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Estado de Minas A VOLTA DO BOÊMIO

'Nelson Gonçalves - O amor e o tempo' chega ao mundo virtual no domingo

Estrelado por Guilherme Logullo e Jullie, espetáculo desafia as dificuldades impostas pela pandemia à sobrevivência dos artistas


Jullie e Guilherme Logullo cantam 33 clássicos do repertório de Nelson Gonçalves no espetáculo em cartaz na internet e em teatro carioca (foto: Dan Coelho/Divulgação)
Jullie e Guilherme Logullo cantam 33 clássicos do repertório de Nelson Gonçalves no espetáculo em cartaz na internet e em teatro carioca (foto: Dan Coelho/Divulgação)

Homenagear um astro da música brasileira. Essa é a proposta do espetáculo Nelson Gonçalves – O amor e o tempo, criado há dois anos, que volta ao cartaz – desta vez em streaming – no domingo (17/1), às 19h, e com sessões em 24 e 30 de janeiro, por meio da plataforma Vimeo.

À frente do musical estão o cantor e bailarino Guilherme Logullo e a atriz e cantora Jullie. Interpretando 33 canções, a dupla traz à tona várias faces do cantor gaúcho, que morreu de infarto aos 78 anos, em 1998.

Logullo explica que o espetáculo foi criado para comemorar o centenário de nascimento de Nelson, em 2019, trazendo mensagens de esperança e superação, sentimentos presentes na história e no repertório do cantor. O texto é de Gabriel Chalita. Tânia Nardini dirige a montagem e o pianista e arranjador Tony Lucchesi assina a direção musical.

ORGULHO

Idealizador, produtor e protagonista de O amor e o tempo..., Logullo tem orgulho do projeto, sobretudo nestes tempos difíceis de pandemia. “É fantástico fazer o espetáculo acontecer, poder empregar pessoas que estão praticamente há um ano inteiro sem trabalhar. Voltar à cena e também ver os artistas retornando – claro, com todos os cuidados – é muito gratificante”, afirma.

Até 31 de janeiro, o musical estará em cartaz no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, com sessões presenciais de quinta-feira a domingo. A casa vai operar com metade de sua capacidade.

O repertório é repleto de clássicos eternizados pela voz poderosa de Nelson – entre eles, Naquela mesa (de Sérgio Bittencourt), A volta do boêmio (de Adelino Moreira) e Chão de estrelas (de Sílvio Caldas e Orestes Barbosa).

Barítono, Guilherme Logullo conta que o legado de Nelson Gonçalves chamou a sua atenção quando pesquisava para fazer um personagem em Elis, a musical. “Apareceu uma playlist dele, ouvi e fiquei encantado com aquela voz, que era distinta, única. Fiquei com aquilo na cabeça, pensei que seria legal fazer um espetáculo sobre ele. Dois anos depois, eu e uma amiga começamos a pesquisar e a escrevê-lo. Porém, a ideia ficou engavetada. Ao comentar a ideia com Gabriel Challita, ele adorou, também passou a pesquisar e descobriu que em 2019 seria comemorado o centenário de Nelson”, relembra.

A princípio, Logullo não coordenaria o projeto, mas problemas com a produtora o fizeram mudar de ideia. “Inscrevi-me em leis de incentivo, fui montando o time criativo. Juntei várias feras, e o trabalho ficou muito legal, pois é um texto difícil, a escrita de Chalita é bem poética”, comenta o ator e produtor.

São apenas dois atores: Logullo e Jullie. “Ela foi um achado, extremamente talentosa, com uma voz única, superprofissional. Representamos o amor e o tempo, ficamos nesse duelo o espetáculo inteiro, não saímos de cena em nenhum momento. É como se fôssemos o subconsciente do Nelson.”

O musical relembra as dificuldades que Nelson Gonçalves teve de superar. “Falamos dos nãos que ele recebeu durante a carreira. O tempo é poético, falamos também de um amor não correspondido, do amor que às vezes deu certo, outras não”, explica.

UM TAKE

Nelson Gonçalves está entre os cantores que mais lançaram discos no país. “Era um cara que entrava no estúdio, fazia apenas um take e ia embora. Por isso, os estúdios o amavam. Quando chegava ali, pedia ao taxista para esperar um pouco, pois não ia demorar”, relembra Logullo.

O repertório, por si só, já conta histórias, enfatiza o ator e cantor. “Elas não estão ali só por estar. Porém, não se trata de um musical biográfico, daí a nossa liberdade de brincar com o tempo. O espetáculo é bem diferente daqueles que homenageiam artistas. Chalita achou um outro caminho: homenageamos o Nelson, mas, ao mesmo tempo, contamos uma história de amor”, conclui Logullo.


NELSON GONÇALVES: O AMOR E O TEMPO
Domingo (17/1), 24/1 e 30/1, às 19h, com transmissão pela plataforma Vimeo. Ingressos a R$ 20 em https://bit.ly/NelsonLives.


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