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Peça com a princesa Falalinda ensina meninas a dizerem o que pensam


“Desde a infância, Falalinda fala o que pensa. Nem sempre os questionamentos são bem-vindos e ela vai sofrer as consequências positivas e negativas disso”, afirma a dramaturga Lívia Gaudêncio a respeito da protagonista da peça infantil Princesa Falalinda sem papas na língua.



De maneira lúdica, a peça aborda o silenciamento feminino e o papel da mulher na sociedade. “Falalinda traz uma questão importante para nós, mulheres, que estamos dizendo cada vez mais. Ela mostra o lugar do feminino, do nosso poder”, explica a diretora Cynthia Falabella. “Falalinda está passando um recado importante na hora certa”, acredita Lívia. De acordo com ela, o objetivo é apresentar para as crianças um outro modelo de princesa.

Depois de receber a “maldição” de dizer tudo o que lhe vem à mente, Falalinda é considerada um problema pelo pai. Para tentar calá-la, o rei decide casá-la com o príncipe, que sempre usa o famoso “shiuuu” para interromper a garota e a prende na torre de um castelo. Numa inversão de papéis, cabe à bruxa resgatar Falalinda e ajudá-la a reencontrar sua própria voz.

“A princesa não precisa se casar com o príncipe para dizer o que pensa. Ela pode governar sozinha”, defende Cynthia, para quem as crianças devem ter consciência de seu poder de escolha. Além disso, final feliz não depende de casamento, ressalta.



“Nosso diferencial é contar uma história nova, que, depois da sessão, vai incentivar conversas entre os pais e as crianças”, diz Lívia Gaudêncio. “A mensagem da Falalinda é o questionamento. Que todos saiam felizes do teatro, pensando neste lugar da mulher”, completa. Por sua vez, Cynthia Falabella deixa um recado para as meninas: “Sejam vocês mesmas, não tenham medo de se expressar.”

Com trilha sonora composta por Chuck Hipolitho e Thiago Guerra, a produção é da companhia O Trem.

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria