MODERNA SEM ESQUECER O PASSADO
CASTELO E CATEDRAL
O complexo de Wawel construído numa pequena colina à margem esquerda do Rio Vistula, que inclui o Castelo de Wawel e a catedral , é um belo passeio para uma manhã ensolarada. Aquele passeio que se faz de uma só vez, dois em um num dos cenários mais deslumbrantes da cidades.
O Castelo Real de Wawel foi erguido por Sigismundo no século 7, residência oficial de reis, e sobreviveu sem danos a todas as guerras. A origem do nome Wawel é “lugar seguro”. E de tão seguro está lá no alto da colina, com suas altas torres e suas muralhas que nos remetem ao período medieval. Podemos visitar os aposentos reais, os tesouros da coroa, os pátios espaçosos, bem iluminados e com um belo jardim. Desse jardim, é possível ver a segunda atração do complexo e talvez a mais importante atração de Cracóvia, a Catedral Wawel. Construída sob influência de vários estilos arquitetônicos (gótico, renascentista, barroco, classicista) e devido às ampliações, serve como repouso final de vários reis, santos e heróis nacionais. Gotas de sangue do Papa João Paulo II, nascido Karol Wojtyla, também estão lá na Catedral. Ela é considerada santuário nacional dos poloneses, lugar de peregrinação para os católicos. Subindo em uma de suas torres, tem-se uma linda vista da cidade. Poucos degraus acima, um sino de 11 toneladas feito em 1520 é o maior do país. Precisa-se de oito a 12 pessoas para fazê-lo tocar, o que só ocorre em ocasiões muitos especiais para a nação, como na morte do papa polonês João Paulo II.
A LENDA DO DRAGÃO WAWEL
É uma das mais antigas e conhecidas lendas do povo polonês. Sob a colina onde foi construído o Castelo de Wawel vivia um dragão num labirinto de cavernas. O imenso dragão arrasava plantações, comia rebanhos inteiros e, dizem, até pessoas. O certo é que foi um período escuro e tenebroso no reino de Krak. O rei reuniu seus melhores guerreiros. Ouviu conselhos de seus sábios e súditos. Mas ninguém conseguia matar o temido dragão. Ninguém, nem os mais valentes cavaleiros. Então, o rei Krak prometeu a mão de sua filha Wanda e parte de seu reinado pra quem conseguisse matar a besta. Ninguém conseguia detê-lo, até que um cidadão comum de seu reino se oferece dizendo que tinha um plano para destruir e acabar com o dragão. O jovem Skuba sacrificou um carneiro, retirou todas as suas vísceras e no lugar recheou com enxofre e alcatrão. Deixou o falso carneiro à beira da caverna. Na manhã seguinte, o dragão acorda e come o carneiro com a mistura. Com muita sede, a besta toma toda a água do Rio Vistula e explode em mil pedacinhos que se espalham pela cidade. Assim, o súdito Skuba casa-se com a princesa Wanda. A gruta onde habitava a fera passou a se chamar Gruta do Dragão e existe até hoje, próximo à entrada do castelo. Virou atração turística. Há uma estátua enorme do dragão que, de cinco em cinco minutos, cospe fogo. Ah, o dragão virou também lembrancinha de viagem. Você encontra de vários tamanhos, cores e formas no comércio da cidade para levar de presente.