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Banhada pelo Rio Paraná

Rosario, a 300 quilômetros da capital Buenos Aires, ganha cada vez mais visitantes, atraídos pelo seu balneário, museus, parques e gastronomia. Arquitetura também é marcante

- Foto: Alfredo Celoria/REUTERS-1/2/06


Distante 300 quilômetros da capital Buenos Aires e 401 de Córdoba, Rosario reúne muitos predicados para atrair diferentes perfis de turistas. Mescla o clima de cidade do interior com aspectos da modernidade e muito agito. Banhada pelo Rio Paraná, que nasce na brasileira São Paulo, a cidade é importante porto comercial da Argentina e tem sido vital para o desenvolvimento do país. Antes, servia como via de transporte de mercadorias. Agora, é um atrativo turístico que cativa seus visitantes.

 

No verão, diferentes tipos de embarcações congestionam o já movimentado rio e se desviam como podem dos gigantescos navios graneleiros. Quem opta por mais privacidade tem o balneário La Florida como opção. Mas precisa desembolsar 25 pesos argentinos para frequentar a praia de água doce e ainda pagar outras taxas caso queira mais comodidade, como serviço de estacionamento e uso de guarda-sol, por exemplo. Crianças menores de 8 anos não pagam e, durante o inverno, a entrada do público em geral é franca.

As ilhas do outro lado do Rio Paraná também são boas opções de passeio, especialmente em família. Há excelente infraestrutura para passar o dia, com vários restaurantes que oferecem boa comida. No porto do rio, é possível contratar excursões de ecoturismo para explorar a região.

Na urbanidade de Rosario há o Centro Histórico e a boemia, traduzida pelos milhares de universitários que não deixam de aproveitar a intensa vida noturna do município – a cidade é sede de várias instituições acadêmicas, entre as quais destacam-se duas, que são púbicas, de acesso livre e aberto: a Universidade Nacional de Rosario, com status de cidade universitária, e a Universidade Tecnológica Nacional. Diversos estudantes brasileiros vivem na cidade, justamente em razão do número de escolas de nível superior, e seu reconhecido prestígio no que se refere ao campo da pesquisa.

O Monumento à Bandeira é um dos pontos mais emblemáticos de Rosario. A arquitetura, a poucos metros da margem do Rio Paraná, imponente e esplendorosa, foi edificada em comemoração à criação da bandeira da Argentina, em 1872. No local, também há a “chama votiva ao soldado desconhecido”, que arde permanentemente para homenagear todos os homens que morreram lutando pela independência da Argentina.

Para quem gosta de arquitetura do século passado, a cidade é um verdadeiro paraíso. Muitos edifícios, como os das ruas Córdoba, Corrientes, Santa Fé e Sarmiento, ainda conservam seus detalhes mais antigos, com clara influência italiana.

 

FILHO ILUSTRE Os rosarinos também carregam grande orgulho de seus filhos ilustres. Em especial, de Ernesto Rafael Guevara de la Serna, o revolucionário Che. Todos os anos, no aniversário de seu nascimento (14 de junho de 1928) e no de sua morte (9 de outubro de 1967), as pessoas visitam a antiga casa situada no cruzamento das ruas Entre Rios e Urquiza, onde ele nasceu.

A admiração e o respeito dos argentinos por Che Guevara também são declarados em placas espalhadas pelos parques e outras ruas das imediações: “A poucos metros dessa praça nasceu Ernesto ‘Che’ Guevara, um rosarino que lutou por uma sociedade mais justa e solidária”, estampa uma delas.

Outro motivo de orgulho dos rosarinos é Lionel Messi. O atacante do Barcelona, quatro vezes eleito o melhor do mundo, nasceu e viveu na cidade até os 13 anos, quando deixou o Newell's Old Boys, time local, para começar sua história no clube catalão. Mas ele faz questão de retornar ao subúrbio de Rosario, anualmente, para passar as festas de fim de ano entre amigos e familiares. O jogador, inclusive, tem empreendimento na província. Localizado às margens do Rio Paraná, bem próximo ao monumento à bandeira, o restaurante Vip Rosario, da família de Messi, é umas das opções de lazer para turistas e nativos.




Saiba mais

O Monumento Histórico Nacional à Bandeira foi erguido no local onde o general Manuel Belgrano içou, pela primeira vez, a bandeira nacional. Foi em 27 de fevereiro de 1812. A obra, em forma de navio, começou a ser construída em 1943 e foi inaugurada em 20 de junho de 1957. Ocupa uma área de 10 mil metros quadrados e é completamente revestida em mármore. Nela, destacam-se três partes: a proa, o Pátio Cívico e o Propileo Triunfal da Pátria. As esculturas simbolizam os momentos históricos do país desde seu nascimento até sua organização constitucional, passando por seus valores econômicos, culturais e geográficos. No local, também foi construída uma cripta, onde Belgrano foi sepultado.