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Com o pé na história

Berlim atrai jovens de todos os continentes por oferecer uma atmosfera cosmopolita e com muita curiosidade para mostrar

Uma das intervenções artísticas no Muro de Berlim, em East Side Gallery: aproveite para tirar fotos - Foto: Hans Peter Merten/DZT/Divulgação - 16/6/10

Berlim é mais uma daquelas cidades que dispensam apresentações. Simplesmente, é um dos maiores símbolos da Segunda Guerra Mundial, quando foi dividida em lado oriental e outro ocidental. É por aí que começamos o passeio. Na primeira vez em que se veem os pedaços remanescentes daquele que foi o Muro de Berlim, sente-se o peso da história. O que antes serviu para isolar uma parcela da população, hoje é um espaço que recebe obras de arte de pintores de todo o mundo. Ainda que por detrás de pinturas, na East Side Gallery, ver o muro de perto é uma visita obrigatória.

Outros pontos turísticos merecem uma visita: o Memorial dos Judeus Mortos da Europa (ou Memorial do Holocausto) e o Portão de Brandemburgo. O primeiro se tornou um símbolo da cidade, homenageando os judeus perseguidos durante o regime ditatorial de Adolf Hitler. Construções em diferentes alturas, que simulam túmulos, deveriam conferir um ar fúnebre ao espaço, mas não é o caso. Muitos jovens incorporaram o lugar como um playground, saltando de um bloco para o outro. Ao tornar-se ponto turístico bastante visitado, no qual pessoas brincam escondendo-se umas das outras, ganhou uma aura de vida. Já o Portão de Brandemburgo e a Pariser Platz (Praça de Paris), que fica em frente ao portão, são dois lugares icônicos de manifestações da cidade.

Uma visita obrigatória é a famosa Torre de TV. Com ingresso que custa 19,50 euros, é possível subir ao topo e ter uma visão privilegiada da cidade. Uma boa dica é comprar o bilhete com antecedência e evitar filas. Vá até ela, mesmo se não estiver com vontade de subir, pois a torre está localizada na Alexanderplatz, uma espécie de praça cercada de atrações, como feiras e lojas, onde é certo encontrar lembrancinhas, além de locais para comer ou tomar uma cerveja. E por falar em cerveja, dependendo da época do ano você pode ter a sorte de encontrar um festival. E, todos sabem, o povo alemão sabe fazer cerveja. São boas e baratas.

 

 

 

PULGAS Um bom lugar para se hospedar em Berlim é em Friedrichshain, que, apesar de ser um dos bairros da moda atualmente, tem opções baratas de hostels e também pelo sistema de aluguel de casas e cômodos. Por lá, vale a pena ir a um mercado de pulgas próximo à Boxhagener Platz. Você vai encontrar de tudo: desde anéis, abotoaduras, discos, porcelanas até objetos de época, além de ser um lugar com alguns food trucks para socorrer na hora que bater a fome. Há ainda quadros e roupas que podem ser barganhados.

Ainda em Friedrichshain, aproveite para conhecer os restaurantes, de várias nacionalidades, e que servem os pratos acompanhados, claro, de cerveja. Portanto, não estranhe caso você peça um sushi e para tomar venha uma caneca da bebida. Vale a pena entrar nas lojas de camisetas, que oferecem produtos confeccionados por artistas locais.

Ao visitar Berlim, a impressão que fica é de uma cidade quase underground, que sempre terá algo a ser descoberto ou explorado com mais calma. É praticamente impossível não fazer comparações entre os lados ocidental e oriental do muro, conhecer o antigo e o novo, tudo no mesmo lugar. O adeus a Berlim ficou com um gosto de que um dia haverá a volta. Até que isso ocorra: auf wiedersehen! ou só um “até logo” mesmo.k

Em casa ou no sofá
Uma boa dica para economizar ainda mais na hospedagem é procurar por sites que alugam quartos em casas ou até mesmo o sofá. Um dos mais famosos é o AirBnB (www.aribnb.com), com pelo menos um local à diposição nas cidades do mundo. Para usá-lo, basta fazer o cadastro e procurar o tipo de acomodação que desejar.O Couchsurfing (www.couchsurfing.org) tem dinâmica parecida, mas só a opção de dividir o lugar com alguém. (MV)