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Centro Histórico de Cracóvia, tombado pela Unesco, atrai milhares de turistas por ano

No centro disso tudo, está a Praça do Mercado, local pulsante da cidade que reúne tradição e modernidade

- Foto: Alexandre Guzanshe/EM No Centro Histórico de Cracóvia, que foi tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade em 1978, o melhor é andar a pé. Está tudo muito perto. O ambiente nos leva a tempos antigos, tempos medievais. Museus, hotéis, instituições, igrejas, ruas reais e centro comercial. Tudo está lá.

No centro disso tudo, está a Praça do Mercado, local pulsante da cidade. É a maior praça de mercado da Europa Oriental. De um lado dela, encontram-se os cafés, os restaurantes, as lojas. Um museu medieval e subterrâneo faz uso da tecnologia e conta a história da cidade e da praça, nos transportando para o período medieval e nos contando como era o comércio e a vida cotidiana das pessoas naquela época. Já na outra ponta da Praça, avistamos a linda Basílica de Santa Maria.

Sua fachada é simples e é um exemplo da arquitetura gótica na Polônia. Tem duas torres, e na janela mais alta de uma das torres, a cada hora, 24 horas por dia, é executado um toque de clarim, uma tradição que remonta ao século 14. Mas o tesouro dessa preciosa igreja é o seu interior, com dezenas de capelas, altares, púlpitos e sua beleza maior: um imponente retábulo de Santa Maria, maior retábulo gótico da Europa, obra do escultor Wit Stwosz. É um magnífico exemplo de arte medieval, que sobreviveu principalmente aos nazistas e à Segunda Guerra Mundial.

• Onde ficar
» Hotel Sheraton Cracóvia – https://www.sheraton.pl/krakow/en
• Onde Comer
» Wesele – https://weselerestauracja.pl/en/ (comida tradicional polonesa)
» Miód Malina – https://miodmalina.pl/en/
(comida tradicional polonesa)
» Restaurante Ariel – www.arielkrakow.pl
(comida tradicional judia)

• Moeda
» Sloty. R$ 1 = 0,96 sloty

• Valor das entradas
» Catedral Wawel: 12 slotys ou R$ 12,50
» Museu Schindler: 21 slotys ou R$ 21,90
» Mina de Sal Wieliczka: 79 slotys (passeio com guia em espanhol) ou R$ 82,30

MINAS DE SAL (CIDADE WIELICZKA)


Outro passeio bastante procurado é a Mina de Sal de Wieliczka. Cidade afastada cerca de 15 quilômetros do Centro de Cracóvia, abriga uma das minas de sal mais antigas do mundo e que até hoje está em funcionamento, mais voltada para a visitação de turistas e curiosos. O passeio dura cerca de duas horas e chega-se a descer 135 metros. Com mais de 700 anos de história, a Mina de Sal de Wieliczka foi considerada em 1978 patrimônio da humanidade pela Unesco. Pelos labirintos da mina, encontramos também cavernas, lagos e uma linda capela onde tudo é sal: paredes, pisos e esculturas. A construção dessa capela durou cerca de 30 anos e é uma das principais atrações dessa longa descida.

O GUETO E O BAIRRO JUDEU

Bairro judeu é um dos mais tradicionais da cidade e hoje rota de pubs e restaurantes - Foto: Alexandre Guzanshe/EM Saindo um pouco do Centro da cidade, deixando o lado medieval e entrando na história mais recente de Cracóvia, chegamos ao Bairro Judeu. Importante bairro e lar de uma grande comunidade que teve sua ascensão e queda, e que nos dias atuais vive um lindo renascimento. Dividido pelo Rio Vistula, o Bairro Judeu está impregnado de emoções. Ali, antes da Segunda Guerra Mundial, viviam cerca de 68 mil judeus. Quase 90% da população judia foi dizimada pelos nazistas. Hoje, dentro do Gueto, do outro lado do rio, encontramos na Praça da Concórdia um lindo monumento em homenagem aos judeus que ali viveram. A praça é conhecida como a Praça dos Heróis do Gueto e abriga 68 grandes esculturas de cadeiras simbolizando a luta dos judeus para sobreviver. A homenagem é porque era ali eles deixavam seus móveis (cadeiras, mesas e outros pertences) antes de seguir para os campos de concentração.

Caminhando por 10 minutos, um pouco adiante, chegamos à fábrica de Oskar Schindler, empresário alemão que salvou muitos judeus da morte empregando-os. A fábrica se tornou um museu que reconta a história de Schindler e onde foram filmadas várias cenas do famoso filme A lista de Schindler, do diretor americano Steven Spielberg.

Voltando para a margem sul do Bairro Judeu, vale experimentar um delicioso sorvete. É tradição local ir ao Bairro Judeu e tomar um sorvete. Dizem que é um pecado quase mortal ir a Cracóvia e não se deliciar com um sorvete nesse local.
O renascimento do bairro passa por aí, pelos sorvetes, pelas galerias de arte, os pubs. Mas também pela sua tradição, pela preservação da memória, pelas sinagogas e pelos poucos judeus que ali vivem até hoje (cerca 120).

* O repórter viajou a convite do grupo V4, com apoio dos escritórios de turismo da Hungria, Eslováquia, Polônia e República Tcheca.