A história do povo Khmer e de seu impressionante império se estendeu entre os séculos 9 e 15. Em seu apogeu, dominou terras que hoje pertencem à Tailândia, ao Camboja, a Laos, ao Sul do Vietnã e a Mianmar. Angkor, a capital, chegou a ter mil quilômetros quadrados, dimensão de Londres hoje. O fascínio que essa cultura exerce sobre os ocidentais deriva do fato de sua existência ter se mantido desconhecida até que um naturalista francês a “redescobriu” em meio à densa vegetação do atual Camboja. Envoltos em árvores e mata nativa, os seus templos foram sepultados. Corria o ano de 1860 quando a Europa, atônita, deu-se conta que uma das mais importantes civilizações do mundo medieval tinha ali existido e desaparecido.
Foi Jayavarman VII, filho de Suyavarman II quem iniciou a reconstrução do Império Khmer e a sua expansão. Expulsou os invasores e construiu, nas imediações de Angkor Wat, a cidade de Angkor Thom, que se tornou a capital do Império.
Os historiadores e arqueólogos especulam ainda hoje sobre as causas do declínio do Império Khmer. Alguns enfatizam as clivagens religiosas. Outros salientam fatores climáticos e o seu impacto sobre o sistema hidráulico. Outros apontam também fatores relacionados à exaustão do solo. Em decorrência de um desses, ou a conjunção deles, a partir do século 13 os tailandeses e os viets começaram, gradativamente a tomar partes do império. Numa empreitada facilitada pelas divisões políticas e religiosas e dificuldades econômicas, em 1431 os tailandeses invadiram a capital Angkor.
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