Navegar em alto-mar e desvendar o universo debaixo d’água pode parecer aventura para profissionais. Não é. Em Alagoas, conhecer a biodiversidade aquática fica ao alcance até de quem não sabe nadar. O litoral norte do estado concentra 130 quilômetros de piscinas naturais de águas calmas, mornas e de azul-esverdeado cristalino. Paripueira e Maragogi, respectivamente, a 36 quilômetros e a 130 quilômetros da capital, Maceió, são os destinos mais procurados, parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, maior unidade de conservação marinha do Brasil.
Maragogi é o segundo lugar mais visitado de Alagoas, atrás apenas da capital. As piscinas naturais em alto-mar são o principal chamariz. Elas se formam em decorrência das barreiras de corais, que dificultam a entrada da água na maré baixa. Resultado: lá longe, no oceano, a mais de seis quilômetros da orla, é possível andar com água batendo na cintura.
Ao mergulhar, corais, ouriços, moluscos, cardumes, com destaque para o sargentinho, peixe amarelo de listras pretas.
O preço gira em torno dos R$ 75 por pessoa, geralmente com o snorkel incluído. Esse, aliás, é um item indispensável, pois facilita muito a observação subaquática. A melhor época para visitação é no verão, quando as águas ficam mais transparentes. Independentemente do período, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) impôs limite de visitação. A relação de catamarãs autorizados pelo ICMBio está no site da instituição (www.icmbio.gov.br).
Mesmo assim, não pense em nada muito exclusivo ou privativo. O passeio é lindo, mas atrai aglomerações que podem atrapalhar a foto. E, como se trata de cartão-postal cobiçado, os operadores de turismo oferecem de tudo: álbum de foto debaixo d’água e até mergulho com cilindro.
Para quem nunca mergulhou, é um bom começo. Com a ajuda de um profissional, depois de um teste rápido de respiração, o turista explora as belezas das piscinas em profundidades que vão de um a três metros. Dá para chegar bem perto dos corais e fugir um pouco da área de concentração dos turistas. Mas, em se tratando de férias, tudo tem seu preço: R$ 100.
MAIS TRANQUILAS Apesar de menos badaladas, as piscinas em Paripueira – que significa águas baixas em tupi – não ficam por menos (eu achei até mais bonitas do que as piscinas de Barra Grande, em Maragogi). Mas isso depende também da altura da maré e da quantidade de visitantes, que interferem na transparência da água. A dois quilômetros da orla, as águas cristalinas de Paripueira surpreendem e encantam os turistas.
Quem vai a Paripueira, normalmente se hospeda em Maceió. Se está sem carro, agências de turismo em Maceió oferecem traslado até a barraca Mar & Cia, que opera o passeio até as piscinas naturais.
PACOTES DE VIAGEM
Primus Turismo
» Reveillon
l Maceió
Pacotes a partir de R$ 2.260 (7 noites)*
- Passagem aérea (BH/Maceió/BH)
- 7 noites de hospedagem
- Traslado aeroporto/hotel/aeroporto
l Maragogi
Pacotes a partir de R$ 3.125 (7 noites)*
- Passagem aérea (BH/Maceió/BH)
- 7 noites de hospedagem
- Traslado aeroporto/hotel/aeroporto
*Preço válido para acomodação em quarto duplo.
» Janeiro e Carnaval
Maceió e Maragogi
Pacotes a partir de R$ 2.099 (7 noites)
DE OLHO NA MARÉ
Ir às piscinas naturais só tem graça na maré baixa, quando a água fica represada nas barreiras de corais e está mais cristalina. Como esse movimento é dinâmico e muda de uma hora para outra, antes de embarcar num desses passeios é preciso consultar a tábua de marés. Uma opção é pedir a informação no hotel, que normalmente se atenta para esses detalhes, ou então em sites de previsão do tempo ou da Marinha.