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Cracóvia atrai milhões de turistas por ano por se destacar em cenários que sobreviveram a guerras

Cracóvia atrai 10 milhões de turistas por ano. Cidade se Destaca por cenários deslumbrantes, museus e igrejas que sobreviveram a guerras e divisões territoriais

Um dos locais mais belos da cidade é o Centro Histórico tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade - Foto: Alexandre Guzanshe/EM Final de férias na Europa, calor como se estivéssemos no Brasil e a cidade de Cracóvia fervilhando de pessoas. O Rio Vistula margeando a cidade, uma das mais antigas da Polônia e uma das mais bem-conservadas cidades europeias. A cidade funcionando a todo vapor, com muitas coisas para se fazer por aqui.

Jardins internos do Castelo Real e da Catedral de Wawel ficam no Centro Histórico - Foto: Alexandre Guzanshe/EM O Centro Histórico de Cracóvia é tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade. O Castelo Real impressiona com sua catedral e belos jardins. A Praça do Mercado é rodeada de cafés e restaurantes, que oferecem comida típica polonesa. E ainda tem uma parte de reflexão histórica, indo ao Gueto Judeu e dando uma passada na fábrica do alemão Schindler. Pra terminar, um passeio pelo Bairro Judeu, que hoje é um ponto de encontro de jovens, intelectuais e artistas.

MODERNA SEM ESQUECER O PASSADO


O Centro Histórico da cidade, tombado pela Unesco, é bem conservado - Foto: Alexandre Guzanshe/EM Cracóvia é uma cidade e tanto para se conhecer. Localizada no Sul da Polônia, foi fundada no século 8 pelo sapateiro Krak, que acabou se tornando rei do país. Passou por várias transformações, foi capital da Polônia, enfrentou divisões territoriais, guerras e nunca foi destruída. Hoje, é a segunda cidade do país (a capital é Varsóvia) e tem aproximadamente 1 milhão de habitantes. Cracóvia é considerada o coração da Polônia, a capital cultural e espiritual do país. Cidade universitária com uma das mais antigas escolas da Europa, atrai 10 milhões de turistas por ano, recebe visitantes de todo o mundo, mas 80% deles são os próprios poloneses. O Turismo selecionou algumas atrações imperdíveis. Confira!

CASTELO E CATEDRAL


O complexo de Wawel construído numa pequena colina à margem esquerda do Rio Vistula, que inclui o Castelo de Wawel e a catedral , é um belo passeio para uma manhã ensolarada. Aquele passeio que se faz de uma só vez, dois em um num dos cenários mais deslumbrantes da cidades.

O Castelo Real de Wawel foi erguido por Sigismundo no século 7, residência oficial de reis, e sobreviveu sem danos a todas as guerras. A origem do nome Wawel é “lugar seguro”. E de tão seguro está lá no alto da colina, com suas altas torres e suas muralhas que nos remetem ao período medieval. Podemos visitar os aposentos reais, os tesouros da coroa, os pátios espaçosos, bem iluminados e com um belo jardim. Desse jardim, é possível ver a segunda atração do complexo e talvez a mais importante atração de Cracóvia, a Catedral Wawel. Construída sob influência de vários estilos arquitetônicos (gótico, renascentista, barroco, classicista) e devido às ampliações, serve como repouso final de vários reis, santos e heróis nacionais. Gotas de sangue do Papa João Paulo II, nascido Karol Wojtyla, também estão lá na Catedral. Ela é considerada santuário nacional dos poloneses, lugar de peregrinação para os católicos. Subindo em uma de suas torres, tem-se uma linda vista da cidade. Poucos degraus acima, um sino de 11 toneladas feito em 1520 é o maior do país. Precisa-se de oito a 12 pessoas para fazê-lo tocar, o que só ocorre em ocasiões muitos especiais para a nação, como na morte do papa polonês João Paulo II.

A LENDA DO DRAGÃO  WAWEL


É uma das mais antigas e conhecidas lendas do povo polonês. Sob a colina onde foi construído o Castelo de Wawel vivia um dragão num labirinto de cavernas. O imenso dragão arrasava plantações, comia rebanhos inteiros e, dizem, até pessoas. O certo é que foi um período escuro e tenebroso no reino de Krak. O rei reuniu seus melhores guerreiros. Ouviu conselhos de seus sábios e súditos. Mas ninguém conseguia matar o temido dragão. Ninguém, nem os mais valentes cavaleiros. Então, o rei Krak prometeu a mão de sua filha Wanda e parte de seu reinado pra quem conseguisse matar a besta. Ninguém conseguia detê-lo, até que um cidadão comum de seu reino se oferece dizendo que tinha um plano para destruir e acabar com o dragão. O jovem Skuba sacrificou um carneiro, retirou todas as suas vísceras e no lugar recheou com enxofre e alcatrão. Deixou o falso carneiro à beira da caverna. Na manhã seguinte, o dragão acorda e come o carneiro com a mistura. Com muita sede, a besta toma toda a água do Rio Vistula e explode em mil pedacinhos que se espalham pela cidade. Assim, o súdito Skuba casa-se com a princesa Wanda. A gruta onde habitava a fera passou a se chamar Gruta do Dragão e existe até hoje, próximo à entrada do castelo. Virou atração turística. Há uma estátua enorme do dragão que, de cinco em cinco minutos, cospe fogo. Ah, o dragão virou também lembrancinha de viagem. Você encontra de vários tamanhos, cores e formas no comércio da cidade para levar de presente.