Em suas praias de pedras, o Lago Nahuel Huapi é transparente e tem ondas agitadas, dependendo da estação. Com o vento apropriado, o windsurf e o kitesurf são práticas comuns no lago. Mas vale avisar que, se você não se dá bem com água fria, os esportes aquáticos podem não ser uma boa opção. Mesmo no verão, a temperatura da água não é das maiores e o vento só aumenta a sensação de frio.
Não que isso afugente banhistas. Bariloche é um dos principais destinos dos argentinos no verão e até o final da estação ainda é possível ver mulheres tomando sol de biquíni nas margens do lago – inclusive em dias quando a sensação térmica não passa de 4°C. Aliás, passar o tempo nas praias é um dos hobbies preferidos dos hermanos. Você pode rodar os sete lagos da região que sempre vai encontrar um carro parado na beira da estrada, seguido, não muito longe, de cadeiras portáteis cuidadosamente colocadas sobre as pedrinhas viradas na direção do sol. Junto delas, argentinos, em casal ou em família, tomando mate e apreciando a vista. Quer uma dica? Aprenda com eles.
PARA SE DELICIAR
Quando não se está no ócio, uma deliciosa atividade é passear pelas várias lojas de chocolate da Calle Mitre, principal ponto para turistas em Bariloche. As opções são tantas que dá para ficar sem saber em qual entrar primeiro. Mas vá com calma. A Del Turista tem muita variedade de produtos e é a marca com mais lojas pela cidade – só na Mitre, existem duas. Para quem quer comprar e fazer um lanchinho, a loja da Rapanui, outra marca local, é um prato cheio. Além de bombons, geleias e outros doces da Patagônia, ainda é possível parar um pouco para experimentar uma medialuna com um chocolate caliente.
Se você está na rota das “gordice”, não dá para deixar de passar na Abuela Goye. É até difícil dizer qual produto lhe rende mais fama: os helados, os chocolates ou as deliciosas tortas. A dica é: deixe os chocolates para as outras lojas e guarde um espaço na barriga para as tortas. A mil hojas de dulce de leche (mil folhas de doce de leite) é uma tentação que deve ser experimentada – uma fatia satisfaz bem duas pessoas. Para levar para casa, ainda vale a pena andar um pouco até a fábrica da Havana, na Avenida Ezequiel Bustillo, no fim do Centro da cidade. Para não dizer que o passeio é meramente para engordar, você pode passar antes no museu do chocolate, que fica no anexo da fábrica. Mas não deixe de passar na lojinha. Os preços lá são melhores que nas lojas de Buenos Aires e, às vezes, até quando comparados aos dos freeshops.
Mas, quando o assunto é se deliciar, nada supera o chá da tarde do Hotel e Resort Llao Llao. Do Centro até lá é pouco mais de uma hora de ônibus, menos que isso, se você alugar um carro. O caminho em si, entre lago e bosques, já vale a pena. Não precisa estar hospedado no hotel cinco estrelas para desfrutar dos quitutes, mas é necessário fazer reserva. Você paga um preço fixo e tem direito a comer o que quiser, quantas vezes desejar, do bufê recheado de delícias sofisticadas, como tarteletes, scons, muffins, brioches, minissanduíches e brownies. Como se não fosse o suficiente, você faz isso no luxuoso jardim de inverno, que tem vista espetacular para o lago.
Se você já rodou a Mitre, no mínimo ida e volta; tomou sol no Centro Cívico e passeou pelas praias urbanas do lago, é hora de ver Bariloche de uma perspectiva diferente. O Cerro Otto é uma ótima opção para se passar o fim de tarde, ver a cidade de cima e, por que não, comer mais. A vista não é a mais famosa, mas mesmo assim encanta. Um ônibus sai do Centro de hora em hora, todos os dias, levando até a parada do teleférico. Também é possível fazer a subida a pé. Lá no alto, é possível curtir a vista para o lago de uma lanchonete giratória.
Mas a vista que mais cativa olhares é a do Cerro Campanario. Localizado a 17 quilômetros do Centro, a subida também pode ser feita a pé ou de teleférico. A diferença para o Cerro Otto é que aqui o caminho é mais íngreme e os carrinhos do teleférico são abertos. Do alto, você tem uma vista de 360° da região, podendo admirar o Nahuel Huapi e vários de seus braços, além das cadeias de montanhas que o cercam e a Cordilheira dos Andes com todo seu esplendor.
Bariloche não é tão sofisticada na área de gastronomia quanto a capital argentina, mas não faltam opções para quem quer comer bem. Como a região tem grande influência suíça e alemã, não faltam opções de cardápios que reflitam essa herança. O Restaurante Familia Weiss é um dos mais famosos e tradicionais. Chegando lá, nada de parrilla. A truta, prato típico da região, é o carro-chefe do cardápio, que também é famoso pelo cordeiro patagônico. Ainda no âmbito da herança europeia, o Casita Suiza tem deliciosos fondues.
É claro que não faltam opções boas de parrilla. A mais famosa é do El Boliche de Alberto, que tem três endereços na cidade. Não se preocupe, não tem nada de boliche lá. O restaurante não é o mais sofisticado da cidade, mas passa longe de ser o menos. As porções são generosas, o preço é bom, a carne é macia e uma das melhores de Bariloche. Se a intenção for variar eles têm uma loja especializada em massa.
Serviço
Aerolíneas Argentinas
A partir de R$ 1.598,71 (com taxas)
Lan
A partir de R$ 1.771,00 (com taxas)
* Cotação no site das companhias aéreas para o mês de setembro
Passeios turisticos
. Circuito Cerro Tronador
R$ 226,13
. Circuito Grande
R$ 156,55
. Cerro Otto
R$ 62,62
. Ilha Victoria
R$ 156,55
. Não incluso no valor
a entrada no Parque Nacional Nahuel Huapi: R$ 27,83
Cotação de peso argentino
para real no dia 10/4/15