da cozinha é especialmente interessante. Em um dos cômodos, há vários elementos do folclore mexicano, entre eles a Árvore da Vida: as esculturas lembram um presépio que se desenvolve ao longo dos galhos de uma árvore, mostrando desde elementos da criação do mundo, como na Bíblia, ao ciclo de vida e morte. São vários modelos, algumas temáticas (há uma só com sereias, outra com caveiras mexicanas).

No fim do dia, tochas são acesas e atores representando guerreiros e personagens da cultura maia se espalham pela entrada da arena, onde é realizado o show Mexico espectacular. São 300 atores, com uma produção impecável, se revezando na arena para mostrar a história do país desde antes da chegada dos espanhóis até a cultura atual, passando por todas as regiões do país, com música e dança. Entre as apresentações há um jogo de bola maia, parecido com o futebol, em que a bola é jogada com o quadril e deve passar por um aro, representando uma antiga lenda maia.

Outros lugares para visitar na região

(foto: Cristiane Silva/EM/DA Press)

• Cenotes

Os cenotes, grandes cavernas com lagos de água doce, são um grande atrativo da região. As formações eram muito importantes para o povo maia, porque, além de fonte de água potável, eram cenários de cerimônias religiosas, sendo considerados portais para o inframundo (o mundo dos mortos). Hoje, é possível se aventurar e sentir um pouco da energia e beleza que emanam desses lagos (alguns com dezenas de metros de profundidade) entre a Riviera Maya e Cancún. É possível contratar o pacote do Tour Xenotes Oasis Maya e visitar alguns deles entre Cancun e Puerto Morelos. O serviço inclui transporte, saindo do hotel, alimentação, guia e os equipamentos necessários para desfrutar das fontes, que ficam no meio da selva. Cada cenote do tour – representados pelos quatro elementos – tem uma atividade, como descida de tirolesa, rapel e snorkeling. Há um desconto para quem compra os ingressos pela internet: www.xenotes.com.

Unidade do Sandos em Cancún favorece o luxo
Unidade do Sandos em Cancún favorece o luxo (foto: Sandos Hotels & Resorts./Divulgação)

Hotéis
Nas regiões da Riviera Maya e Cancún há hotéis para todos os gostos e bolsos. Dos resorts all inclusive aos hostels, as opções são diversas. Um dos all inclusive mais famosos é o Hard Rock Hotel Riviera Maya, no balneário de Puerto Aventuras, próximo a Playa del Carmen. O resort é dividido em duas unidades: Hacienda, que tem vários shows e atividades noturnas, mas um perfil mais voltado para a família, e o Heaven, exclusivo para adultos, com boates, bares e restaurantes. São mais de 1,2 mil quartos. A marca registrada dos hotéis do Hard Rock é a homenagem à música. Espalhados pelo resort estão várias peças e instrumentos musicais de artistas do rock e da música pop, desde Beatles a Johnny Cash e Cher. Ainda na Riviera, misturando ecoturismo e história, há o Sandos Caracol Eco Resort. Muito verde, contato com animais, parque aquático, passeio romântico pelo rio que corta o hotel, praia e até vestígios maias, encontrados durante obras de ampliação do hotel. O Sandos Caracol tem seu próprio cenote. Para quem vai com a família, há um clube exclusivo pra crianças.


(foto: Cristiane Silva/EM/DA Press)

Isla Mujeres
A Isla Mujeres está tão perto de Cancún que é possível vê-la da praia, principalmente na maré baixa. É uma boa opção para quem quer dar uma escapada da cidade cosmopolita e ir para um balneário com clima de interior. Para chegar, é preciso embarcar em um ferry em Puerto Juárez ou Playa Tortugas, em Cancún. A viagem leva cerca de meia hora. A maneira mais fácil de se deslocar pela ilha é alugando um carrinho de golfe logo na saída do porto. Em algumas horas você pode visitar Isla Mujeres da Punta Sur à Playa Norte.Punta Sur é o ponto mais alto da península de Yucatán e o primeiro lugar onde o sol nasce no México. O local recebe centenas de pessoas no ano-novo para rituais de agradecimentos e pedidos de bênçãos. No local, ficam as ruínas de um templo dedicado a Ixche, depois do Jardim das Esculturas, que abriga obras contemporâneas de artistas mexicanos. A vista é espetacular, com as ondas do mar azul-turquesa quebrando nas falésias. Há uma taxa para acessar o local, mas a experiência vale a pena. Ao atravessar a Isla Mujeres em direção a Playa Norte, uma das melhores da ilha, há várias lojas e barracas de artesanato e restaurantes. Em meio a mansões, há casas mais simples dos ilhéus, e chama a atenção a devoção à Virgem de Guadalupe, que aparece em muitas fachadas seja em forma de pintura ou altares.

Aluxes
Na visita aos cenotes, é possível observar que cada um é representado por um Alux. Na cultura maia, os aluxes eram pequenos espíritos invisíveis – mas que podiam se materializar – que viviam nas florestas. As pessoas costumavam construir casinhas para os aluxes, para que eles garantissem chuva e proteção da propriedade contra animais selvagens e outros perigos. Há várias representações deles espalhadas pelo parque.

* A jornalista viajou a convite da Copa Airlines e do Conselho de Promoção Turística do México no Brasil


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