Segundo o encarregado de projetos educacionais para crianças, Alex Gonzales, a equipe de resgate e recuperação de aves e mamíferos tem 20 pessoas e chegou a fazer no ano passado 4 mil resgates. “Desse total, 80% eram de aves e 90% retornaram a seu hábitat”, afirma. No Animal Care Center, o turista pode conhecer de perto como são preparados os alimentos consumidos por cada animal recuperado. As salas de cirurgias onde esses bichos são operados também dispõem de vidros que possibilitam assistir às intervenções em aves, mamíferos e répteis sedados. “No hospital, os animais feridos e que precisam de cirurgia são tratados. Chegam, muitas vezes, com ossos quebrados de quedas ou com cortes profundos feitos por linhas de pesca ou lixo trançado em seus corpos. São de furões, corujas a águias feridas”, enumera a educadora Joilee.
TORTURA A estratégia de mostrar esse trabalho com mais evidência ocorre também em meio à polêmica e à desconfiança geradas desde o lançamento do documentário Blackfish, de 2013, que denunciou o que chamou de tortura dos animais treinados nas atrações dos parques aquáticos, sobretudo as baleias orcas, que acusam de ser arrancadas de seu hábitat para servir de entretenimento em cativeiro.
Em 2010, a baleia Tilikum, que faz parte do show de acrobacias “Shamu”, atacou e matou sua treinadora, Dawn Brancheau, durante uma apresentação. O documentário sugere que isso foi reflexo de anos de maus-tratos e da vida em aquários. Nas apresentações desde então, é certo que o contato entre treinadores e animais tem sido o mínimo possível nos shows como “Shamu”, em que as baleias atiram água na plateia com suas nadadeiras e rabos e a faz delirar com isso.
“Tudo depende das baleias, do humor delas, de sua disposição no dia. Não forçamos nada, elas são parceiras dos outros treinadores e artistas”, afirma Craig Missouri, gerente das orcas. Ele é categórico em refutar as informações e acusações do documentário Blackfish. “Esse documentário é fictício, não tem fundamento científico algum.”
“Dos animais que vivem nos parques da rede Seaworld (que inclui o Busch Gardens), 10% são provenientes de resgates e não poderiam viver em ambiente natural depois de tratados, pois não conseguiriam mais se deslocar, caçar ou alimentar. Outra boa parte nasceu aqui mesmo ou em outros cativeiros”, afirma Alex Gonzales sobre a procedência dos animais do parque.